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Embora os carros 100% elétricos estejam ganhando espaço em todo o mundo, os veículos com motor a combustão interna ainda têm um longo caminho a percorrer, especialmente nos milhões e milhões que compõem a frota de usados espalhados pelo planeta. Bem mais do que nos motores elétricos, nos quais a maioria das tarefas mecânicas dá lugar a comandos eletrônicos, nos motores flex e a diesel existem vários tipos de fluidos que desempenham papel crucial na capacidade de funcionamento dos veículos. Se esses fluidos secarem ou perderem a qualidade, podem gerar grandes danos às peças e aos mecanismos, tornando a direção insegura ou até mesmo sendo impossível de se dar a partida. Especificamente relacionado ao motor, o óleo lubrificante e o líquido de arrefecimento – composto basicamente pela água – merecem atenção especial do motorista.

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Verificar os fluidos essenciais do motor como rotina é uma boa maneira de manter o carro em condições de funcionamento, além de ser uma forma econômica e simples de evitar o aumento do consumo de combustível, impedir a redução da potência, garantir a durabilidade dos sistemas e manter o valor de revenda do veículo. “Isso também ajudará a manter os custos de reparo futuros e diminuir os riscos de quebra. Não podemos deixar de enfatizar suficientemente a importância da manutenção regular e eficiente do carro, pois a conservação adequada do veículo poupa muitas dores de cabeça, dinheiro e tempo a médio e longo prazos”, recomenda Luis Fernando Sabino, gerente-técnico de Aditivos e Lubrificantes da Basf.

Os fluidos da longevidade automotiva

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Arrefecimento do motor

O sistema de arrefecimento é o responsável para fazer o conjunto mecânico trabalhar sempre na temperatura ideal. Inclui componentes como bomba d’água, ventoinha, válvula termostática e o, principal, radiador. Em um automóvel, o motor deve trabalhar em uma temperatura próxima aos 90ºC. Caso contrário, com o sistema de arrefecimento funcionando de forma incorreta, o motor pode sofrer sérios problemas ou até parar por completo. No radiador, o líquido é resfriado pela passagem do ar e auxiliado pelo ventilador que fica encostado na peça. Caso haja qualquer tipo de folga ou furo em um dos dutos do sistema de arrefecimento, seu funcionamento fica comprometido. Em outros tipos de motores, não existem essas câmaras, com o propulsor resfriado apenas pelo ar, como é o caso do Fusca. Como a grande maioria dos carros tem sistema resfriado com água, a manutenção e a verificação do nível do líquido do reservatório são muito importantes. O recomendado é preencher o reservatório com água e aditivo, sempre respeitando o indicador de nível máximo. Um cuidado fundamental é não colocar líquido no radiador com o motor quente. A respeito de aditivos, colocar nas revisões periódicas, sempre após trocar toda a água do sistema de arrefecimento. O líquido deve ser trocado a cada dois anos ou a cada 60 mil quilômetros rodados.

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Óleo do motor

É o fluido mais importante do carro. Reduz o atrito dentro do motor e garante que tudo continue funcionando com eficiência. Também protege as partes móveis do propulsor de serem danificadas pelo calor, e suas propriedades de limpeza podem ajudar a reduzir a sujeira que obstrui as aberturas do motor. A primeira coisa a saber é quando a troca de óleo deve ser feita. Essa informação está no manual do proprietário do carro. Em média, os veículos nacionais exigem a troca do fluido a cada 5 mil quilômetros ou a cada seis meses, se o carro for utilizado por uma quilometragem muito longa. Simultaneamente, deve-se substituir o filtro de óleo, pois ele acumula resíduos que podem contaminar o lubrificante novo.

Fluido do freio

Sem o fluido de freio, o veículo simplesmente não para quando o motorista aciona o pedal. Como o freio é um item fundamental de segurança, seu fluido é a primeira coisa que deve ser verificada em uma revisão ou manutenção. O fluido de freio absorve a umidade do ar com facilidade e, com o tempo, se dilui até se transformar em água. Por isso, é importante fazer a troca completa para garantir total segurança e preservar todo o sistema de frenagem do carro. O fluido de freio tem prazo de validade, podendo variar entre um e dois anos, conforme o tipo e o uso do veículo. Esse prazo também pode ser dado em quilometragem, de acordo com as instruções contidas no manual do veículo.

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Fluído da transmissão

Serve a um propósito semelhante ao do óleo do motor. O fluido da transmissão protege e resfria os componentes dentro do câmbio. Existem vários tipos de fluido de transmissão, por isso, é importante usar o recomendado no manual do proprietário do veículo para obter o melhor desempenho. A média nos carros nacionais aponta a necessidade da troca do fluido de 50 mil a 100 mil quilômetros, mas é importante checar o nível a cada 20 mil ou 30 mil quilômetros pois pode haver vazamento. Não fazer a revisão do óleo de câmbio poderá provocar a quebra da caixa ou seu superaquecimento, ou ainda trazer várias consequências para o funcionamento e até mesmo prejudicar outras partes. O óleo grosso devido à falta de troca pode travar o câmbio. Para as transmissões tipo CVT, recomenda-se a substituição do fluido a cada 40 mil quilômetros ou a cada 36 meses, enquanto nas transmissões automáticas, a cada 80 mil quilômetros.

Fluido da direção hidráulica

Outro fluido importante para ajudar a manter o carro saudável é o da direção hidráulica. Isso transmite potência ao sistema de direção e permite que o veículo rode sem esforço. Se o carro estiver difícil de se dirigir, é importante verificar se o nível do fluido não está baixo ou até vazio.
 

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Líquido para limpar o para-brisa

O líquido lava-vidros não tem qualquer efeito no desempenho do veículo, é simplesmente utilizado na limpeza do para-brisa. Mas é fundamental se manter o reservatório cheio para uma condução segura. É indicado ainda a colocação de um sabão neutro misturado à água.

Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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