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A Jac Motors E-J7 passa a integrar o maior line-up de uma única marca no país com modelos totalmente livres de emissões de poluente. Com o novo sedã, a fabricante chinesa já conta com dez veículos elétricos. Lançado com o preço de R$ 264.900, o E-J7 se posiciona na mesma faixa de valores de seus “principais concorrentes”. E a “sacada” de marketing da chinesa está justamente na escolha dos pretensos rivais. Segundo a Jac, “não há como evitar a comparação” do E-J7 com o BMW 320i GP, sedã de luxo equipado com motor 2.0 litros TwinPower turbo de quatro cilindros com tecnologia flex produzido na cidade catarinense de Araquari e dono de 66% das vendas do segmento de sedãs grandes. De acordo com a marca chinesa, as razões da comparação se dão pelo tamanho dos veículos, desempenho dos motores e preços. O E-J7 tem 4,77 metros de comprimento, 1,82 metro de largura, 190 cavalos de potência, 34,7 kgfm de torque, zero de emissão de CO2, acelera de zero a 100 km/h em 5,9 segundos e tem preço de pouco menos de R$ 265 mil. Já o 320i GP tem 4,71 metros de comprimento, 1,81 metro de largura, 182 cavalos de potência, 30,6 kgfm de torque, 167,2 g/km de emissões, acelera até os 100 km/h em 7 segundos e custa R$ 298.950. 

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O fato é que talvez a comparação entre os dois sedãs atenda apenas à disposição da marca chinesa de posicionar seu modelo em um patamar superior. Como todo motor elétrico, é de se esperar que o E-J7 propicie um torque plano e instantâneo. O carro é ligado e os 34,7 kgfm já estão lá, totalmente disponíveis. Todavia, embora o sedã da Jac tenha uma aceleração da inércia aos 100 km/h 1,1 segundo mais rápida que o da BMW – 5,9 segundos ante 7 segundos –, a velocidade final do carro da marca alemã (omitida no quadro de comparação) são exatos 100 km/h maior – atualmente, todos os BMW têm a máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente. O argumento de que a velocidade final do E-J7 é de 150 km/h para preservar a carga das baterias pode até parecer “ecologicamente correto”, mas, na prática, inviabiliza uma efetiva comparação da performance entre os dois modelos. Além disso, os equipamentos e o padrão construtivo oferecidos pelo modelo da BMW são reconhecidos pelo mercado brasileiro, entretanto, não se sabe se encontram equivalência no modelo chinês que permita uma efetiva análise comparativa dos potenciais compradores. “Além do custo/benefício, que será uma virtude óbvia a favor do E-J7, aposto em outras duas grandezas para distingui-lo dos demais sedãs grandes do mercado nacional: a sofisticação do design e o desempenho”, aposta Sergio Habib, presidente do Grupo SHC e da Jac Motors Brasil

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Todo sedã tende a oferecer, em teoria, um comportamento dinâmico mais apreciável frente aos SUVs, em razão do centro de gravidade ser mais baixo. No caso do sedã de grande porte da Jac Motors, essa virtude pode ser reforçada por mais dois aspectos: a distribuição das baterias no assoalho auxilia a “puxar” ainda mais para baixo o centro de gravidade do modelo e a suspensão independente nas quatro rodas, com destaque para o sistema multilink na traseira, teoricamente permite ao E-J7 maior estabilidade, mesmo em pisos irregulares. Contudo, os argumentos do presidente da Jac Motors Brasil podem parecer convincentes, no entato, é preciso considerar que Habib é um indisfarçável entusiasta dos carros aos quais é responsável. Pelos cálculos que ele apresenta, o E-J7 é capaz de rodar 402 quilômetros com a carga completa, o que dá, em média, um consumo de 12,5 kWh por cem quilômetros percorridos. No modo “Eco” de condução, o motorista amplia a capacidade de regeneração nas desacelerações e frenagens e passa a recuperar energia valiosa para a bateria. Para recarregá-lo por completo, considerando o custo médio atual de tarifas de R$ 0,62 por kWh (dado da Aneel), o proprietário do modelo desembolsaria, segundo o presidente da Jac Motors Brasil, R$ 7,75 a cada cem quilômetros. Esse será um dos principais argumentos de vendas das concessionárias brasileiras da Jac.

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Desenhado no estúdio italiano Jac Design Center e desenvolvido com acompanhamento da Volkswagen, o novo sedã 100% elétrico da marca chinesa ostenta um design que apela para a fluidez das linhas, presentes desde os traços na frente, passando pelos vincos pronunciados nas laterais e, finalmente, repetido na traseira fastback, em que a tampa do porta-malas é erguida junto com o vidro traseiro. O E-J7 tem a boa capacidade de 590 litros no compartimento de bagagem. Com apelo futurista, o E-J7 adota um estilo completamente distinto de qualquer outro sedã. Na frente, o grupo óptico reedita a personalidade típica dos modelos da Jac Motors, com faróis full-led que incluem luzes diurnas (sistema DRL de série). Ao centro, a grade tem uma colmeia de efeito puramente estético – pois um elétrico não utiliza refrigeração de radiadores –, que se dissipa nas extremidades e acomoda a portinhola que dá acesso às tomadas de recarga.

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A carroceria de generosas dimensões se reflete em um interior amplo, reforçado pela generosa distância de entre-eixos de 2,76 metros. Todo o interior mescla dois tons de couro ecológico: o preto e o marrom-escuro, em “soft-touch”, revestindo o painel frontal e as portas. Destaca-se a grande tela do multimídia, com 13 polegadas, posicionada verticalmente no centro do console – como um iPad. Com função “touchscreen”, ela pode ser conectada a Apple CarPlay e Android Auto. O quadro de instrumentos, com tela de LCD de 10,25 polegadas, oferece três cores de apresentação, selecionadas por um botão no volante.

Por: Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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