Da terra para as ruas
A Ford apresentou no Festival de Velocidade de Goodwood, na Inglaterra, no fim de semana passado, o Mustang Mach-E Rally, seu primeiro SUV elétrico inspirado em ralis. A marca escolheu o evento, um dos encontros automobilísticos mais badalados do planeta, para fazer o “début” do Mustang em um território até então desconhecido para o famoso nome: o off-road e estradas de terra batida. O grande público presente ao circuito de Goodwood pode assistir ao Mustang Mach-E Rally na tradicional subida de colina do festival, dirigido por Ott Tänak, da Estônia, atual piloto do M-Sport Ford Puma Hybrid Rally e campeão do Mundial de Rali da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O Mustang Mach-E Rally tem capacidade para cinco passageiros e estará disponível para vendas nos Estados Unidos e na Europa, pois o carro utilizado em competições deve ter as mesmas especificações do modelo de rua, apenas guarnecido pelas estruturas metálicas de proteção interna, as famosas “gaiolas de segurança”.
Tecnologias em movimento
A ZF apresentou na Alemanha o veículo-conceito elétrico EVbeat, projetado para obter máxima resistência e eficiência em operação, com baixo peso. No carro, a ZF fez com que os componentes do e-drive (sistema de propulsão elétrico) fossem aumentados e combinados em um sistema holístico. Isso inclui uma transmissão leve e ultracompacta de 74 quilos com uma densidade de torque de 70,5 kgfm, com gerenciamento térmico e software de transmissão em rede, na nuvem. “Estamos mostrando o potencial que os futuros componentes de acionamento elétricos oferecem quando são combinados em um sistema geral mais eficiente”, explicou Stephan von Schuckmann, integrante do Board Mundial e CEO da Divisão de Tecnologia de Powertrain de Carros de Passeio da ZF. O veículo-conceito ZF EVbeat tem como base um Porsche Taycan e usa como referência a tecnologia de série da ZF e de outros “players” do mercado. “Nossa meta era tornar o veículo o mais compacto e leve possível, mantendo alta dinâmica de direção e aumentando a eficiência na operação”, completou Otmar Scharrer, diretor de Desenvolvimento de Sistemas de Acionamento Elétrico da ZF.
Marketing musical
A Volkswagen decidiu fazer uma série limitada do SUV compacto T Cross, a The Town, como contrapartida ao patrocínio da marca ao festival de música “The Town”, realizado na cidade de São Paulo. Produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR), o T-Cross The Town tem como base a versão 200 TSI e é equipado com motor de até 128 cavalos de potência e 20,4 kgfm de torque, sempre associado ao câmbio automático de 6 marchas. A The Town tem preço de R$ 149.990. A edição especial conta com itens de série das configurações mais completas do SUV. “O T Cross The Town representa o sucesso da parceria entre a Volkswagen e o The Town e coroa o triunfo do SUV no país, com mais de 32 mil unidades vendidas somente este ano. Com o lançamento dessa versão, damos continuidade à tradição de criar edições especiais, com as do Gol, da Saveiro e do Fox Rock in Rio”, lembra Roger Corassa, vice-presidente de Vendas e Marketing da Volkswagen do Brasil.
Nota redonda
A segunda rodada de resultados deste ano do Programa de Avaliação de Veículos Novos para a América Latina e o Caribe do Latin NCAP aplicou zero estrela para o Citroën C3. O mau resultado foi devido, entre outras coisas, à estrutura instável, à fraca proteção contra colisões frontais e à falta de proteção lateral para a cabeça e de lembrete de uso do cinto de segurança para todos os ocupantes do carro com exceção do motorista. De acordo com o instituto independente, o C3 produzido no Brasil, que oferece dois airbags e controle eletrônico de estabilidade (ESC) como equipamento de série, obteve 30,5% para segurança de adulto, 12,1% para crianças, 49,7% em proteção de pedestres e usuários vulneráveis da estrada e 34,8% em assistência à segurança. O veículo foi avaliado em impacto frontal e lateral, chicotada cervical, proteção para pedestres e funcionamento do ESC. “É alarmante como a Stellantis repetidamente desconsidera a segurança básica para os latino-americanos, e é inaceitável que alguns de seus veículos alcancem um nível tão baixo de segurança, pois ela sabe muito bem como produzir carros acessíveis e muito mais seguros”, avaliou Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP. A Stellantis não se pronunciou sobre os resultados dos testes do C3.
