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Na indústria automotiva, o pneu é um dos principais componentes de um veículo. É ele que determina o comportamento estável do carro, transfere a potência do motor para o solo e é fundamental para uma boa frenagem e para a segurança de todos, do próprio motorista e dos demais da via. E não é por outra coisa que todas as categorias de competição de veículos têm testes exclusivos de pneus. Quanto aos tipos de banda de rodagem, três palavras dominam o assunto atualmente: assimétricos, simétricos e direcionais. Conhecer as diferentes características desses tipos de compostos pode até mudar a relação do motorista com o veículo.

Em primeiro lugar, é bom conhecer quais são os elementos da composição da banda de rodagem, o mais importante do composto, pois trata-se da parte do pneu que fica em contato direto com o solo. É ela que dá aderência, segurança e estabilidade ao veículo. Toda banda de rodagem é composta de sulcos, ranhuras e barras. Os sulcos servem para drenar a água do pneu em pista molhada, além de mantê-los refrigerados. As ranhuras levam o ar refrigerado obtido pelos sulcos até a estrutura do pneu, garantindo que o composto não sofra danos por superaquecimento. Já as barras são as partes que ficam em contato direto com o solo e geram tração devido ao atrito. Todos esses elementos da banda de rodagem mudam de acordo com o tipo de pneu: simétrico, assimétrico ou direcional.

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A criação e a seleção de pneus é uma ciência altamente tecnológica no universo automotivo atual. Ao contrário dos antigos, feitos simplesmente com “borracha natural” (originada do látex extraído por meio de incisões na casca da seringueira, árvore nativa da Amazônia), os pneus atuais são uma mistura complexa de cintas de aço, tecidos e compostos de borracha e sintéticos. “É importante que o motorista conheça o tipo de pneu usado por seu veículo, pois a montagem incorreta, no lado errado do sentido de rodagem, pode prejudicar o desempenho e a segurança oferecida pelo produto. Por isso, é necessário escolher uma oficina com profissionais qualificados quando for necessário fazer qualquer reparo ou mesmo o rodízio de pneus”, explica Rodrigo Alonso, diretor de Vendas e Marketing da Dunlop. Outro detalhe importante é o motorista saber o motivo de ter lado interno e externo do pneu para que a montagem da parte de fora fique mais reforçada em relação à interna. Com a borda externa mais resistente, o pneu tem melhor desempenho em curvas e sustenta mais o peso e a força do veículo. Por isso, a maioria dos carros esportivos vem de fábrica com pneus com borda externa mais reforçada.

Pneu simétrico

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É o mais popular do mercado e mais utilizado pelas fabricantes de veículos no Brasil. A principal característica do pneu simétrico é que ele não tem sentido de rodagem, dando total liberdade para se fazer o chamado rodízio, garantindo uma maior vida útil dos compostos e desgaste mais uniforme. Com o simétrico, a montagem dos pneus é indiferente. Para identificar esse tipo, é muito fácil: se não há qualquer indicação na lateral do pneu sobre o lado da montagem, é porque ele é um simétrico. Se olhando a banda de rodagem de frente, o desenho dos sulcos e das ranhuras desse pneu tem os dois lados exatamente iguais, partindo do meio em direção às duas bordas. O pneu simétrico é indicado para as estradas com piso seco na maior parte do tempo e com temperaturas mais elevadas.

Vantagens: tem custo mais baixo por ser o mais vendido, conta com boa durabilidade, com um desgaste mais lento, e produz pouco ruído quando está rodando.

Desvantagem: sua tecnologia é mais antiga, com construção mais simples.

Pneu assimétrico

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Enquanto o simétrico é o mais popular, o pneu assimétrico tem uma tecnologia mais avançada. Esse tipo é mais largo, com a banda de rodagem ficando mais em contato com o piso. Olhando-se a banda de rodagem de frente, nota-se que os dois lados do pneu assimétrico têm desenho diferente. Isso dificulta de se fazer o rodízio. Para melhor identificar o assimétrico, o motorista deve procurar termos específicos gravados na lateral do pneu, como “exterior/interior”, “outside/inside” ou “extérieur/intérieur”, dependendo do idioma do país. É por essas nomenclaturas que o condutor consegue entender qual é a posição correta do pneu assimétrico, pois, diferente do simétrico, existe um sentido no posicionamento e rodagem. O pneu assimétrico é recomendado para carros mais potentes, tanto em solos molhados quanto secos. Esse modelo é mais utilizado em esportivos.

Vantagens: por ter uma banda de rodagem maior, é mais seguro na direção, especialmente em pista molhada, emite pouco barulho quando está rodando e suporta mais peso que os demais. Por isso, é indicado para carros esportivos.

Desvantagem: seu preço é mais alto em comparação aos outros tipos.

Pneu direcional

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Existe uma dificuldade para se distinguir pneu simétrico do direcional, porque o desenho dos dois tipos é similar se olhando a banda de rodagem de frente. No entanto, na lateral do direcional há uma flecha ou outro símbolo para identificar a direção correta da rotação. Esses sinais são colocados no pneu direcional para evitar um desgaste irregular. A colocação errada pode ainda causar problemas de dirigibilidade. O direcional é recomendado para pistas molhadas, para temperaturas mais baixas ou na neve, pouco frequente no Brasil. Por outro lado, o pneu direcional não deixa o motorista“na mão” em pista seca.

Vantagens: permite que o motorista trafegue em condições adversas com segurança, tem um custo mais acessível em relação ao assimétrico, tornando uma boa opção também para os carros esportivos, e é bom para cidades em que a temperatura e as condições climáticas mudam de uma hora para outra.

Desvantagens: faz mais barulho quando está rodando e o rodízio exige que sejam observados os sentidos de rotação específicos.

Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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