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Quase simultaneamente à Citroën com o Berlingo, a Renault apresentou em 1997 o Kangoo. Ambos os veículos multiuso tinham uma coisa em comum: a aparência, no mínimo, exótica. A Fiat faria coro em 2001, colocando no mercado o Doblò, replicando o design inusitado. Com mais de 4,4 milhões de unidades comercializadas em 50 países, o Kangoo é o veículo mais vendido de sua categoria na versão elétrica desde 2011. Ele mostra como um carro pode ser utilizado tanto em família, graças a um espaço amplo, quanto para um uso profissional, principalmente pelo seu volume de porta-malas. Mas quando tudo indicava que o Kangoo estaria destinado a ser feio eternamente, a Renault surpreendeu mostrando a nova geração do modelo no IAA Mobility, em Munique, a E-Tech. O antigo design de “patinho feio” deu lugar a um veículo moderno com estilo de crossover, com opção de transportar até sete pessoas.

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Desde o lançamento do Kangoo, a fábrica de Maubeuge, no norte da França, produz o modelo, ininterruptamente, embora o carro tenha sido feito em Santa Isabel, na Argentina, de onde vinha para o Brasil, e em Casablanca, no Marrocos. Junto com as fábricas de Douai e Ruitz, Maubeuge é o coração do novo polo ElectriCity, onde a Renault estima produzir 480 mil carros inteiramente “verdes” por ano até 2025. A marca francesa investiu 450 milhões de euros (quase R$ 2,4 bilhões) em Maubeuge e instalou uma nova área para montagem de baterias para garantir uma qualidade de produção de alto nível na fabricação do Grand Kangoo E-Tech nas variantes de passeio e utilitárias, bem como os veículos de suas parceiras Mercedes-Benz e Nissan. Já o motor do Grand Kangoo E-Tech e os carregadores são produzidos em Cléon, na região da Normandia, noroeste da França.

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A preocupação com a nova aparência do Kangoo não se limitou à parte externa. Dentro, o painel tem acabamento imitando madeira escovada em tom escuro, com uma cabine aperfeiçoada na ergonomia para proporcionar mais conforto. O painel de instrumentos evoluiu com a introdução de dados específicos da configuração elétrica. O acesso à terceira fileira de bancos é facilitado pelas duas portas largas e deslizantes de 83 centímetros cada. O veículo elétrico multiuso – ou seria crossover? – tem soleira mais baixa e os bancos da segunda fileira são dobráveis​, oferecendo praticidade para a entrada e saída dos passageiros adultos, ou ainda para acomodação de crianças em cadeirinhas com fixações Isofix.

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O Grand Kangoo E-Tech é equipado com um motor de 90 kW (122 cavalos) de potência e 24,5 kgfm de torque. Já o modo “Eco” limita a potência em 56 kW (75 cavalos), enquanto a velocidade máxima (100 km/h) aumenta a autonomia. Graças à nova bateria de íons de lítio com capacidade de 45 kWh 100% aproveitáveis, o Grand Kangoo E-Tech oferece autonomia de até 265 quilômetros pelo ciclo WLTP. Essa autonomia pode recuperar 80 quilômetros com uma parada de dez minutos em um eletroposto de 80 kW (CC). As baterias contam com garantia de oito anos ou 160 mil quilômetros. Nesse intervalo, elas são renovadas gratuitamente se a capacidade se deteriorar a um nível inferior a 70% do valor nominal (SoH, que pode ser entendido como “estado de saúde da bateria”).

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O motorista pode escolher entre três modos de frenagem recuperativa. O primeiro é o “Vela” (indicador luminoso B1), com modo regenerativo limitado, adaptado ao uso em vias rápidas e rodovias. O segundo é o “Drive” (B2), com modo regenerativo padrão para uma utilização mais versátil, que proporciona sensação semelhante à de um veículo equipado com motor a combustão ao reduzir a pressão do pé do acelerador. O último é o “Freio” (B3), com modo regenerativo máximo, para um uso em engarrafamentos e em descida de serra. A frenagem hidráulica clássica é complementada por um sistema de regeneração adaptativa, que aumenta a energia recuperada. As diferentes combinações de modos de tração e de frenagem oferecem ao motorista a possibilidade de escolher entre seis tipos de condução. As informações relacionadas ao modo de condução selecionado, gerenciamento da potência elétrica e aos dispositivos avançados de assistência ao motorista (ADAS) podem ser agrupados em um painel colorido de dez polegadas. O modelo também estará disponível com motor a combustão, em duas motorizações homologadas pelo Euro 6E: a gasolina, com 130 cavalos, e a diesel, com 95 cavalos, sempre com opção de cinco ou sete ocupantes.

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Por  Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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