Em direção oposta
Na contramão da maioria das fabricantes, que está interrompendo a produção por falta de peças devido à pandemia, a Caoa Chery anuncia a abertura do segundo turno de trabalho em Anápolis (GO) a partir de julho. A marca sino-brasileira, que busca aparecer nos próximos meses entre as dez primeiras colocadas em participação de mercado, no lugar da Ford, deu início à contratação de trezentas pessoas, com outras trezentas para o segundo semestre deste ano. Atualmente, a fábrica, também produtora de veículos da Hyundai, tem 1,6 mil empregados. A Caoa Chery inicia 2021 com o objetivo de crescer em 30% sua rede de concessionárias. Com cerca de cento e quinze lojas em todo o Brasil, a marca deve encerrar o ano com cento e cinquenta pontos de venda. Desde 2018, quando a empresa foi criada, o número de concessionárias subiu 360%, mostrando a força da estratégia da montadora em avançar não apenas em números absolutos mas também em abrangência no mercado nacional. Presente em todas as regiões do país, a Caoa Chery tem como um dos pilares de seu plano de crescimento a capilaridade. “Sabemos que em um país de dimensões continentais como o Brasil, precisamos atuar de forma muito ampla, garantindo que todas as áreas sejam atendidas com o mesmo cuidado e excelência”, comemora Marcio Alfonso, CEO da marca.
Freada na produção
A Volkswagen do Brasil comunica a suspensão de atividades relacionadas à produção de todas as suas unidades no país, nos Estados de São Paulo e Paraná, a partir de dia 24 de março, por doze dias seguidos. As unidades ficam localizadas em São Bernardo do Campo, na famosa Fábrica Anchieta que produziu o Fusca e onde também é feito o Gol, entre outros modelos, em São Carlos e Taubaté (SP) e em São José dos Pinhais (PR). “Com o agravamento do número de casos da pandemia e o aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI nos Estados brasileiros, a empresa adota essa medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares. Nas fábricas, só serão mantidas as atividades essenciais”, disse a Volkswagen em nota. Os empregados da área administrativa atuarão em trabalho remoto. A medida foi tomada em conjunto com os sindicatos locais.
O próximo elétrico
A Conferência Anual do BMW Group revelou o próximo i4. “Com sua aparência esportiva, a melhor dinâmica de direção da categoria e zero emissões, o i4 é um verdadeiro BMW. Isso faz com que o coração da marca agora bata totalmente elétrico”, comunicou Pieter Nota, do Conselho de Administração da BMW AG, responsável por cliente, marcas e vendas. O i4 é um Gran Coupé totalmente elétrico de quatro portas e entrará no mercado durante este ano, incluindo uma versão M Performance. Segundo a marca alemã, seu equilíbrio refinado de esportividade, conforto e desempenho sustentável são típicos da BMW e únicos em seu segmento. A linha do modelo i4 estará disponível em diferentes versões, cobrindo faixas de até 590 quilômetros de autonomia (WLTP) e até 300 milhas (EPA). Com uma potência de 390 kW ou 530 cavalos, o BMW i4 pode acelerar de zero a 100 km/h em torno de quatro segundos.
Luxo e esportividade em alta
A Lamborghini revelou com satisfação seus números em 2020, em um ano extremamente desafiador para todo o planeta devido à pandemia da Covid-19. Para a marca italiana, o resultado financeiro mais notável foi alcançar a rentabilidade de sempre. “A nossa capacidade de resposta imediata, uma combinação de modelos e a crescente procura pela personalização dos nossos produtos impulsionaram a rentabilidade para os níveis mais elevados. Em um ano tão difícil, a marca deu mostras de uma enorme força e deu continuidade ao seu apelo crescente, contrariando a tendência da indústria de luxo global”, festejou Stephan Winkelmann, presidente e CEO da Automobili Lamborghini. A fabricante italiana teve seu segundo melhor ano em 2020, com um volume de 1,61 bilhão de euros (mais de R$ 10 bilhões), apenas 11% menor em relação a 2019. A Lamborghini vendeu em 2020 exatamente 7.430 automóveis no mundo. O novo ano se iniciou com o lançamento comercial do Huracán STO (Super Trofeo Omologata), um superesportivo homologado para a estrada inspirado no modelo de competição EVO Super Trofeo, tricampeão das 24 Horas de Daytona (EUA).
