A Honda marcou o mundo da motocicleta com a primeira tetracilíndrica produzida em grande escala, a CB 750 Four, considerada a “mãe” de todas as superbike, apresentada no Salão de Tóquio de 1968. Desde então, nunca faltaram modelos no line-up da marca japonesa equipados com a arquitetura “in-line four”, com capacidades que variaram de 249 cc da CBR 250RR de 1990 a os 1.284 cc da CB 1300 Super Four, de 2007. As Honda tetracilíndricas de 650 cc chegaram ao país em 2014 com a CB 650F e a CBR 650F. Em 2020, deram lugar para uma nova proposta. A naked CB 650R conciliava o design minimalista com elegância e agressividade, enquanto a CBR 650R trazia a identidade de superesportiva seguindo o conceito “Total Control” herdado da Fireblade. Desde lá, nada menos do que 25 mil motocicletas da família saíram das linhas de produção da fábrica da Honda em Manaus, no Amazonas. A tradição dos motores de quatro cilindros em linha está representada atualmente na naked CB 650R Neo Sports Café e na esportiva CBR 650R, que em nada se diferenciam dos mesmos modelos comercializados em outros mercados, como o norte-americano, o europeu ou o asiático. A chegada da linha 2024 das CB 650R e CBR 650R na rede de concessionárias está prevista para dezembro. A garantia é de três anos, sem limite de quilometragem e com o Honda Assistance, que garante assistência vinte e quatro horas no Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai e na Bolívia. Os preços sugeridos são de R$ 52.590 para a CB 650R e de R$ 55.360 para a CBR 650R.
Na versão 2024, as novas tetracilíndricas de 650 cc da Honda se caracterizam por novas cores e novos acabamentos. A naked CB 650R, fiel ao estilo Neo Sports Café introduzido pela CB 1000R, será oferecida na nova cor laranja perolizada, além da vermelho perolizada e cinza fosco. Outra novidade diz respeito à cor do motor, às rodas e à suspensão dianteira, todas em preto. O mesmo se dá com a esportiva CBR 650R, que terá a opção inédita branco perolizado, além do vermelho. Uma característica marcante dessas motocicletas é a atenção dada para a ergonomia. Na CB 650R, a triangulação entre guidão plano, pedaleiras e assento bipartido determinam uma posição de pilotagem típica das naked, ideal para trechos urbanos ou estradinhas sinuosas, enquanto na CBR 650R os semi-guidões, mais baixos, assim como a presença da carenagem, direcionam a versão para um uso rodoviário e eventuais seções em pista nos “track-days”.
O motor da CB 650 e da CBR 650R 2024 preservas as configurações habituais: tetracilindro DOHC arrefecido a líquido, câmbio de 6 marchas com embreagem assistida, deslizante e sistema HSTC – Honda Selectable Torque Control. A potência é de 88,4 cavalos a 11.500 rpm e o torque é de 6,13 kgfm a 8 mil rpm. A parte ciclística também não teve mudanças, com chassi tubular de aço tipo Diamond com suspensão Showa SFF (Separated Function Fork) invertida na frente, enquanto na traseira a balança é vinculada ao conjunto mola-amortecedor regulável na pré-carga da mola em sete posições. Os freios a disco dianteiros são do tipo flutuante, com sistema ABS de dois canais que atua nos cálipers de quatro pistões de fixação radial. O freio a disco traseiro tem cáliper de pinça simples. As rodas de liga leve são calçadas com pneus 120/70-ZR17 na frente e 180/55-ZR17 atrás. Nas duas motos, a iluminação é full-led, com painel digital tipo blackout com variedade de informações e destaque para a “shift-light” configurável, que avisa o momento adequado para troca de marcha. Outro dispositivo dos dois modelos é o ESS – Emergency Stop Signal –, que ativa de modo automático as setas traseiras em caso de frenagem brusca.
Por Edmundo Dantas/AutoMotrix – Fotos: Divulgação – Fotos: Divulgação
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