Começou bem
Conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o primeiro mês de 2025 registrou a produção de 175,5 mil veículos no Brasil entre carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus, sendo o melhor janeiro para o setor desde 2021. O aumento na produção foi de 15,1% em relação ao primeiro mês de 2024. De acordo com a associação que representa as montadoras, as exportações mantiveram o ritmo elevado dos últimos seis meses, chegando a um crescimento de 52,3% em comparação a janeiro do ano passado. O aumento reflete o desempenho positivo dos mercados da América do Sul, em especial o da Argentina. “Essa movimentação representa uma elevação de vendas no mercado interno somada ao aumento das exportações, que estimulou as empresas a manter o ritmo elevado de produção. A melhora colabora também com a tendência da alta de empregos”, afirmou Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.
Novo motor a diesel

O Jeep Commander traz na linha 2025 a nova motorização 2.2 turbodiesel na versão Overland, chegando ao mercado com preço sugerido de R$ 309.990. Com a motorização antiga, a opção a diesel entregava 170 cavalos de potência e 38,7 kgfm de torque, enquanto no novo 2.2 turbodiesel a potência atinge 200 cavalos e 45,8 kgfm, que empurra o SUV de grande porte de zero a 100 km/h em 9,7 segundos. O novo motor equipará também duas variantes da picape intermediária Fiat Toro, a Ranch e a Volcano, produzida em Goiana (PE), como o Commander. Desenvolvido globalmente e preparado especificamente para as necessidades da América do Sul, o novo motor tem cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas, coletor de admissão variável, injeção de diesel de alta pressão (2 mil bar), turbocompressor com geometria variável, “wastegate” elétrica, intercooler e duplo circuito de refrigeração.
Para poucos

O novo Aston Martin Vanquish foi lançado mundialmente em setembro do ano passado. E agora desembarca no Brasil, pintado na Supernova Red (escolhida pela fábrica como cor de lançamento do modelo) e com rodas de 21 polegadas em FullSatin Bronze. O carro mais potente dos 111 anos de história da Aston Martin chega ao mercado brasileiro com preço de R$ 5,4 milhões. Com produção limitada a menos de mil exemplares por ano, o novo Vanquish tem como principal destaque o novo motor V12 biturbo de 5,2 litros, que produz 835 cavalos e mais de cem kgfm de torque. O superesportivo é capaz de acelerar da imobilidade aos 100 km/h em 3,3 segundos e atingir 345 km/h – a maior final de um carro de produção em série na história da Aston Martin, iniciada em 1913. O câmbio do supercarro é um automático ZF de 8 marchas, com tração integral permanente, combinado com um diferencial eletrônico de deslizamento limitado (e-diff), que está integrado ao programa eletrônico de estabilidade (ESP). Projetado como um carro de dois lugares, o interior do Vanquish é focado em proporcionar prazer ao motorista e compartilhar a experiência visceral com apenas uma pessoa.
Ajustes no conceito de eletrificado

O Brasil vendeu 12.556 veículos eletrificados leves em janeiro de 2025, segundo a nova classificação adotada pela ABVE Data, dando início a uma nova série histórica. Pela nova metodologia, o total de vendas refere-se à soma de emplacamentos de BEVs (veículos 100% elétricos), PHEVs (híbridos com recarga externa, os plug-in), HEVs e HEVs Flex (híbridos sem recarga elétrica), e não incluindo os micro-híbridos, ou MHEVs (Mild Hybrid Electric Vehicles). Portanto, a partir de agora, os MHEVs não são mais classificados como veículos eletrificados pela ABVE Data para efeito de acompanhamento da evolução da eletromobilidade no Brasil. Mesmo assim, a venda desses veículos seguirá sendo contabilizada pela ABVE Data em quadros separados, constando do site da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Assim, a venda de eletrificados em janeiro no Brasil ficou dividida em PHEVs com 6.701 unidades e 53,4% de participação de mercado, BEVs com 3.700 (29,4%), HEVs com 1.545 (12,3%) e HEVs Flex com 610 (4,9%), com o total de 12.556. Resta saber se a ABVE combinará com a Fenabrave, que também registra o mercado de eletrificados mês a mês.
Pneu de estação

A Pirelli acaba de lançar o novo Cinturato, projetado para o verão nos chamados carros premium tanto como equipamento de fábrica quanto para o mercado de reposição. De acordo com a fornecedora exclusiva de pneus da Fórmula-1 desde 2011, o novo Cinturato tem 20% a mais de previsão de vida útil em relação aos concorrentes e, devido à redução da resistência ao rolamento, contribui para a diminuição do consumo de combustível. Graças à nova composição da banda de rodagem e ao uso de um novo tipo de sílica, denominada “SmartNet Silica”, o novo Cinturato consegue equilibrar desempenhos tipicamente opostos: aderência e estabilidade e resistência ao rolamento em estradas com muitas retas. O novo pneu de verão estará disponível com tecnologias exclusivas da Pirelli, como a Elect, dedicada a veículos elétricos e híbridos plug-in.
Para quem quer se exibir

A Ford apresentou dois novos motores especiais que serão lançados este ano para preparadores e fãs de alta performance: o Megazilla V8 supercharger 7.3 e o Coyote V8 supercharger 5.0. O objetivo é atender ao crescente mercado de personalização de veículos para uso em competição e “hot rods”, carros modificados para exibição em festivais. O novo Megazilla superalimentado de 7,3 litros tem pistões, bielas e virabrequim de aço forjado, com adição de um supercharger Whipple Gen 6 de 3,0 litros, que eleva a potência a mais de mil cavalos, com uso aprovado somente para competição. Para quem deseja um veículo legalizado para andar nas ruas e estradas, a opção é o Coyote de 5,0 litros do Mustang Dark Horse, também equipado com um supercharger de 3,0 litros, módulo de controle reprogramado e outros recursos para gerar mais de 800 cavalos e estimados 85 kgfm.
Chinesa na rota do Brasil

Quarta maior montadora da China, com 2,5 milhões de veículos produzidos em 2024, a GAC dá um novo passo para desembarcar de vez no Brasil ao inaugurar seu centro de distribuição de peças, em Cajamar, no Estado de São Paulo. A marca chinesa, que promete vender no mercado brasileiro carros elétricos, híbridos e a combustão a partir deste ano, anunciou sua chegada ao Brasil no ano passado, com um investimento inicial de US$ 1 bilhão (quase de R$ 5,70 bilhões). A GAC (de Guangzhou Automobile Group, sendo Guangzhou uma cidade portuária de quase 15 milhões de habitantes localizada próxima a Hong Kong) planeja construir uma fábrica no Brasil. No entanto, o início das vendas no mercado brasileiro será com veículos importados, enquanto trabalha na estruturação de sua fábrica e na implementação de uma linha de montagem tipo CKD. O primeiro modelo a ser comercializado no Brasil será o 100% elétrico Aion Y Plus, um SUV compacto com motor de 204 cavalos e autonomia de 610 quilômetros pelo ciclo chinês CLTC. A China domina atualmente o mercado brasileiro de eletrificados, com o Dolphin Mini como o mais emplacado entre os elétricos e o Song Pro, nos híbridos.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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