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A família Volkswagen Constellation existe há cerca de 15 anos e já rendeu dezenas de versões para as mais variadas aplicações de caminhão, desde o simples deslocamento de contêineres até operações fora de estrada e rodoviárias transportando mais de 50 toneladas. A última configuração apresentada do caminhão pesado produzido na cidade fluminense de Resende foi a 25.460, que estreou no início do ano. O modelo é equipado com o motor MAN D26 de 13 litros que desenvolve potência de até 460 cavalos a 1.800 rpm e torque máximo de 234,5 kgfm, o mesmo adotado na linha de caminhões pesados Meteor, lançada em setembro de 2020. O motor MAN D26 é um projeto consagrado na Europa e que equipa vários modelos de caminhões.

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Para chegar ao mercado brasileiro, ele teve cerca de 130 componentes nacionalizados ou modificados, incluindo o bloco, o cabeçote e o sistema de injeção. De acordo com a Volkswagen Caminhões e Ônibus, as modificações foram feitas para que o sistema entregasse uma performance mais equilibrada, principalmente para oferecer alto torque em baixas rotações. Tudo isso, aliado à transmissão automatizada ZF TraXon, faz com que o conjunto mecânico seja algo diferente na família Constellation. A caixa tem 12 velocidades e agrega alguns sistemas de segurança para o motorista, como assistente de partida em rampa e modos diferentes de direção, além de um sensor de inclinação para detectar trechos íngremes e gerenciar a aceleração do caminhão para que ele cumpra trechos de subida sem gastar muito.

Primeiras impressões

Além das aparências

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São Paulo/SP – No teste feito com o Constellation 25.460, o caminhão estava implementado com um conjunto bitrem lastreado com carga máxima, rodando com peso de balança de 74 toneladas. O trecho escolhido, de cerca de 220 quilômetros, incluiu a descida da Serra do Mar pela Rodovia Anchieta em São Paulo, entre o ABC Paulista e a cidade de Itanhaém, no litoral, onde foi feito o retorno. Já no início do trajeto, com a arrancada do caminhão, é possível perceber o trabalho da caixa de transmissão. O veículo, mesmo com carga máxima, não tem dificuldade alguma para arrancar e isso acontece em baixa rotação e com a quarta marcha engatada. Ao pegar a estrada, chamam a atenção as trocas suaves de marchas e a aceleração comedida do motor.

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            A cabine do Constellation pode não ter envelhecido tão bem, já que existem opções mais modernas e confortáveis no mercado e dentro do próprio catálogo da marca, como a dos recém-lançados Meteor. É confortável, pois conta com suspensão pneumática, com os novos bancos sustentando bem o corpo, contudo, falta espaço para uma cama com boas dimensões, uma característica histórica desse caminhão. Mas a mecânica da versão é o que faz a diferença. O Constellation 25.460 6×2 – a configuração mais pesada e potente da família – é um caminhão estradeiro que herdou o trem de força da família Meteor. O motor MAN D26 de 13 litros 460 cavalos e torque   de 34,5 kgfm, em uma faixa de rotação que vai de 950 a 1.400 rpm.  A informação de que o torque máximo está disponível a uma baixa rotação mostra um dos principais atributos do caminhão. Tudo isso muito bem gerenciado pela caixa automatizada TraXon de 12 velocidades, de uma geração de transmissões que emprega bastante eletrônica e lógica de computador na operação, detectando o comportamento do motor e fazendo as trocas de marchas de forma extremamente rápida e suave. O motorista literalmente não sente as trocas.             Por vezes, o caminhão é instigado a testar seus sistemas de freio de serviço, freio-motor e dirigibilidade, já que a congestionada descida da serra pela Anchieta desafia qualquer condução. Ao chegar ao litoral, rodando no plano, o caminhão desenvolve bem e mostra agilidade nas retomadas e arrancadas. No retorno, a subida da serra não se mostrou um grande obstáculo para o 25.460. Mesmo em trechos íngremes, o caminhão mantém a rotação baixa e consegue ultrapassar subidas longas sem reduzir muito as marchas, chegando a fazer uma subida em décima sem reclamar. Ao final do trecho, o caminhão registrou uma média de consumo de cerca de 2,8 km/l, tudo monitorado pelo Rio, o sistema digital de telemetria da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

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Por Leo Doca, do “Transporta Brasil”, especial para AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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