Os dois lados da moeda
De acordo com a Elev – empresa que oferece ao mercado soluções para o ecossistema de mobilidade elétrica e atua no segmento de pesquisa e desenvolvimento -, o setor de automóveis elétricos no Brasil está passando por uma notável transformação ao longo deste ano, impulsionado por significativos investimentos. A empresa cita como exemplo o avanço na fábrica da montadora Build Your Dreams (BYD), localizada na Bahia. Outras regiões do país, como o ABC Paulista, também estão se destacando nesse cenário, como a recente inauguração da fábrica de ônibus da Eletra. Para a Elev, por outro lado, existe uma preocupação em relação ao impacto que esse crescimento pode ter nas exportações dos minérios brasileiros. O aumento na produção de veículos elétricos demanda uma quantidade significativa de minerais, como o lítio e o cobre, essenciais para a fabricação das baterias dos veículos elétricos.
Em crescimento
O Fiat Mobi acaba de alcançar a marca de 400 mil unidades vendidas no Brasil. O modelo produzido em Betim (MG) teve 6.895 emplacamentos em junho deste ano e 30.442 no primeiro semestre, se colocando como o sétimo do ranking de carros de passeio. Oferecido em duas versões – a Like e a Trekking, ambas movidas pelo veterano 1.0 Fire Evo Flex aspirado, com até 74 cavalos de potência e 9,7 kgfm de torque, associado ao câmbio manual de 5 marchas –, o Mobi foi um dos principais responsáveis pelo sucesso da Fiat em relação ao plano de descontos do Governo Federal por meio da Medida Provisória 1.175 em junho, sendo o que mais cresceu no varejo, quase triplicando as vendas em comparação a maio. Além de ser vendido no Brasil, o Mobi é exportado para 12 países, incluindo Argentina, México, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Peru.
Usado com referências
Para compra e venda de um veículo, os fatores mecânicos – ao lado do histórico de incidentes e manutenção – são importantes tanto para quem está negociando a aquisição de um novo carro usado quanto para quem está se desfazendo de seu automóvel. Para ajudar o consumidor, as concessionárias e lojas de usados e seminovos, a Niterra – multinacional japonesa detentora das marcas NGK e NTK e especializada em componentes de ignição – dá cinco dicas para a valorização do usado:
1 – Apresentar o histórico de revisões – A partir deste registro, é possível visualizar as manutenções periódicas feitas pelo proprietário. Em caso de veículos que passaram por campanhas de recall, é importante guardar os comprovantes dos serviços.
2 – Notas dos serviços – Para efeito de garantia, as revisões devem ser feitas em uma concessionária da marca. Em contrapartida, para veículos fora do período de garantia, o cliente pode fazer a manutenção em uma oficina de sua confiança e guardar as notas fiscais dos serviços executados e das peças fornecidas para atestar todos os reparos.
3 – Comprovar os consertos – Pequenas batidas são frequentes, principalmente no trânsito caótico das grandes cidades. Porém, esse fator não deve, necessariamente, influenciar na desvalorização do veículo. Por isso, é importante guardar fotos do dano e comprovantes do reparo. Quando o conserto for providenciado por uma seguradora, solicitar descritivo do serviço com as peças que foram trocadas ou recuperadas.
4 – Revisão mecânica e estética – Um bom trabalho de estética pode evitar que o veículo entre na condição de repasse, melhorando o valor no momento da troca nos casos de vendas a lojistas e concessionárias.
5 – Vistoria cautelar – Pessoas físicas se preocupam muito com a documentação e o estado do veículo. Nesses casos, a vistoria cautelar pode garantir mais segurança. O vendedor que adianta esse serviço consegue, inclusive, acelerar o processo.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
Veja Também: