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A mobilidade urbana no Brasil deve ser impactada por várias frentes nos próximos anos, especialmente no que diz respeito à tecnologia. Para 2023, a chegada do 5G em boa parte dos municípios brasileiros com população superior a 500 mil habitantes, já em janeiro, deve influenciar usuários de aplicativos e de transporte público. O setor de transporte coletivo ainda deve assistir ao aprimoramento nas formas de pagamento e modo de utilização. “Nós já vemos uma grande movimentação e mudança de hábitos no setor da mobilidade. Em 2023, que marca também o ampliamento da cobertura do 5G, devemos ver se enraizar ainda mais algumas tendências, como o maior uso de aplicativos de transporte e delivery”, explica Alécio Cavalcante, co-CEO da Ubiz Car, startup de mobilidade urbana presente em várias cidades do Brasil. A eletrificação é outra tendência em alta no transporte coletivo de passageiros, especialmente nas grandes metrópoles.

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Pagamentos digitais

As formas de pagamento devem se diversificar no ano que vem, tanto no transporte público quanto nos aplicativos de mobilidade urbana, graças à tecnologia e às novas soluções disponíveis. O surgimento da pandemia intensificou o medo da contaminação por parte dos usuários. Ao pagar passagem com aplicativos de celular por meio de QR Code, o passageiro evita o contato com dinheiro e pessoas e agiliza o pagamento. “A tendência é que se amplie a margem de possibilidades facilitadoras para os transeuntes, como o pagamento via QR Code no transporte público, algo já existente em São Paulo, e os pagamentos via Pix em viagens por aplicativo”, aponta Cavalcante.

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Conectividade

Segundo o Ministério das Comunicações, enquanto o 4G consegue conectar até dez mil dispositivos por quilômetro quadrado simultaneamente, o 5G suporta até um milhão, possibilitando, assim, maior conectividade. O 5G poderá melhorar os fluxos de trânsito, uma vez que com uma melhor e mais veloz comunicação entre motoristas e centrais de controle, aplicativos de mobilidade poderão oferecer sempre as melhores rotas, evitando engarrafamentos. Com o intuito de reduzir o tempo de deslocamento e evitar superlotações nos veículos, existem aplicativos com informações atualizadas em tempo real, com opções para o passageiro escolher melhores percursos. Outra área crescente ligada à conectividade nos transportes prevista para 2023 é o uso de serviços de delivery e de aplicativos de deslocamento, como o Uber, o que impacta diretamente na quantidade de veículos em circulação.

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Eletrificação

Estudos estão sendo desengavetados pela equipe de transição do novo Governo Federal que assume em 2023 para embasar propostas de uma política nacional de mobilidade elétrica. A minuta do Projeto de Lei do novo Marco Legal do Transporte Público Coletivo, que estará em consulta pública até 26 de janeiro, orienta a criação de metas para a redução de emissões. Várias prefeituras já saíram na frente e a eletrificação das frotas municipais de ônibus, que esteve em alta em 2022, ganhará impulso no próximo ano. Além de melhorar na qualidade do ar nos centros urbanos, a adoção de ônibus elétricos traz também outros benefícios, como redução da dependência de importação de combustíveis fósseis e diminuição do ruído.

Por: Edmundo Dantas/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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