Dos muitos componentes e insumos necessários para o bom funcionamento de um motor a combustão, um dos mais importantes é o óleo lubrificante. Se forem considerados os aspectos técnicos e práticos que envolvem toda a operação de trabalho dos motores que queimam combustível (gasolina, etanol ou diesel), o óleo lubrificante pode ocupar o topo dessa lista de necessidades. Toda essa importância se deve pela própria concepção do motor térmico a combustão, que traz cilindros e várias partes que se movimentam constantemente sob altas temperaturas e em velocidades elevadas. Em apenas uma hora de funcionamento, um motor “gira”, pelo menos, 150 mil vezes, considerando uma média de mil a 2 mil rotações por minuto. Multiplicando isso pelo tempo que um carro anda diariamente, é possível de se ter uma ideia do extremo esforço ao qual essas máquinas são submetidas.
E é aí que os óleos lubrificantes entram na história. Dentro de um motor, eles têm três funções básicas. A primeira e mais óbvia é possibilitar o melhor movimento entre as partes móveis, reduzindo os efeitos do atrito gerado e suavizando o funcionamento. A segunda é a de recolher eventuais partículas originadas do desgaste natural das peças, acumulando-as em um filtro que necessita ser substituído periodicamente. A terceira é auxiliar na manutenção das temperaturas adequadas para a operação, evitando superaquecimento.
Existem vários tipos de óleos, cada um com sua fórmula e características projetadas para atender a necessidades específicas. Até mesmo a quilometragem e o ano de fabricação do carro contam na hora de escolher o óleo mais adequado. Com o crescimento das vendas de carros híbridos no mercado brasileiro, surgiu a demanda de lubrificantes específicos. É o caso do novo Lubrax Supera Premium, desenvolvido especialmente para ser utilizado em veículos que combinam motores à combustão e elétricos, com aditivos de alta performance. “Existem casos em que o motor a combustão de um carro híbrido passa muito tempo sem ser utilizado, ficando apenas com o elétrico em funcionamento, podendo o óleo perder suas especificações iniciais”, explica Thiago Ferreira Veiga, gerente de Desenvolvimento Técnico de Produtos da Vibra Energia.
A melhor forma de saber qual é o óleo adequado para um automóvel é consultar o manual do proprietário e o mais importante na escolha do lubrificante é observar seu código de referência, composto de duas partes. A primeira traz um ou dois números seguidos da letra “W”, indicando a viscosidade do óleo quando o motor está em baixa temperatura, como na partida. A segunda fica após o “W” acompanhado de dois números, indicando a viscosidade quando o motor atinge sua temperatura normal de funcionamento. Quanto maior o número, maior a viscosidade. Em um óleo com código de referência 05W30 e outro com 10W30, o primeiro será menos viscoso com motor em baixa temperatura, mas os dois terão a mesma viscosidade com o propulsor mais quente. Motores mais antigos pedem lubrificantes de maior viscosidade, que ajudam a compensar as folgas decorrentes do uso do motor por tanto tempo e do desgaste natural dos componentes. Por outro lado, os propulsores mais novos podem ter óleos de viscosidade baixa e com mais tecnologia em sua composição, pois não precisam trabalhar tanto, oferecem mais proteção e menor consumo de combustível.
Por Yuri Ravitz, do “Volta Rápida”, especial para AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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