Números do semestre
Conforme a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os dois principais segmentos de vendas, carros e comerciais leves, fecharam o mês de junho com 169.589 unidades emplacadas, significando uma queda de 3,3% ante maio e aumento de 38,1% sobre o mesmo intervalo do ano passado. No acumulado do primeiro semestre de 2021, as vendas nos dois segmentos foram de 1.006.685 unidades, crescimento de 31,9% em comparação aos seis primeiros meses de 2020. A Fiat Strada manteve a liderança em junho e no acumulado, com 9.697 unidades comercializadas e um total de 61.064 de janeiro a junho. Como o modelo da marca italiana é uma picape, enquadrada na categoria de comerciais leves, o automóvel de passeio mais vendido no semestre foi o hatch Hyundai HB20, com 45.408 unidades, sendo 7.609 em junho (que renderam o terceiro lugar no sexto mês do ano). O Fiat Argo ficou em segundo em junho, com 9.382 emplacamentos e 41.926 no semestre, o Fiat Mobi ficou em quarto no mês, com 7.529 unidades e 39.356 no acumulado, seguido do Jeep Renegade (7.504 e 40.607), do Renault Kwid (6.083 e 29.186), do Jeep Compass (6.046 e 32.554), da Fiat Toro (5.909 e 34.089), do Hyundai Creta (5.902 e 33.493) e do Fiat Cronos, com 5.404 unidades vendidas em junho e apenas 10.251 desde janeiro. No acumulado de vendas do semestre, o Chevrolet Onix, que está com a produção quase parada desde abril por falta de semicondutores, ainda aparece na quarta colocação, com 41.510 exemplares negociados, enquanto o Volkswagen Gol é o sétimo, com 36.969 emplacamentos. O Chevrolet Bolt EV fechou o primeiro semestre como o elétrico mais vendido no país, assim como já havia ocorrido no ano anterior. Ao todo, existem cerca de duzentas unidades do crossover de zero emissão rodando no Brasil.
Estrela dominante
A Stellantis (união da FCA com a PSA) deu as cartas no Brasil no primeiro semestre deste ano. Segundo a Fenabrave, entre as marcas, a Fiat registrou 44.447 unidades vendidas em junho, com 26,2% de participação de mercado nos segmentos de automóveis e comerciais leves, e 223.755 emplacamentos nos seis primeiros meses de 2021 e “market share” de 22,2%. A fabricante italiana foi seguida da Volkswagen, com 22.699 exemplares comercializados em junho e participação de 13,3% e com 165.291 vendas no semestre e “share” de 16,4%, da Hyundai (16.738 e 9,8% – 95.403 e 12,3%), da Toyota (16.459 e 9,7% – 78.549 e 7,8%), da Jeep (13.591 e 8,01% – 73.238 e 7,2%), da Renault (13.096 e 7,7% – 69.666 e 6,9%), da General Motors (11.635 e 6,8% – 124.605 e 12,3%), da Honda (6.461 e 3,8% – 40.157 e 3,9%), da Nissan (5.122 e 3,02% – 32.857 e 3,2%) e da Caoa Chery (3.186 e 1,8% – 15.324 e 1,5%). A Ford, que interrompeu a produção de veículos no Brasil no início deste ano e passou a comercializar apenas modelos importados, ficou com a décima posição no acumulado de janeiro a junho, com 24.746 emplacamentos e participação de 2,4%.
Crescer para aparecer
A nova Montana crescerá e trocará de turma, passando para o segmento de picapes derivadas de utilitários esportivos, que atualmente tem a liderança da Fiat Toro e a presença da Renault Duster Oroch. A futura picape da Chevrolet está em desenvolvimento ao mesmo tempo em que a fábrica de São Caetano do Sul (SP) inicia a primeira etapa de preparação. O produto é parte integrante dos R$ 10 bilhões que a General Motors está investindo no Brasil. “A GM acredita no país e, por isso, estamos retomando os nossos investimentos no mercado nacional, mesmo em meio à pandemia. A fábrica de São Caetano do Sul receberá novos robôs e ferramentais com conceitos inovadores de manufatura”, adianta Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul. A nova Montana deverá ter a frente de um misto do Onix com o Tracker e dividirá a plataforma com os dois modelos. A picape terá motores turbo e não será equipada com tração integral, devendo permanecer com sua proposta urbana. Ainda com a frente do descontinuado Agile e produzida na Argentina, a atual Montana teve uma média de pouco mais de trezentas unidades emplacadas por mês neste ano.
