Divulgação

História levada na caçamba

De acordo com dados oficiais da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o ano de 2021 fechou com a venda de 1.974.431 unidades de carros de passeio e de comerciais leves, significando um aumento de 1,2% sobre 2020, no entanto, bem distante do melhor resultado da história nos dois segmentos, ocorrido em 2012, quando as vendas chegaram a 3.634.506. Em dezembro do ano passado, foram emplacados 193.555 exemplares nos dois segmentos, com alta de 20,2% ante novembro de 2021 e baixa de 1,8% em relação ao mesmo intervalo de 2020. Com 109.107 unidades vendidas de janeiro a dezembro de 2021, a picape Fiat Strada se tornou o modelo mais comercializado no Brasil no ano passado e entra para a história da indústria automotiva nacional com a primeira picape compacta liderando o ranking por um ano inteiro. Na segunda posição ficou o Hyundai HB20, com 86.455 emplacamentos, seguido pelo Fiat Argo (84.644), pelo Jeep Renegade (73.913), pelo Chevrolet Onix, primeiro colocado nos últimos seis anos mas que teve sua produção interrompida por mais de seis meses em 2021 devido à falta de semicondutores. Mesmo assim, o hatch compacto terminou o ano na quinta posição, com 73.623 exemplares vendidos. Em sexto ficou o Jeep Compass (70.906), acompanhado da Fiat Toro (70.890), do Volkswagen Gol (66.228), do Fiat Mobi (65.847) e do Hyundai Creta (64.759).

Pé fincado

Divulgação

Tendo a superfábrica de Betim (MG) como a maior produtora de automóveis da Fiat no Brasil e uma das maiores de qualquer marca em escala global – além de Goiana (PE) e Córdoba, na Argentina –, a marca italiana pertencente à Stellantis completou 2021 na primeira colocação entre carros de passeio e comerciais leves, com 431.035 veículos vendidos nos dois segmentos e uma participação de mercado de 21,8%. A Volkswagen garantiu a vice-liderança no ano, com 302.270 emplacamentos e um “market share” de 15,3%, seguida pela General Motors (242.108 e 12,2%), pela Hyundai (184.284 e 9,3%), pela Toyota (172.945 e 8,7%), que não conta com nenhum representante entre os dez mais vendidos do país mas tem uma regularidade acima da média com três modelos, o Corolla sedã, o Corolla Cross SUV e a picape média Hilux, pela Jeep (148.763 e 7,5%), pela Renault (127.592 e 6,4%), pela Honda (81.446 e 4,1%), pela Nissan (64.929 e 3,2%) e pela Caoa Chery (39.747 e 2,01%). A marca sino-brasileira quase foi alcançada pela Ford (37.778 e 1,9%), que comercializa no Brasil somente importados desde seu anúncio de retirada da produção local, há um ano.

Na trilha da demanda

Divulgação

Principal segmento e “xodó” das fabricantes em todo o planeta desde a década anterior, os utilitários esportivos, ou simplesmente SUVs, tiveram na Jeep – justamente a descobridora do nicho – uma bicampeã em 2021 no mercado nacional, com o Renegade em primeiro, com 73.913 unidades emplacadas, e o Compass em segundo (70.906) e primeira colocação entre os médios. Com uma atuação expressiva, o Creta foi o terceiro em 2021, com 64.759 vendas. O Volkswagen T-Cross foi o quarto (62.307), seguido pelo Chevrolet Tracker (50.757), pelo Honda HR-V (38.406), pelo Volkswagen Nivus (36.664), pelo Nissan Kicks (36.524), pelo Toyota Corolla Cross (34.249) e pelo Renault Duster (22.457).

Alto luxo

Divulgação

Outro segmento importante do mercado nacional – e não frequentado pelas fabricantes com maior produção no cenário brasileiro –, o de sedãs grandes, tem uma “figurinha carimbada” – a BMW. Entre os dez modelos mais emplacados em 2021 no segmento, nada menos que a metade é da fabricante da Bavária, inclusive com a liderança e o segundo lugar. Trata-se do BMW 320i, que teve 5.428 vendas no ano passado, quase 5 mil à frente do segundo, o também BMW 330 (579 unidades). A Audi veio na terceira posição, com o A4 (530), à frente do Mercedes-Benz Classe C (353), do BMW 745 (154), do Mercedes-Benz CLA 250 (141), do Volvo S60 (135), do Porsche Panamera (118), do BMW 530 (103) e do BMW M340 (91).

