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Na mesma

A produção de caminhões, que chegou a 161,8 mil veículos em 2022, avançou 1,9%, em relação a 2021, quando foram fabricadas 158,8 mil unidades. Já nas vendas, foram de 126,6 mil caminhões comercializados em 2022 e de 128,7 mil em 2021, o que representa a uma queda de 1,6%. “Depois de um primeiro quadrimestre muito difícil em função da falta de semicondutores, o setor acelerou o ritmo e conseguiu atender à parte da demanda reprimida nos mercados interno e externos”, afirmou Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No ranking das empresas, a Volkswagen Caminhões e Ônibus lidera com 34.506 caminhões licenciados em 2022, seguida da Mercedes-Benz (32.999), da Volvo (24.093), da Scania (13.223), da Iveco (10.609) e da DAF (6.793). O modelo mais vendido de 2022 é o mesmo dos últimos anos: o pesado Volvo FH 540, que teve 8.317 emplacamentos registrados. Atrás dele, vieram o DAF XF, com 6.301 vendas, e o Volkswagen Delivery 11.180 (5.595). As exportações escaparam um pouco do quadro de estagnação do setor de caminhões, com 12,1% de crescimento em relação a 2021. No ano passado, foram vendidos para o mercado externo 25,5 mil caminhões, enquanto em 2021, embarcaram 22,7 mil.

Esforço coletivo

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Após dois anos muito ruins, desde a chegada da pandemia do coronavírus ao Brasil, o mercado nacional de ônibus se recuperou em 2022. Pelos dados da Anfavea, a produção de ônibus em 2022 somou 31,7 mil unidades, resultando em alta de 67,7% sobre o ano anterior. Foi o maior volume fabricado em oito anos. O crescimento ocorreu por conta da recuperação do mercado interno e das exportações. Nos 12 meses de 2022, foram emplacados no Brasil 17,3 mil ônibus, volume 23,4% mais alto que o do ano anterior. Segundo a Anfavea, 33% dos ônibus licenciados durante o ano foram direcionados ao programa governamental “Caminho da Escola”. Os modelos urbanos responderam por 27% e os rodoviários, por 13%, apenas. As exportações também colaboraram com o bom desempenho. De janeiro a dezembro, o Brasil enviou ao mercado externo 5,2 mil ônibus, um total 23,1% mais alto que o de 2021.

Perspectivas pouco alvissareiras

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Para o setor de veículos pesados – que inclui caminhões, ônibus, furgões e vans – a atual expectativa da Anfavea para 2023 é de queda de 11,1% nos emplacamentos, recuo de 20,4% na produção e de 8,7% nas exportações. As projeções pouco animadoras são motivadas por problemas de abastecimento de componentes, alta taxa de juros e a mudança para a tecnologia Euro 6, que eleva preços dos veículos. Contudo, a entidade ressalta que tais condições podem ser modificadas de acordo com a evolução da economia brasileira. “A questão do crédito é o tema mais urgente a ser atacado. Precisamos de juros mais baixos para atrair mais compradores. Temas como a reindustrialização e a descarbonização nos impõem desafios e oportunidades”, pondera Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. 

Daqui para fora

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A Volkswagen Caminhões e Ônibus acelerou suas exportações em 2022 e pretende embalar ainda mais as vendas externas este ano. A empresa registrou o melhor resultado de embarques dos últimos cinco anos. Com aproximadamente 10 mil unidades, obteve um crescimento de mais de 15% em relação a 2021. O volume representa mais do que o dobro do negociado pela marca no Exterior em 2020. “Continuaremos a investir no mercado nacional para manter nossa posição, mas queremos replicar esse sucesso mundo afora. Assim como ocorreu no ano passado, intensificaremos a internacionalização e daremos início a uma nova fase nesse plano, buscando ainda mais oportunidades”, avisa Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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