O início de uma era
A BMW acaba de dar início à produção em série do novo iX, 100% elétrico, em Dingolfing, na Alemanha. A fábrica, localizada na Baixa Baviera, produz agora veículos com todas as variantes de unidade de potência, ou seja, com motor a combustão, híbridos plug-in e modelos totalmente elétricos, todos em uma única linha. O iX tem uma grande variedade de inovações no produto e nos processos de produção, especialmente na arquitetura do sistema elétrico do veículo, no software, nos serviços digitais, na conectividade e nas funções automatizadas de condução. Como resultado, o iX desempenha um papel importante como um pioneiro, tornando a fábrica de Dingolfing “pronta para os e-car e os smart-car”. Apenas nessa fábrica, desde 2012, mais de 4 mil empregados mudaram para funções com fortes perspectivas de futuro. Um exemplo disso é a criação e expansão do Centro de Competência para Produção de E-Drive na unidade, dobrando o número de trabalhadores no ano passado de seiscentos para 1,2 mil.
Chegada gradual
Ainda com vendas pouco expressivas (teve apenas uma unidade emplacada em maio e quatrocentas e sessenta e três em junho), o Taos começou agora a desembarcar para valer nas concessionárias brasileiras. Fabricado no Complexo Industrial de General Pacheco, na Argentina, o novo SUV chega em duas versões, a Comfortline, com preço de R$ 154.990, e a Highline, a R$ 181.790, ambas equipadas com o motor 250 TSI e o câmbio automático de 6 marchas. O Taos também está disponível com a Edição de Lançamento Launching Edition, com itens exclusivos de design e tecnologia, com preço de R$ 191.060. Na chamada, pela marca, de maior ofensiva de SUVs no Brasil, o Taos se junta ao T-Cross e ao Nivus (construídos no país) e ao Tiguan Allspace, trazido do México.
Negócios a galope
Ao longo dos últimos dois anos, a Ram vem se colocando no mercado nacional de veículos premium de forma cada vez mais efetiva, como a nova Ram 2500 Laramie e a recém-lançada Ram 1500 Rebel, a primeira premium “muscle truck” do Brasil. Para estabelecer relações mais próximas de seu público, a Ram vem montando parcerias com associações ligadas ao campo. “Estamos colocando muita atenção nisso e criando parcerias sólidas, a exemplo da Associação Brasileira dos Criadores de Quarto de Milha e do Doda Training Center. Essas parcerias não apenas posicionam a marca junto a clientes em potencial como se conectam por meio de pilares fundamentais da Ram, como a força, o luxo e a tecnologia”, afirma Breno Kamei, diretor da Ram para a América do Sul. O Doda Training Center pertence a Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, um dos cavaleiros mais importantes do hipismo brasileiro, com duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos (Atlanta 1996 e Sydney 2000) e um ouro no Pan-Americano de Winnipeg, em 1999.
Atenção à pintura
Com a chegada do frio em parte do Brasil, Ricardo Vettorazzi, gerente-técnico da Divisão de Repintura da PPG, separou algumas dicas de como cuidar da pintura nesse período:
– Usar apenas produtos apropriados para a limpeza dos automóveis – Na hora de lavar o carro, escolher um sabão de pH neutro. Não utilizar gasolina, álcool ou outros solventes na superfície pintada.
– Evitar polimentos em excesso – O polimento é um cuidado que vale para veículos de todas as cores, inclusive os brancos. Uma boa maneira de preservar a pintura é não exagerar no polimento. A frequência do processo, ao contrário do que se possa imaginar, não ajuda na conservação.
– Manter o veículo protegido do sereno e da geada – procurar uma marquise, toldo ou uma capa é uma boa ideia.
– Procurar por um especialista na hora de fazer os reparos – Caso precise fazer alguma correção na pintura do veículo, o ideal é o motorista procurar um especialista nas tecnologias disponíveis, como o uso dos produtos a base de água e os de alto sólidos, que têm maior durabilidade em comparação aos convencionais de mercado.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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