Otimismo velado

Divulgação

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou os números do fechamento de 2021, com ligeira melhora na comparação com o crítico 2020, quando a pandemia da Covid-19 se instalou de vez também no Brasil. “A crise global de semicondutores provocou várias paralisações de fábricas ao longo do ano por falta de componentes eletrônicos, levando a uma perda estimada em 300 mil veículos. Para este ano, a previsão ainda é de restrições na oferta por falta de componentes, no entanto, em um grau inferior”, afirmou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. Dezembro foi o melhor mês do ano, com 210,9 mil veículos produzidos, fechando 2021 com 2.248,3 mil unidades fabricadas, alta de 11,6% sobre 2020. No ranking global de produtores, o Brasil retomou a oitava colocação perdida no ano anterior para a Espanha. Para 2022, a expectativa é de um aumento de 9,4%, com 2,46 milhões de unidades produzidas. Na primeira coletiva de imprensa do ano, o presidente da Anfavea adotou um tom de otimismo moderado. “Temos uma indústria resiliente, que trabalhou de forma intensa para proteger seus empregados nesses dois anos de crise, mitigou perdas e manteve investimentos em produtos, dado que entramos em 2022 com uma nova e rigorosa fase do Proconve para veículos leves, que reduz ainda mais as emissões dos automóveis brasileiros”, destacou Moraes.

Corrida de chegada

Divulgação

Com emplacamentos expressivos nos últimos momentos do ano passado, o Nissan Leaf se manteve como o 100% elétrico mais vendido no Brasil, deixando para trás o Porsche Taycan. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), embora os carros totalmente “verdes” ainda estejam engatinhando no país, eles já representaram mais do que o triplo dos emplacamentos em comparação a 2020. “É um caminho sem volta. O brasileiro está claramente optando pelo veículo elétrico limpo, silencioso e sustentável. A eletromobilidade avança no país, em contraste com o mercado convencional de veículos a combustível fóssil”, pontua Adalberto Maluf, presidente da ABVE. Computando os automóveis de passeio e os comerciais leves, o Leaf vendeu exatamente 439 unidades de janeiro a dezembro de 2021, seguido pelo Taycan (379), pelo Volvo XC40 Recharge (375), pelo Mini Cooper S E (313), pelo Audi e-Tron (252), pelo BMW i3 (159), pelo Fiat 500 E (146), pelo Chevrolet Bolt (132), pelo BYD eT3 (124) e pelo Renault Kangoo Z.E. Maxi (120).

O lado oculto do verão

Divulgação


Assim como nós precisamos proteger a pele dos raios solares, os veículos também exigem cuidados com a pintura e os componentes-chave. Felipe Boell, CEO da franqueadora Wow Carro Limpo em Três Minutos, dá algumas dicas dos cuidados necessários:
Buscar a sombra para a lavagem ou procurar sempre estacionar em lugares cobertos – Evitar também colocar o carro embaixo de árvores, pois pássaros podem lançar excrementos que acabam manchando a lataria. Na praia, lavar o veículo a cada 15 dias.
Calibragem dos pneus – “Outro ponto que merece atenção é a calibragem dos pneus. Com as altas temperaturas do verão, ela tende a se desregular. Por isso, uma vez na semana, no mínimo, dar uma passada em um posto para colocá-la em ordem”, ensina Boell.
Trocar o filtro do ar-condicionado regularmente – O calor do verão exige um uso maior do ar-condicionado, em toda a sua potência. Daí a importância de se fazer a troca do filtro e, também, manter o condensador limpo. Esse dispositivo fica na frente do radiador e, nesta época, acaba retendo mais insetos, entre outros detritos.
Evitar o superaquecimento – Problema frequente quando as temperaturas são muito altas, o superaquecimento do veículo precisa ser prevenido. Para isso, antes de viagens longas, ou de se tirar férias na praia, solicitar que um mecânico avalie como está a circulação da água e a refrigeração do radiador. “É importante também ver se a tampa do reservatório está dentro da validade, como estão as correias do motor e as grades de ventilação frontal”, reforça Boell. Para evitar o superaquecimento na transmissão automática, observar o fluido. Em condições normais, ele deve estar translúcido, com a cor original (vermelha ou amarela, geralmente). Se o líquido estiver com um tom forte de marrom, é possível que haja degradação por calor extremo. Já em caso de líquido preto, é sinal de que há pó das embreagens. E se o fluido estiver opaco, é possível que tenha sido contaminado pelo líquido do radiador.

Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

Veja Também:

DEIXE UMA RESPOSTA