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Alta no último mês

Com projeção feita a partir de dois dias para o fechamento comercial de dezembro, o último mês de 2023 teve a venda de 249.264 unidades entre carros de passeio e comerciais leves no Brasil, com alta de 20% sobre novembro. Entre os modelos, o hatch compacto Volkswagen Polo, embalado principalmente pelas vendas da versão Track – apontada pela marca alemã como sendo a sucessora do Gol – teve um desempenho espetacular, fechando dezembro com 19.300 exemplares comercializados. O hatch compacto Chevrolet Onix ficou em segundo, com 11.543 vendas, seguido pela picape compacta Fiat Strada (11.110), pelo SUV compacto Hyundai Creta (9.130), pelo hatch compacto Hyundai HB20 (8.936), pelo subcompacto Renault Kwid (8.640), pelo SUV compacto Volkswagen T-Cross (8.360), pelo subcompacto Fiat Mobi (7.710), pelo SUV compacto Chevrolet Tracker (7.190) e pelo sedã compacto Onix Plus (7.792). 

Briga das marcas

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A italiana Fiat manteve a liderança do mercado automotivo em dezembro com 49.425 unidades vendidas e 19,8% de participação, devido especialmente à picape Strada, novamente o automóvel mais emplacado no acumulado de 12 meses no Brasil, pelo terceiro ano seguido. Com as boas vendas do Polo, a alemã Volkswagen encostou na liderança em dezembro, com 46.680 vendas e “market share” de 18,7%. Na terceira colocação, ficou a norte-americana General Motors (34.482 e 13,8%), à frente da japonesa Toyota (21.505 e 8,6%) praticamente empatada com a sul-coreana Hyundai (21.415 e 8,5%), da francesa Renault (19.056 e 6,4%), da norte-americana Jeep (9.055 e 3,6%), das japonesas Nissan (7.905 e 3,2%) e Honda (7.010 e 2,8%) e da sino-brasileira Caoa Chery (4.350 e 1,7%).

O fenômeno chinês

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Os 100% elétricos tiveram um total de 6.225 unidades emplacadas no Brasil em dezembro de 2023, com a liderança do fenômeno BYD Dolphin, com 2.200 vendas e consolidado como o elétrico mais comercializado no país no ano passado, apesar dos apenas seis meses de mercado. A segunda posição ficou com outro modelo da marca chinesa, o Seal, com 880 emplacamentos, seguido pelo GWM Ora 03 (745), pelo BYD Yuan Plus (485) e pelo Volvo XC40 (330). Nos híbridos, dezembro teve 10.715 unidades vendidas. O primeiro lugar ficou com o GWM Haval H6, com 2.104 emplacamentos, à frente do BYD Song Plus (1.015), dos Toyota Corolla Cross (1.482) e Corolla sedã (804) e do Caoa Chery Tiggo 8 Pro (702). “Encerramos 2023 com duas ótimas medidas do governo brasileiro para atração de investimentos na indústria automotiva e na descarbonização”, avaliou Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Dois importantes documentos assinados pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 30 de dezembro de 2023 permitirão ao Brasil avançar na eletromobilidade e atingir as metas de descarbonização. Um dos documentos é a Medida Provisória 1205, que institui o Mover – Programa Mobilidade Verde e Inovação, em substituição ao Rota 2030. O outro é o Projeto de Lei que cria um programa de “depreciação acelerada” do parque industrial brasileiro, visando incentivar a sua renovação tecnológica. (colaborou o consultor Marcelo Cavalcante

O peso da produção nacional

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Ao completar mais um ano na liderança do segmento de automóveis premium no Brasil, a BMW atingiu 66% das vendas no país com modelos produzidos em Araquari (SC). Com nove anos de operação, a maior fábrica de veículos premium da América do Sul acaba de anunciar um aumento de 10% na produção a partir de 2024. O sucesso do novo X1, lançado no início do ano passado, contribuiu para o aumento do percentual de produção nacional. O modelo completou sete anos na liderança de seu segmento e está disponível nas versões GP, X-Line e M Sport, com duas opções de motorização – 1.5 TwinPower Turbo de 156 cavalos e 2.0 TwinPower Turbo de 204 cavalos –, todas produzidas em Araquari. Já o Série 3, carro mais vendido da BMW no mundo, representa uma parte importante do volume de produção. Sozinho, o modelo é responsável por cerca de 45% das unidades feitas em Araquari. Completando a lista de veículos produzidos em Santa Catariana, estão o X3 e o X4. Carros mais potentes e tecnológicos fabricados no Brasil, a dupla é oferecida nas variantes xDrive30i (exclusiva para o X4) e M40i. 

Mais barato

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A versão 1.3 turbo do Jeep Renegade teve seu preço reduzido em R$ 7.700, passando a custar R$ 118.290 a partir de janeiro. Como consequência, o público PcD pode ter o SUV compacto produzido em Goiana (PE) ao preço de R$ 102.900, incluindo os descontos oferecidos pela marca norte-americana mais as isenções de direito da categoria. O Renegade com o motor T270 tem até 185 cavalos de potência e 27,5 kgfm de torque, combinado ao câmbio automático de 6 marchas e à tração 4×2. A variante conta com seis airbags, controle de estabilidade e tração, Traction Control + (sistema que atua quando uma das rodas perde contato com o solo no off-road), faróis full-led, frenagem autônoma de emergência, alerta e assistente de manutenção de faixa, detector de fadiga, três conectores USB (sendo um do tipo C), rodas de liga leve de 17 polegadas, start-stop, freio de estacionamento eletrônico, quadro de instrumentos com tela de TFT customizável, ar-condicionado, sistema multimídia de 7 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, piloto automático e limitador de velocidade ajustável. 

Para quem busca a CNH

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A última edição do Diário Oficial da União de 2023 trouxe a deliberação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº 271, de 26 de dezembro, que prorroga por 12 meses o prazo para retirada de habilitação de candidatos que não conseguiram concluir o processo de formação de condutores de veículos automotores e elétricos. A norma foi assinada por Renan Filho, presidente do Conselho e ministro dos Transportes. A mudança beneficia 2 milhões de brasileiros, que passam por dificuldades para retirar a CNH ou concluir o processo. Com isso, os postulantes terão até 31 de dezembro de 2024 para se formarem nas categorias desejadas. O processo para formação de condutores tem várias etapas, de exames médicos, aulas teóricas e práticas até as provas junto ao Detran para se habilitar ou adicionar nova categoria. 

Desvio de função

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Uma das principais dores de cabeça dos proprietários de veículos na passagem de ano, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) na edição 2024 deve alcançar cerca de 40 milhões de pessoas em todo o Brasil. Quando o IPVA foi criado, em 1975, o objetivo era viabilizar a construção e manutenção de estradas no Brasil. Mas o tempo passou, as leis mudaram e, atualmente, governadores e prefeitos usam essa arrecadação para suprir as mais variadas demandas, constituindo-se em uma das maiores fontes de receita das administrações públicas. “No Estado de São Paulo, por exemplo, onde está quase metade da frota nacional, o IPVA gerou uma arrecadação de mais de R$ 20 bilhões no ano passado. Mas que serviu, principalmente, para compensar a perda de arrecadação de outro imposto (o ICMS) e foi essencial para manter as contas do governo no positivo. Ou seja, o objetivo da criação do IPVA em 1975 não está mais sendo observado”, argumenta André Brunetta, cofundador do aplicativo Zul+, uma das maiores plataformas de serviços automotivos do país.

Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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