Líder na região
Na América Latina, a Volkswagen teve um 2020 com números expressivos, como a liderança em “market share” de 15,1% no Uruguai e de 17,1% em Curaçau, no Caribe. Ao olhar apenas o Brasil, a Volkswagen foi líder no segmento de SUV com o T-Cross e com uma boa recepção do estreante Nivus. A marca alemã foi a que mais cresceu em “share” no país, com aumento de cinco pontos percentuais. “Na América do Sul, nossas equipes estão obtendo uma história de recuperação impressionante. Em 2020, aumentamos nossa participação de mercado para um novo recorde de mais de 14%. E, pela primeira vez em muitos anos, temos a expectativa de que a região seja lucrativa em 2021. Com o Nivus, a Volkswagen pela primeira vez venderá na Europa um carro desenvolvido na América Latina”, falou Herbert Diess, presidente do Conselho de Administração do Grupo Volkswagen, em recente conferência anual da marca.
Crias do deserto
A tendência atual de eletrificação em motores de combustão interna combinada com a capacidade off-road e diversão ao dirigir terá destaque no Easter Jeep Safari de 2021. Por mais um ano, a marca Jeep e a Jeep Performance Parts estão unindo forças para criar uma linha de veículos-conceito criados para conquistar o terreno icônico de Moab, em Utah, nos Estados Unidos. Entusiastas de todo o mundo se reunirão de 27 de março a 4 de abril em Moab para uma semana de férias e passeios técnicos em algumas das trilhas mais desafiadoras e pitorescas do mundo off-road. A Jeep levará para o famoso deserto os modelos Wrangler Magneto, um conceito elétrico (BEV), o Jeepster Beach, de segunda geração, o Red Bare Gladiator Rubicon, o Wrangler Orange Peelz, o Farout, o Wrangler Rubicon 392 e o Gladiator 2020 Top Dog Concept.
Pequenas causas
As novas regras da Lei da Cadeirinha começam a valer a partir do dia 12 de abril em todo o Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o uso da cadeirinha reduz em até 60% o número de mortes infantis no trânsito. Desde que o uso se tornou obrigatório no Brasil, em 2008, o número de mortes de crianças de zero a nove anos caiu 12,5%. A nova lei determina o uso obrigatório da cadeirinha para crianças até dez anos – antes, era de até sete anos. Mas a mudança traz uma exceção: “As crianças que atingirem 1,45 metro de altura estão dispensadas do uso do assento infantil e deverão usar o cinto de segurança no banco traseiro”, afirma Bruno Neves, gerente de Inteligência de Mercado do Grupo Tecnowise. A penalidade para quem descumprir a regra será infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete pontos na CNH.
Modelos adequados para cada faixa etária:
– De até um ano – A indicação é optar pelo bebê conforto. O dispositivo deve ser usado desde o nascimento e sempre fica voltado para trás e de frente para o vidro traseiro.
– Crianças de um a quatro ou com peso de nove a dezoito quilos – Nessa faixa etária, as crianças devem usar uma cadeirinha reversível, presa com o cinto no banco traseiro.
– Crianças de quatro a dez anos – A regra é usar um assento de elevação na parte de trás do carro e com o cinto de segurança do veículo.
– Acima de onze anos – A partir dessa idade, a criança poderá usar apenas o cinto de segurança, sempre na parte de trás do automóvel.
Crianças na moto? Só a partir dos dez anos – “E é recomendado o uso de todos os equipamentos de proteção individual, como capacete, luvas e roupas adequadas para a proteção de joelhos, tornozelos e cotovelos”, finaliza Neves.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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