Um dos nomes mais icônicos da indústria automotiva mundial volta ao mercado brasileiro na sua décima primeira geração e com a tecnologia híbrida e:HEV. Lançado em 1973, o Honda Civic está completando 50 anos de estrada e foi o único modelo a ousar rivalizar – por algumas vezes – com o conterrâneo Toyota Corolla, que surgiu em 1966 e tornou-se o automóvel mais vendido do planeta em todos os tempos. A versão híbrida do Civic promete altos níveis de conforto, qualidade construtiva, sofisticação e eficiência. O sedã médio da marca japonesa será ofertada em configuração única, inaugurando a tecnologia e:HEV no modelo. A chegada do Civic híbrido, produzido na Tailândia, dá sequência ao plano de eletrificação da Honda no mercado brasileiro. O carro chega ainda este mês às concessionárias nacionais com preço de R$ 244.900, com as opções de cores Branco Topázio e Preto Cristal (perolizadas) e Cinza Basalto e Prata Platinum (metálicas). O interior é em cinza claro quando a cor externa for o Branco Topázio. Em todas as demais cores de carroceria, o acabamento interno é na cor preta. O Civic híbrido tem três anos de garantia, sem limite de quilometragem. O conjunto elétrico (baterias e motores) tem garantia de oito anos ou de 160 mil quilômetros.
De acordo com a Honda, o conceito do desenvolvimento do Civic híbrido foi o de criar um veículo fiel ao princípio “Man-Maximum, Machine-Minimum” (algo como o máximo para o homem e o mínimo para a máquina), no qual a tecnologia e o design devem trabalhar em sintonia para estar a serviço do motorista e dos passageiros. Para criar um veículo que busca valorizar a excelência ambiental, a segurança e o prazer de dirigir, foram adotados parâmetros técnicos inéditos, assim como uma significativa renovação estética, que além das novas formas tenta oferecer evolução em termos de segurança, visibilidade e sensação de espaço interno.
O sistema de propulsão híbrido e:HEV conta com um motor elétrico de alta potência – com 184 cavalos e 32,1 kgfm de torque -, que trabalha em conjunto com o propulsor a gasolina de 2,0 litros de 143 cavalos a 6 mil rotações por minuto e 19,1 kgfm de torque a 4.500 giros, alimentado por injeção direta. Já o segundo motor elétrico cumpre função de gerador de energia para a IPU (Intelligent Power Unit), o compacto conjunto de baterias de íons de lítio posicionado sob o assento do banco traseiro. Na prática, o sistema e:HEV entrega acelerações típicas de modelos esportivos e reduzido nível de consumo de combustível. Pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem, o consumo é de 18,3 km/l na cidade e de 15,9 km/l na estrada.
Conforme a marca oriental, o novo motor 2.0 de ciclo Atkinson tem o processo conhecido como “multistage injection”. O principal ganho está na ampliação da faixa de atuação estequiométrica, com consequente ganho de eficiência. A alta taxa de compressão, de 13,9:1, eleva o motor a combustão no patamar de eficiência térmica. O sistema e:HEV tem três modos de condução – “EV Drive”, 100% elétrico, “Hybrid Drive”, elétrico e a combustão e “Engine Drive”, somente a combustão – que se alternam automaticamente em função de fatores como topografia, demanda de acelerador e nível de energia nas baterias. Na maior parte das situações, o Civic híbrido é tracionado pelo motor elétrico. O “Hybrid Drive” é ativado nos momentos de maior pressão sobre o acelerador. Em ambos os casos, o propulsor a combustão é ativado para girar o motor-gerador. A gestão da energia, feita pela PCU (Power Control Unit), monitora a alta voltagem gerada pela bateria de íons de lítio da IPU. Já o “Engine Drive”, modo em que a tração é feita prioritariamente pelo motor a combustão, é ativado em situações de velocidades mais elevadas e constantes, ou seja, a condição na qual os motores a combustão trabalham em sua zona de máxima eficiência térmica. Quando o motorista demanda mais potência, diferente de outros híbridos, o e:HEV trabalha no modo Hybrid, com a unidade a combustão podendo tracionar, mas trabalhando principalmente em conjunto com o gerador para produzir eletricidade para o motor elétrico também tracionar. A capacidade de alternar a tração do carro entre os motores térmico e elétrico, para ambos trabalhem de maneira mais eficiente, é o grande diferencial do e:HEV.
Qualquer que seja o modo de operação atuante, frenagens e desacelerações resultam em recuperação de energia, ampliando a economia especialmente em situações de tráfego anda e para das grandes cidades. A presença da tecla “Drive Mode” no console, logo abaixo das posições “P” (parking), “R” (ré), “N” (neutro ou ponto morto) e “D” (driving), possibilita a seleção entre os modos de direção “Normal”, “Sport”, “Eco” e “Individual”. Em “Sport”, a resposta ao acelerador é mais direta, beneficiando uma condução esportiva. Em “Eco”, a atuação do acelerador privilegia a economia, enquanto em “Individual” é possível a personalização de parâmetros como a resposta do acelerador e do sistema de direção. O “Normal” faz os ajustes retornarem ao padrão, que prevê um balanceamento entre performance e eficiência.
No design interno, destaca-se a horizontalidade do painel, cujo posicionamento colabora para elevar a percepção de qualidade, favorecendo a consulta dos instrumentos, posicionados em tela de TFT colorida de 10,2 polegadas. A adoção de um painel de instrumentos digital colorido exibe de maneira organizada e personalizável várias informações sobre a condução, sempre priorizando a visualização e compreensão imediata dos dados como velocidade, nível de energia armazenado/regenerado e dos dispositivos de gerenciamento do estado geral de funcionamento do veículo. No painel, também é possível se visualizar a representação gráfica do fluxo de energia do “powertrain” em tempo real. A central multimídia, destacada no centro do painel frontal, tem ainda espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay.
Dentro do sedã, o console central inclui porta-copos ao lado das teclas de comando da transmissão e uma área para acomodar smartphones e recarregá-los sem necessidade de cabo. Os bancos dianteiros contam com sistema de estabilização corporal, garantindo conforto mesmo após viagens mais longas. Há ainda ajustes elétricos para os bancos do motorista e do passageiro da frente. O porta-malas tem 495 litros. Quando a tampa do espaço de bagagens é destravada (pelo botão na chave ou na porta do motorista), ela se eleva de maneira controlada até o ponto máximo de abertura. Esse movimento é possível por conta da adoção de um sistema de molas de torção e um amortecedor do tipo mola a gás. Enquanto o primeiro sistema faz a abertura, o segundo cadencia a velocidade do movimento.
Como os demais modelos da marca, o Civic híbrido conta com o Honda Sensing, pacote de tecnologias de segurança e de assistência ao motorista, que se baseia em imagens captadas por uma câmera de longo alcance e de visão grande angular, operada por um microprocessador de imagem de alta capacidade. O sistema oferece o ACC – controle de cruzeiro adaptativo –, o CMBS – de frenagem para mitigação de colisão –, o LKAS – de assistência de permanência em faixa –, o RDM – de observação de evasão de pista – e o AHB – ajuste automático de farol, com comutação noturna automática dos fachos baixo e alto de acordo com a situação.
Por: Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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