Na quarta geração, o C3 acaba de ser apresentado na Europa – apenas na versão elétrica e com a denominação ë-C3. Trata-se de um compacto radicalmente diferente em relação ao que foi lançado no ano passado no Brasil e em outros mercados emergentes. O ë-C3 começará a ser vendido no segundo trimestre de 2024 e terá um preço a partir de 23.300 euros (quase R$ 125 mil), com promessa de uma variante ainda mais barata para 2025, concorrendo para ser um dos modelos 100% elétricos mais em conta no mercado europeu. Agora totalmente “verde”, o C3 de quarta geração tem 4,01 metros de comprimento, 1,76 metro de largura e 1,57 metro de altura, com capacidade do porta-malas anunciada de 310 litros. O carro tem tração dianteira com apenas um motor, de 83 kW (113 cavalos) de potência, com torque não divulgado pela marca francesa. De acordo com a Citroën, o ë-C3 tem uma aceleração de zero a 100 km/h em 11 segundos e uma velocidade máxima de 135 km/h.
Atenta à concorrência dos elétricos chineses – que surgem em profusão geométrica –, a Citroën aposta no preço e na reputação de seu compacto no mercado europeu, onde é produzido desde 2002. Pelo ciclo WLTP, o ë-C3 em autonomia de 320 quilômetros, com potência de carregamento de 11 kW AC (corrente alternada monofásica ou trifásica) e de 100 kW DC (corrente contínua, modo de carga 4). O tempo de recarregamento com AC de 20% a 80% é de duas horas e 50 minutos, enquanto com DC é de 26 minutos com o mesmo intervalo de abastecimento da bateria, de fosfato de ferro e lítio (LFP). “Oferecer veículos acessíveis sempre foi uma parte importante da Citroën. Mas as expectativas dos clientes em relação aos veículos do segmento B mudaram, principalmente com o aumento da popularidade dos SUV e o desejo crescente de conduzir carros elétricos. Porém, isso tem se tornado difícil para as fabricantes europeias devido à concorrência vinda da China. Mas a Citroën ousa em desafiar isso com o novo e totalmente elétrico ë-C3 para os compradores europeus: um hatch B novo, elegante e confortável, totalmente equipado, concebido e fabricado na Europa e bem barato”, explica Thierry Koskas, CEO da Citroën.
Modelo mais popular da marca francesa em todos os mercados em que está disponível, o C3, em sua versão elétrica, é equipado pela primeira vez com a suspensão Advanced Comfort de série nas duas configurações do carro, a You e a Max. Segundo a fabricante, o sistema garante uma sensação única de conforto na estrada graças ao uso de batentes hidráulicos progressivos, para dar a impressão que o veículo está deslizando até em terrenos irregulares. A mola e o amortecedor controlam os movimentos verticais em conjunto, sem necessidade de assistência dos batentes hidráulicos. Para grandes impactos, a mola e o amortecedor trabalham em conjunto com os batentes. Ao contrário de um batente mecânico, o hidráulico absorve e dissipa a energia do impacto ao mesmo tempo.
Produzido na fábrica da Stellantis de Trnava, na Eslováquia, o ë-C3 dá importância às opções de infoentretenimento conectado, todas focadas na facilidade de uso pelos ocupantes e no acesso rápido a recursos inteligentes. Com controles intuitivos no volante por meio do botão Home, nas duas variantes, os ocupantes têm dois níveis de infoentretenimento: o My Citroën Play integrado diretamente ao smartphone e o My Citroën Drive com tela de 10 polegadas com funções de navegação, telefone, rádio, aplicativos e mídia. O Wi-Fi é sem fio e permite espelhamento com Apple CarPlay e Android Auto.
Nas assistências ao motorista, o ë-C3 também esbanja modernidades. Conta com dispositivos como o Active Safety Brake – sistema de frenagem de emergência para redução de lesões dos próprios ocupantes do carro e de pedestres e ciclistas –, o sistema ativo de aviso de saída de faixa – opera de 60 km/h a 180 km/h e é desativado quando os piscas estão em uso –, o alerta de atenção ao motorista – informando se o condutor mostra sinais de fadiga com mensagens de “Dirija com Cuidado” ou “Condução Perigosa” – e o reconhecimento de limite de velocidade – exibindo informações no Citroën Head Up Display.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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