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Um levantamento inédito revela desigualdade na infraestrutura de recarga de veículos elétricos no Estado do Rio de Janeiro. Enquanto a capital tem 250 eletropostos, 51 cidades fluminenses não têm nenhuma estação para carregamento de carros elétricos. Feito por pesquisadores do Mestrado Profissional em Ciências do Meio Ambiente da Universidade Veiga de Almeida (UVA), o estudo mostrou que a cidade do Rio de Janeiro concentra 63% dos eletropostos do Estado. O estudo identificou 399 estações de carregamento projetadas para veículos elétricos e híbridos plug-in instalados no Estado do Rio de Janeiro utilizando a base de dados do aplicativo internacional PlugShare, ferramenta comunitária que permite aos motoristas de veículos elétricos localizarem estações de recarga. “A cidade do Rio de Janeiro é a principal beneficiária dos investimentos em infraestrutura de recarga de carros elétricos. Isso reflete a maior demanda urbana e poder aquisitivo da capital, mas também expõe uma desigualdade significativa em relação às demais regiões do Estado e a necessidade urgente de expansão dessa infraestrutura para suportar a crescente demanda por veículos elétricos”, avalia Ricardo Soares, coordenador do Mestrado Profissional em Ciências do Meio Ambiente da UVA e líder da pesquisa. 

Entre os dez municípios com mais eletropostos, predominam cidades da Região Metropolitana (Niterói, Petrópolis e Rio de Janeiro), as que estão próximas a outros Estados do Sudeste, de Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Itatiaia, Paraty e Teresópolis ou aquelas com apelo turístico de alto poder aquisitivo na Região dos Lagos (Armação dos Búzios e Cabo Frio). “A concentração de quase 70% dos eletropostos públicos e privados na Região Metropolitana evidencia um gargalo crítico na infraestrutura para veículos elétricos. Com a crescente presença de montadoras chinesas no Brasil, que têm aumentado a oferta e o acesso a veículos elétricos, a demanda por eletropostos se torna ainda mais urgente. A expansão dessa rede é essencial para suportar o crescimento da frota de veículos elétricos, incentivar a adoção dessa tecnologia sustentável e reduzir a dependência de veículos que utilizam combustíveis fósseis”, completa Augusto Ahn Ka, pesquisador da UVA e um dos autores do estudo.

Por Redação/AutoMotrix – Fotos: Divulgação 

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