Estratégia sucessória
Conforme a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o mercado brasileiro de carros de passeio e comerciais leves teve 166.361 unidades vendidas em maio deste ano, representando aumento de 9,6% ante o mês anterior e queda de 4,9% em relação a maio de 2022. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, houve 754.851 emplacamentos, um aumento de 10,05% sobre o mesmo intervalo de 2022. Completando 20 anos de estrada no Brasil, o hatch compacto Volkswagen Polo, embalado por sua versão mais básica, a Track – apontada pela própria marca alemã como a sucessora do Gol –, foi o mais vendido entre os carros de passeio em maio, com 7.635 exemplares. No geral, porém, a picape compacta Fiat Strada manteve a liderança, com 9.715 vendas. Vieram a seguir no ranking dos dez primeiros nos dois segmentos o hatch compacto Chevrolet Onix, com 6.947 emplacamentos, o SUV compacto Volkswagen T-Cross (6.012), o sedã compacto Onix Plus (5.624), o SUV médio Jeep Compass (5.560), os SUVs compactos Chevrolet Tracker (5.436) e Hyundai Creta (5.268), a picape intermediária Fiat Toro (4.986) e o hatch compacto Fiat Argo (4.710).
Negócios nas caçambas
A Fenabrave registrou a liderança em maio da italiana Fiat no Brasil, com 34.438 veículos vendidos e participação de mercado de 20,7% e que colocou duas picapes entre os dez mais vendidos do mês, com a compacta Strada e a intermediária Toro. A marca pertencente à Stellantis foi seguida da alemã Volkswagen, com 27.485 emplacamentos e “market share” de 16,4%, da norte-americana General Motors (26.220 e 15,7%), da japonesa Toyota, que não tem modelos entre os dez mais do ranking mas tem boas vendas da picape média Hilux, do sedã médio Corolla, do SUV médio Corolla Cross e dos hatch e sedã Yaris, com 16.443 emplacamentos no total e “share” de 9,8%, da norte-americana Jeep (11.814 e 7,1%), da sul-coreana Hyundai (10.930 e 6,5%), da francesa Renault (7.967 e 4,7%), das japonesas Honda (6.709 e 4,03%) e Nissan (6.340 e 3,8%) e da francesa Peugeot (2.934 e 1,7%).
Arrancada inicial
Em seu primeiro mês de vendas, a linha Haval da GWM teve 960 carros emplacados e entregues aos clientes somando as três versões do híbrido importado da China Haval H6 (HEV, PHVE e GT, os dois últimos plug-in). “Só temos motivos para comemorar. O sucesso do nosso produto mostra o que o consumidor quer: SUVs eletrificados. Estamos revolucionando o mercado brasileiro na nossa forma de operar”, destaca Oswaldo Ramos, Chief Commercial Officer da GWM. Com o volume vendido, a GWM ficou à frente de marcas estrangeiras tradicionais, como a Audi, a Kia, a Land Rover, a Mercedes-Benz e a Volvo. Para junho, as expectativas continuam em alta. Além de mil carros em fase de nacionalização e que já têm dono, mais mil veículos das versões PHEV e GT estão com disponibilidade imediata, com pagamento de sinal de R$ 9 mil no site Mercado Livre.
Luxo elétrico
A Audi do Brasil anuncia o início da pré-venda do e-Tron GT em junho. O esportivo elétrico chega para ampliar o portfólio de versões da família 100% elétrica da marca alemã no país e já está disponível para encomendas na rede autorizada de concessionárias, com condição válida somente até o dia 17 de junho, pelo valor de R$ 699.990. O novo veículo elétrico da marca também estará no programa por assinatura Audi Luxury Signature, com preço a partir de R$ 15.999 no plano de 36 meses. O esportivo elétrico tem um motor com potência de 476 cavalos (até 530 cavalos no modo “Overboost”) e torque instantâneo de 64,5 kgfm, associado à tração integral “Quattro”. O e-Tron GT acelera de zero a 100 km/h em apenas 4,1 segundos e pode chegar a 245 km/h. As baterias de alta tensão localizadas sob o assoalho têm capacidade de carga de 93 kWh e proporcionam uma autonomia de 458 a 501 quilômetros pelo ciclo WLTP ou de 308 quilômetros pela medição do Inmetro.
Acelerado
O novo Honda Civic Type R estreia no Brasil como o mais rápido dos Civic Type R já produzidos. A partir deste mês, os clientes já poderão encontrar o modelo em exibição nas concessionárias nacionais. O novo Civic Type R tem três anos de garantia, sem limite de quilometragem, e chega ao país em duas opções, sem o pacote Traffic Alert com preço de R$ 429.900 e com o pacote a R$ 434.900, nas cores Racing Blue Pearl, Rallye Red, Championship White e Crystal Black Pearl. O Traffic Alert consiste em um sistema de aviso de veículo em ponto cego (Blind Spot Information System) e monitoramento de tráfego cruzado na traseira (Cross Traffic Monitor). O motor 2.0 DI DOHC VTEC Turbo, com quatro cilindros e 16V, é dotado de duplo comando de válvulas no cabeçote, com sistema VTC (Variable Timing Control) na admissão e no escape e VTEC no escapamento. O motor gera 297 cavalos de potência e torque de 42,8 kgfm, acoplado ao câmbio manual de 6 marchas. Pertencente à décima primeira geração do Civic, o novo Type R consagrou-se como o carro de tração dianteira mais rápido do mundo, após recorde de tempo de volta obtido nos mais de 20 quilômetros do Nordschleife de Nürburgring, em 7min44s881.
“Banheira” elétrica
O BMW Group anuncia o aumento de versões eletrificadas para ainda este ano na Europa. E na ponta de cima de seu portfólio, a marca bávara confirma a chegada do Série 7 totalmente elétrico. Chamado de i7, o sedã grande na versão eDrive50 terá motor com 335 kW (455 cavalos) de potência e 65,6 kgfm de torque, permitindo uma aceleração de zero a 100 km/h em 5,5 segundos e uma velocidade máxima de 205 km/h, limitada eletronicamente, com uma autonomia de até 611 quilômetros pelo ciclo WLTP. O “carrão”, de nada menos de 5,39 metros de comprimento, destaca a função Max Range para o sistema de acionamento elétrico, oferecendo ao motorista maior flexibilidade ao procurar uma estação de carregamento pública que esteja inesperadamente fora de serviço. A função aumenta a autonomia em 25%, limitando a velocidade a 90 km/h e desativando recursos como controle de temperatura e aquecimento dos bancos e do volante.
Para que tão rápido?
Balanço feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) indica que, a cada minuto, quatro motoristas foram multados por excesso de velocidade nas rodovias federais brasileiras durante o primeiro trimestre deste ano. Foram emitidas 501.453 autuações de janeiro a março de 2023, uma alta de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Esses dados revelam a exata dimensão da situação de insegurança em que vivemos. O motorista brasileiro continua muito imprudente e violento e isso se traduz nos números apresentados pela PRF”, lamenta Alysson Coimbra, diretor Científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra). O levantamento da PRF contempla as autuações por radares móveis e fixos. Depois da polêmica envolvendo a suspensão dos radares móveis no Governo Federal anterior, o número de fiscalizações com esse tipo de equipamento cresceu 30,5% nos três primeiros meses deste ano, com 6.266 registros feitos pela PRF.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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