Início lento
Segundo o levantamento mensal da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), fevereiro teve 197 mil unidades produzidas, 3,5% a menos em comparação ao mesmo mês do ano passado e 1,3% abaixo de janeiro. Desde a crise de 2016, não havia um número tão baixo para o mês. O acumulado de 396,7 mil do bimestre é 0,2% maior que o de 2020, mas isso se deve à suspensão das férias coletivas em janeiro deste ano por parte de várias empresas. “Muitas das nossas montadoras trabalharam até durante o Carnaval para tentar recompor os baixos estoques e compensar alguns atrasos e paradas por falta de insumos, porém, ainda há muita dificuldade de retomar o ritmo normal de funcionamento das fábricas”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. Para o dirigente, o primeiro bimestre não serve de termômetro para o desempenho do ano pois é geralmente o que tem menor ritmo de negócios. “Temos duas crises se agravando. A sanitária é a que mais preocupa, pois vem ceifando cada vez mais vidas de brasileiros. A crise conjuntural, consequência da primeira, vem desorganizando toda a cadeia global de fornecimento e provocando gargalos e paradas cada vez maiores nas fábricas”, alertou Moraes.
Lá vem a Bravo
A Bravo Motor Company instalará uma fábrica de veículos elétricos e packs de baterias na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). As obras terão início no segundo semestre e as operações, a partir de 2023. O empreendimento será fruto de um investimento de R$ 25 bilhões nos próximos nove anos. O projeto prevê ainda aportes em outras fases e regiões mineiras, como a produção de baterias de lítio. A previsão é que sejam gerados quase 14 mil empregos diretos e indiretos. O Bravo Group começou a operar em 2008, na Argentina. Em 2019, criou a primeira comunidade de energia de vanguarda para produção de baterias, tetos solares e veículos, na Califórnia. No Brasil, conduz projetos de mobilidade elétrica no Pará, com frota de 1,1 mil veículos elétricos em Belém. Neste ano, o grupo abriu CNPJ em Minas sob a razão Bravo Motor Company Brasil.
Despedida compacta
A Toyota do Brasil confirma o fim das vendas de seu compacto Etios, nas versões hatch e sedã, a partir de abril deste ano em todo o território nacional. Porém, a produção está mantida para exportação, atendendo a demanda de países como Argentina, Peru, Paraguai e Uruguai. A decisão foi tomada em função da introdução de um novo modelo, que será comercializado em breve no Brasil. Isso faz com que seja necessário um ajuste no volume de produção da fábrica de Sorocaba (SP). Com esse movimento, a Toyota segue oferecendo o Yaris, como uma opção no segmento de compactos. “Temos o compromisso de fortalecer continuamente nossas operações, ao mesmo tempo em que há a necessidade de equalizar volumes. Decidimos, estrategicamente, focar a produção para ganhar força de oferta no novo modelo, mas sem abrir mão da importante missão que o Etios tem na América Latina”, reforçou Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil, que desde setembro de 2012, produziu cerca de 620 mil Etios.
Exclusividades do “bolso”
Chegaram as duas primeiras unidades do McLaren 765LT destinadas ao mercado brasileiro. Totalmente configuradas pelos respectivos proprietários, as duas unidades já entregues pela McLaren São Paulo (importadora oficial da marca britânica para o Brasil) se destacam pelas configurações exclusivas que deixam o modelo ainda mais esportivo e elegante. Nas próximas semanas, chegarão os outros três exemplares do total de cinco 765LT que virão para o Brasil, cada um por valores acima de R$ 5 milhões. “Todos os cinco McLaren 765LT destinados ao Brasil já foram comercializados”, explica Bruno Bonifacio, gerente-geral da McLaren São Paulo. O “bólido” tem motor McLaren 4.0 V8 biturbo com 765 cavalos de potência a 7.500 rpm, enquanto o torque máximo é de 81 kgfm a 5.500 rpm. Ele acelera de zero a 100 km/h em 2,8 segundos e pode chegar à velocidade máxima de 330 km/h. O carro tem câmbio sequencial SSG de 7 marchas e tração traseira.
Novo safety car
Quando o tetracampeão Sebastian Vettel alinhar sua Aston Martin para o GP do Bahrein, no final de março, a Mercedes-Benz deixará de ter a exclusividade de ser a produtora do safety car da Fórmula-1. Pela primeira vez, o alemão Bernd Mayländer dividirá a pilotagem do carro de segurança entre o Mercedes-AMG GT e o Aston Martin Vantage. Com uma prova para cada modelo, intercaladamente. Projetado por uma experiente equipe de pista na sede da Aston Martin, em Gaydon, na Inglaterra, o Vantage passou por apenas algumas mudanças para se tornar compatível com as exigentes normas de segurança da FIA. O novo safety car é o momento máximo atingido pelo modelo de rua Vantage. E quais são os resultados? A potência aumentou em 25 cavalos, para 535 cavalos, fornecida por um 4.0 V8 twin-turbo, com torque de 69 kgfm. Com tudo isso, ninguém duvida que o novo safety car acelera de zero a 100 km/h em apenas 3,5 segundos. Dentro, duas telas são montadas no painel, fornecendo ao piloto e co-piloto uma transmissão de televisão ao vivo e uma variedade de telas de informações personalizáveis, incluindo o tempo das voltas ao vivo e o posicionamento na pista de todos os carros de Fórmula-1 “ativos” naquele momento da prova.
“Rent a car”
A Mobility, um dos principais “players” brasileiros de locação de veículos para grandes agências de turismo, firmou parceria com a Foco Aluguel de Carros, rede com base em Recife (PE) e com lojas nas principais capitais e cidades do país, com uma frota total de 6 mil veículos. Todos os produtos e serviços da rede, que tem em seu portfólio marcas exclusivas, como a Nissan, com o Kicks, e a Caoa Cherry, com osTiggo 5X e Tiggo 7, agora também estão disponíveis no site mobility.com.br . “A parceria amplia a oferta de soluções em mobilidade, que passam a estar ao alcance dos agentes de viagem a partir de uma única plataforma. O perfil do consumidor e sua relação com o uso de veículos vem evoluindo e temos buscado ampliar as alternativas em produtos e serviços para melhor atender a essa demanda”, festejou Oskar Kedor, CEO da Mobility.
Quatro dúvidas clássicas
A Zul+, startup paulista da área de serviços aos motoristas, preparou quatro dicas para ajudar os donos na manutenção de seus automóveis.
– Quando trocar o óleo do carro?
A troca de óleo varia de acordo com o tipo de motor, modelo ou marca do veículo. Porém, a melhor opção é fazer a substituição a cada 5 mil quilômetros.
– Olho na bateria!
Levantou para trabalhar, virou a chave e o carro não pegou? Saiba que um dos motivos mais comuns para que isso aconteça é a bateria estar descarregada. Apesar de ter uma vida útil longa, é preciso ter alguns cuidados com esse componente do carro, como, por exemplo, evitar deixar algum acessório elétrico ligado quando for sair do automóvel.
– Etanol ou gasolina?
Basta utilizar a regra usada como referência para o cálculo de combustível, considerando que o etanol tem desempenho médio de 70% a mais em relação à gasolina. Dessa forma, multiplicar o preço da gasolina por 0,7 no momento em que for abastecer para descobrir qual é o mais vantajoso.
– Manutenção e revisão.
É comum que algum componente do automóvel se desgaste em silêncio, e esse problema só pode ser resolvido com uma manutenção preventiva. A recomendação é que isso seja feito, em geral, a cada seis meses ou a cada 10 mil quilômetros rodados.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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