A Honda tem uma tradição de oferecer motocicletas versáteis, para uma ampla variedade de usos – e as da categoria trail se destacam nesse contexto. Da fábrica de Manaus, no Amazonas, saíram modelos como a XL 250R, a XL 125S, a família NX – 125, 150, 350 Sahara –, as NXR Bros e a XRE 300, cujo sucesso resultou no lançamento da “irmã menor” XRE 190, em 2016. Sete anos após o seu lançamento, a porta de entrada da família XRE preserva o conceito de trail aventureira e chega à linha 2024 sem mudanças mecânicas ou estéticas – na verdade, traz apenas alterações nas cores oferecidas. Disponível na rede de concessionárias a partir de setembro, a linha 2024 da XRE 190 ABS, agora nas cores vermelho perolizado e cinza metálico, sai por R$ 20.360. Já a versão Adventure, disponível somente na cor verde fosco, parte de R$ 20.850. O preço público sugerido tem como base São Paulo (SP) e não inclui despesas com frete ou seguro. O modelo 2024 tem três anos de garantia sem limite de quilometragem, mais óleo Pro Honda grátis em sete revisões (o fornecimento do óleo é válido a partir da terceira revisão).
Em 2023, a XRE 190 é a décima primeira motocicleta mais vendida do Brasil, com os 20.477 emplacamentos nos sete primeiros meses do ano. Segundo a Honda, as diretrizes aplicadas ao projeto da XRE 190 buscaram o equilíbrio entre a facilidade de uso em qualquer tipo de terreno com a sempre bem-vinda economia, tanto de combustível quanto de exercício. O objetivo é oferecer uma moto adequada para o dia a dia, seja como vetor de transporte ou no uso profissional, mas também se mostra competente parceira para passeios de final de semana, nos quais a tônica é o lazer.
O caráter duplo da XRE 190 tem como forte aliado o motor monocilindrico arrefecido a ar, quatro tempos, dotado de comando único no cabeçote (OHC – Overhead Camshaft), com balancins roletados nas duas válvulas, que proporciona menores ruídos mecânicos e atrito. Com exatos 184,4 cc e potência de 16,4 cavalos (etanol) e 16,3 cavalos e torque de 1,66 kgfm (etanol) e 1,65 kgfm (gasolina), e alimentado pelo sistema de injeção eletrônica PGM-FI Flexone, o motor da XRE 190 se deriva do propulsor da família CG. A capacidade cúbica foi elevada por meio do aumento do diâmetro do pistão, procedimento que preservou características de durabilidade e economia, acrescentando a “pegada” que permite à trail encarar terrenos ruins com facilidade. Pelos dados da fabricante, a autonomia proporcionada pelo tanque de combustível de 13,5 litros é de 350 a 500 quilômetros, fator que torna a XRE 190 não apenas prática, mas sobretudo adaptada a percursos rodoviários ou ao uso em regiões distantes dos centros urbanos, sem grande oferta de postos de combustível.
O robusto chassi de aço tipo berço semiduplo e as suspensões – dianteira telescópica e traseira mono-amortecida, ambas de longo curso – buscam proporcionar melhor maneabilidade, alta capacidade de superação de obstáculos e segurança, fator no qual a frenagem com ABS no disco dianteiro de 240 milímetros e traseiro de 220 milímetros é fundamental. Calçada com pneus do tipo misto, os Pirelli MT 60, de medidas 90/90-19 na dianteira e 110/70-17 na traseira, a XRE 190 tenta atender às exigências de aderência e estabilidade tanto na terra quanto no asfalto, aspecto favorecido ainda pelo baixo peso a seco, de apenas 127 quilos.
A ergonomia sempre foi outro ponto de destaque na XRE 190. O banco de dois níveis e comandos bem posicionados facilitam a pilotagem. O resistente bagageiro é integrado a amplas alças laterais. Outro destaque é o painel digital, com display de LCD, no qual as informações como nível de combustível, rotação do motor, velocidade, hodômetro total, dois hodômetros parciais e consumo de combustível permitem visualização simples em qualquer condição de iluminação.
Por Edmundo Dantas/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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