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A bateria foi inventada antes do automóvel, no início do Século 19, utilizada pelo físico italiano Alessandro Volta para fins científicos. Só em 1859, o francês Gadton Planté criou a bateria de chumbo, usada até os dias de hoje para fornecer energia elétrica para os carros. Isso faz referência a uma bateria SLI (partida, iluminação e ignição) para alimentar o motor de arranque, as luzes e o sistema de ignição do propulsor de um veículo. Já as baterias dos elétricos são a alma e o coração do carro, pois, além de armazenar a energia que gera o movimento, têm todas as outras funções de alimentar os dispositivos eletrônicos do automóvel.

As baterias do carro a combustão são formadas por várias pilhas ligadas em série ou em paralelo – são seis pilhas ou células eletroquímicas unidas em dois volts cada, totalizando uma força eletromotriz de 12 volts. Essa bateria automotiva é também chamada de acumulador, pois é formada por placas de chumbo metálico intercaladas com outras revestidas de óxido de chumbo, separadas por papelão ou plástico.

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Uma das principais diferenças entre carros a combustão interna e elétricos é a fonte de energia para alimentar o motor e tracionar as rodas. Enquanto os a combustão utilizam a energia da queima de combustível para movimentar os pistões e “empurrar” o veículo, os elétricos têm uma bateria como fonte de energia. Também chamados de BEVs, eles têm na bateria a centralização de tudo, já que é o principal local de armazenamento da energia necessária para tração das rodas. Os carros elétricos ainda têm uma bateria auxiliar de segurança apenas para os acessórios internos, assim como os automóveis “comuns”.

Cuidados e manutenção das baterias

Nos carros a combustão

Ficar sem bateria é sempre desagradável. Trocá-la é um desafio. Um bom motorista precisa informar-se sobre a manutenção, o momento de substituir a bateria e como isso deve ser feito.
– Sinais que indicam problemas -– Um deles é quando o motorista tenta dar partida no carro sem sucesso. Outro, é quando consegue dar a partida mas as luzes começam a piscar. O recomendado é que a bateria seja trocada no intervalo de dois a três anos, dependendo do modelo e da marca. Também é hora de trocá-la quando o motorista já tenha recorrido à chamada “chupeta”, que é fazer uma “ponte” por meio de cabos partindo da bateria de um outro carro.
– Como comprar uma bateria nova – É possível encontrar novas baterias em lojas de autopeças, auto centers, concessionárias e até em supermercados. Na hora da compra, é preciso informar o modelo e o ano do carro, pois cada tipo de automóvel exige um tamanho e uma capacidade diferentes de energia.
– Como fazer a troca – É necessário ter luvas para evitar machucados e uma chave inglesa de oito a dez milímetros. Desligar o carro e retirar a chave do contato. Localizar a bateria e os polos positivo e negativo, indicados pelos sinais “+” e “”. É importante tomar cuidado para não colocar a mão em contato com outros metais para evitar choque elétrico. Também é preciso evitar segurar os dois polos ao mesmo tempo. O peso da bateria é grande, em média, 15 quilos. Limpar os polos da bateria com uma palha de aço para remover eventuais ferrugens ou zinabre (oxidação do cobre, com coloração esverdeada). Colocar a nova bateria e se certifificar que cada polo esteja conectado ao seu correspondente. Afixar a nova bateria no seu lugar.
– Onde descartar a bateria velha – As baterias devem ser descartadas em locais apropriados, pois são compostas por materiais tóxicos, como chumbo, que poluem o ambiente, contaminam o solo e a água, causam danos à saúde e geram problemas no ar. É preciso guardar a bateria velha em um saco plástico resistente e levá-la a alguma loja especializada.
– Como escolher um alternador  É um equipamento que serve para transformar energia mecânica em elétrica. Por conta disso, é ideal escolher um alternador que tenha a mesma amperagem da bateria.

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Nos carros elétricos

Os veículos têm um motor elétrico no lugar do a combustão interna e usam uma bateria tracionária (geralmente, de íons de lítio) para armazenar a eletricidade que será usada para acionar as rodas do carro. Normalmente, ela fica localizada no assoalho do veículo. Quando o pedal do acelerador é pressionado, a bateria instantaneamente fornece energia ao motor, que também pode funcionar como um gerador em momentos de desaceleração, conhecido como frenagem regenerativa. Essa frenagem recupera a energia que seria perdida em forma de calor nas pastilhas de freio e armazena na bateria, aumentando a autonomia do veículo.
– Vida útil – A bateria dos veículos elétricos foi projetada para um longo período devido à repetição do processo de carga e descarga, podendo durar até 20 anos em climas moderados ou até 12 anos em climas extremos. O processo cíclico de descarga para alimentação do motor elétrico e a recarga da bateria afetam a quantidade de energia que pode ser armazenada. Ao longo do tempo, a repetição desse processo acaba diminuindo a autonomia do carro e o tempo entre as recargas.
– Utilização – A dirigibilidade do carro elétrico influencia diretamente na eficiência e durabilidade da bateria. Alguns fatores como frequência de carga, taxa de descarga, temperatura e condições de operação podem diminuir a vida útil da bateria.
– Depois da vida útil – No final de seu ciclo, a bateria continua tendo valor. Ela não poderá mais alimentar o carro, mas poderá ser utilizada para armazenamento de energia em um sistema solar, por exemplo. Os veículos elétricos são relativamente novos, portanto, apenas um pequeno número deles já se aproximou do fim de sua vida útil. Como resultado, existem poucas baterias disponíveis para reciclagem. No entanto, conforme os veículos elétricos se tornem cada vez mais comuns, o mercado de reciclagem de baterias se expandirá.
– Reciclagem – Esse processo evitara que materiais perigosos entrem no fluxo de resíduos, tanto no final de sua vida útil quanto durante sua produção. O trabalho está em andamento para desenvolvimento de processos de reciclagem de baterias para reduzir os impactos do ciclo de vida do uso de íons de lítio e outros tipos.
– Superaquecimento – As fabricantes de baterias para carros elétricos estão instalando sistemas de gerenciamento inteligentes para evitar o superaquecimento e outros problemas, além de apresentarem um sistema líquido de refrigeração para ajudar a mantê-las frias. Essas medidas garantem que os veículos elétricos sejam tão seguros quanto os carros convencionais. 

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Por  Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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