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Na última semana de junho, a Fiat está lançando no Brasil o Scudo. Fabricado desde 1995 na Europa, o modelo será posicionado entre o Fiorino e o Ducato, no lugar do extinto Doblò Cargo. A marca repetirá a estratégia adotada pela Peugeot com o Partner Rapid – uma versão com a marca do leão da furgoneta Fiat Fiorino. Assim, o Scudo utiliza uma plataforma que suas parceiras da Stellantis já oferecem no Brasil – no caso, os furgões médios Citroën Jumpy e Peugeot Expert. Assim como os “gêmeos” das marcas francesas, o Scudo chegará com a proposta de conciliar a alta versatilidade para o transporte de cargas ao conforto de rodagem de um automóvel de passeio. Será o primeiro modelo da Fiat a adotar uma arquitetura de origem Peugeot no mercado brasileiro.

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A Fiat tem uma tradição de colocar nomes de moedas antigas em seus veículos comerciais – o Scudo é uma referência a uma moeda portuguesa anterior à adoção do euro e Fiorino e Ducato são denominações de moedas anteriores à unificação italiana. Bem antes da criação do grupo Stellantis, que surgiu em janeiro do ano passado a partir da união da fabricante ítalo-americana Fiat Chrysler Automobiles com a montadora francesa PSA Group, desde 1978, a Fiat tem uma sociedade com a PSA para o compartilhamento de plataformas de veículos comerciais. Dessa parceria surgiram os furgões grandes Peugeot Partner, Citroën Jumper e Fiat Ducato. E o novo furgão médio é uma reedição da parceria. Como ocorre nos furgões grandes, a principal diferença entre o Scudo, o Expert e o Jumpy está na grade dianteira, na qual cada marca evoca suas características estilísticas próprias.

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            Na Europa, o Scudo oferece três opções de comprimentos (de 4,60 metros a 5,30 metros) e capacidades volumétricas de carga (de 4,6 a 6,1 metros cúbicos). No Brasil, o modelo deve ter dimensões similares aos da Peugeot e da Citroën que compartilham a mesma plataforma – 5,30 metros de comprimento e 6,1 m³ de capacidade de carga, capaz de transportar 1,5 tonelada. A altura de 1,90 metro do Scudo viabiliza circular por locais geralmente restritos a carros de passeio. Assim como o Peugeot Expert e o Citroën Jumpy, o Fiat Scudo deverá investir em duas configurações – uma para transporte de carga e outra voltada para levar passageiros. Também pode ser oferecida uma opção Vitré, com teto baixo, sem bancos e laterais com janelas. 

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            No continente europeu, o Scudo é ofertado com propulsores a diesel de 1,5 litro (com 102 ou 120 cavalos) ou 2,0 litros (145 ou 177 cavalos).  No Brasil, deve ser mantido o conjunto mecânico do Expert e do Jumpy, que já está homologado para o veículo. Trata-se do 1.6 turbodiesel de quatro cilindros e 16 válvulas com injeção direta de combustível com origem na PSA. Chamado de BlueHDi nas francesas, produz 120 cavalos de potência e 30,6 kgfm de torque, sempre associado ao câmbio manual de 6 marchas. A tração é dianteira. O furgão da marca italiana deve repetir o sistema chamado de AdBlue para atender às normas de emissão de gases na atmosfera. O tanque para o armazenamento desse fluído a base de ureia terá a capacidade de 18,7 litros. O motor conta com sistema Stop&Start, que permite o desligamento e acionamento automático no motor durante as paradas no trânsito. Ele obteve nota A no Inmetro, com consumo de 12,4 km/l na cidade.

Os furgões médios das marcas francesas trazem de série airbags frontais, controle eletrônico de estabilidade, direção eletro-hidráulica, volante regulável em altura e profundidade, freios a disco nas quatro rodas, que também estarão no Scudo. Nas configurações mais equipadas, o modelo da Fiat comercializado na Europa pode receber o pacote ADAS de assistentes de condução, que agrega o alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência e o assistente de permanência em faixa. Não se sabe se haverá essa oferta no Brasil.

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            O Jumpy e o Expert vendidos no mercado brasileiro são montados no Uruguai, mas a Fiat só confirmará no lançamento se o Scudo comercializado no Brasil sairá da mesma fábrica, será importado de outro país ou se a fabricação ocorrerá em outra unidade industrial brasileira da Stellantis. O preço deve ficar próximo ao dos modelos similares de Peugeot e Citroën, que partem de R$ 166 mil na versão furgão básica. Assim como o Expert e o Jumpy, o Scudo dispõe de uma opção completamente elétrica, com autonomia de até 330 quilômetros. Contudo, não está definido se a opção carregável em tomadas está nos planos imediatos da Fiat para o mercado nacional.

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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