Viajar no período de festas de fim de ano e férias de verão requer atenção redobrada do motorista, especialmente com a previsão da meteorologia de uma estação do sol muito chuvosa para o Brasil de uma maneira geral, que vem provocando estragos em rodovias já em estado precário. O primeiro passo é cuidar da segurança utilizando cinto em todos os bancos, cadeirinhas ou assento de elevação para as crianças e o transporte mais indicado para os pets. O segundo cuidado é fazer a revisão e a manutenção do veículo. Não sair para uma viagem sem verificar freios, faróis, lanternas, níveis de água e óleo, calibrar os pneus e checar os itens de segurança obrigatórios, como triângulo, macaco e estepe.
Motorista
Estudos mostram que 90% dos acidentes de trânsito são provocados pelo fator humano, ou seja, pelo motorista. Já uma “lei antiga” afirma que 100% dos acidentes têm origem no fator humano, pois a manutenção do veículo e os cuidados para a viagem são feitos por pessoas. Então, de nada adianta fazer a manutenção do carro e dirigir cansado, com sono ou sob o efeito de álcool ou drogas psicoativas. Uma boa noite de sono e descanso é imprescindível antes de se pegar o volante. Quem começou algum tratamento de saúde recentemente deve consultar o médico para saber se o remédio interfere diretamente na capacidade de concentração e reação no trânsito. Outra dica importante é evitar falar no celular – e jamais teclar – enquanto dirige.
Crianças
Este ano, o número de crianças mortas ou feridas nas rodovias federais aumentou. Apesar de a quantidade de acidentes ter caído, as mortes de crianças cresceram em 80% na comparação com 2021. Isso significa que os acidentes têm sido mais graves e, portanto, é preciso cuidado extra no transporte desse público. As crianças nunca devem ser transportadas sem bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação. Banco de trás com cinto de segurança do carro deve ser adotado somente para crianças maiores de dez anos. A mesma regra vale para o transporte em motocicletas.
Bebê conforto – Para criança de até um ano de idade e até nove quilos de peso, posicionado em sentido contrário ao do painel do veículo.
Cadeirinha – Para criança de um a quatro anos, que tenham de nove a 18 quilos, posicionadas de frente para o painel do veículo.
Assento de elevação – Para criança de quatro a dez anos, que não tenham atingido 1,45 metro de altura, com peso de 15 e 36 quilos, sempre conectada ao cinto de três pontos do carro.
O banco traseiro com o cinto de segurança do veículo deve ser para criança com mais de dez anos ou com altura superior a 1,45 metro.
Pets
Se a vigem tiver bichos de estimação, o motorista deve se certificar de transportá-los de forma adequada. Existem equipamentos de segurança específicos para o “bebê peludo”. Além dos riscos de morte e ferimentos para os pets, o transporte inadequado pode provocar acidentes e gerar multas.
– Cadeirinhas (cestinhos) – Recomendadas para animais de pequeno porte que não se adaptam em viajar nas caixas de transporte. São projetadas para serem utilizadas com os animais utilizando coleiras do tipo peitoral e devem ser fixadas no encosto de cabeça do banco traseiro e retidas com o cinto de segurança do veículo.
– Cinto de segurança – Indicado para cães de porte médio ou grande, na posição central do banco traseiro, com os adaptadores presos às coleiras peitorais e fixados no encaixe do cinto de segurança do veículo.
– Grades de proteção – Para animais de grande porte, para limitar a circulação do bicho dentro do carro e impedi-lo de saltar pela janela. Aliás, pet com a cabeça para fora da janela do carro, nem pensar!
– Capa protetora de banco traseiro – Pode ser usada com o cinto de segurança, reduzindo o risco de o animal sofrer ferimentos em desacelerações bruscas.
– Caixa/gaiola – Indicada para carregar o animal de pequeno ou médio portes no assoalho do ônibus ou no bagageiro do coletivo.
Na chuva
O verão tropical é caracterizado pelo calor intenso e pelas grandes chuvaradas. Se a pista estiver alagada, o melhor procedimento é parar o veículo em um lugar mais alto, seguro e protegido e seguir viagem depois que a chuva passar e as águas baixarem. Quando é realmente necessário encarar o alagamento, é bom ter em mente alguns cuidados:
– Usar GPS mesmo que conheça o caminho, pois ele avisa sobre interdições e desvios seguros na estrada.
– Ter um “Plano B” de percurso para fugir de interdições e alagamentos.
– Não avançar se o volume de água cobrir metade da altura da roda do carro.
– Não sair do veículo em caso de enxurrada.
– Manter distância do veículo à frente.
– Usar farol baixo mesmo na cidade.
– Não frear bruscamente.
– Manter o volante reto, segurando forte, acelerar de forma constante e devagar em primeira ou segunda marchas para evitar que a água entre pelo cano de descarga e provoque o calço hidráulico – quando a água trava o movimento do pistão dentro do cilindro –, algo que pode provocar a perda de todo o motor.
– Em caso de interdição de pista e se não houver um local seguro para estacionar, acionar as luzes de alerta e abandonar o veículo, buscando abrigo em local seguro.
– Usar o pisca alerta de maneira intermitente quando houver uma redução drástica de velocidade, para que os demais motoristas possam também diminuir a velocidade de forma segura, evitando colisões.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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