Ainda no tranco
As vendas de automóveis e comerciais leves somaram 158.341 unidades em fevereiro, representando uma queda de 17,8% em relação ao mesmo mês do ano passado e recuo de 2,6% ante janeiro de 2021. A falta de insumos e o recrudescimento da Covid-19 impediram o crescimento da produção. A General Motors e a Honda tiveram de interromper parcialmente as atividades em suas fábricas de Gravataí (RS) e de Itirapina (SP), respectivamente. Com isso, a Fiat confirmou a liderança no mercado brasileiro pelo segundo mês seguido, com 35.022 unidades vendidas nos dois segmentos e “market share” de 21,1%. A fabricante italiana ficou à frente da Volkswagen (28.003 e 16%), da GM (26.095 e 15,7%), da Hyundai (16.016 e 9,6%), da Renault (11.089 e 6,7%), da Jeep (10.945 e 6,6%), da Toyota (10.721 e 6,4%), da Honda (7.645 e 4,6%), da Nissan (5.988 e 3,6%) e da Ford (3.911 e 2,3%), vendendo as últimas unidades estocadas do Ka e do EcoSport. Entre os modelos, o destaque para fevereiro ficou com o Mobi, que retornou ao ranking dos mais vendidos depois de muito tempo. O subcompacto da Fiat teve 6.283 emplacamentos, ficando na sexta colocação. O Chevrolet Onix manteve a liderança com certa dificuldade, com 10.689 unidades ante as 9.785 da Strada. A picape da marca italiana deixou para trás o Hyundai HB20 (8.040), o Onix Plus (sedã) (6.767) e o Fiat Argo (6.496). O Volkswagen Gol ficou em sétimo, com 6.098 unidades comercializadas, à frente do Jeep Renegade (6.089), da Fiat Toro (5.873) e do Volkswagen T-Cross (5.755). (colaborou o consultor Marcelo Cavalcante).
O Corolla esportivo
Já está nas concessionária brasileiras a versão esportivada do carro mais vendido da história da indústria automotiva, o Toyota Corolla Gazoo Racing (GR-S), com preço de R$ 151.990 para o Brasil. O modelo chega disponível em três cores: o Preto Eclipse, o Vermelho Granada com teto em Preto Eclipse e todo Preto Eclipse, todas metálicas. O Corolla GR-S é equipado com o motor 2.0L Dynamic Force de ciclo Atkinson flex, com quatro cilindros, 16V e comando de válvulas variável inteligente VVT-iE. O propulsor, quando abastecido com etanol, rende 177 cavalos de potência a 6.600 rpm e 169 cavalos a 6.600 giros com gasolina, com torque de 21,4 kgfm a 4.400 rpm em ambos os casos. O “powertrain” recebe a transmissão Direct Shift de 10 marchas, que proporciona suavidade do CVT convencional com a sensação de aceleração direta. O GR-S tem faróis com acendimento automático, auxiliares com luzes diurnas (DRL) e de neblina, todos em leds. Na traseira, conta com spoiler exclusivo “Toyota Gazoo Racing”, lanternas de leds e emblemas que identificam a versão. No interior, o sedã vem com acabamento em preto e partes revestidas de couro, com costuras em vermelho, bancos com logo “Toyota Gazoo Racing” no encosto de cabeça, painel de instrumentos analógico com dois indicadores e tela de TFT de 4,2 polegadas digital.
Novidades nos compactos
O Cronos e a Strada ganham equipamentos de segurança de série. As novidades dos compactos da Fiat estão nas versões Drive 1.3 do sedã e Freedom 1.3 da picape. O Cronos passou a contar ainda com controles de estabilidade, de tração e auxílio de partida em rampas. Os equipamentos faziam parte do pacote S-Design, que acrescenta ar-condicionado automático digital, sistema Keyless Entry and Go, câmera de ré, retrovisor elétrico, faróis de neblina, roda de liga leve de 15 polegadas, spoiler traseiro e detalhes escurecidos no interior e exterior do modelo. Já a Strada Freedom passa a sair de fábrica tanto na cabine plus quanto na dupla com sensor de estacionamento, item do Pack Tech, que dispõe agora de câmera de ré, central multimídia de 7 polegadas com conexão wireless, segunda entrada USB, controle de áudio no volante e dois tweeters. O preço do Cronos Drive 1.3 é de R$ 69.890, enquanto a Strada Freedom sai por R$ 76.490 na cabine plus e por R$ 77.824 na dupla.
Mobilidade elétrica nacional
Acaba de ser inaugurada a linha de montagem de carros elétricos da empresa Movi Electric no Biopark, um centro tecnológico localizado no município de Toledo, no Paraná. Durante a cerimônia de inauguração, foram revelados os três modelos de microcarros 100% elétricos da empresa, que passarão a ter montagem nacional – até então, eram fabricados na Argentina. São três modelos, um compacto e dois utilitários, sendo um com caçamba e outro com baú. Os carros têm autonomia de até 150 quilômetros com uma única carga, com carregamento em tomadas convencionais de 110 ou 220 Volts. “Com a produção no Biopark, podemos não somente incluir gradualmente equipamentos feitos no Brasil como também desenvolver tecnologias próprias. Assim, podemos baixar o preço dos veículos e assegurar a sua contínua evolução tecnológica. Isso será possível por termos vários benefícios proporcionados pelo maior parque tecnológico privado do país”, explica Paulo Lopes, diretor-executivo da Movi Electric. Fundada no ano passado, a Movi Electric é uma empresa brasileira representante exclusiva para comercialização, montagem e fabricação dos carros elétricos desenvolvidos pela Sero Electric, da Argentina.
A nova cara da fera
A Peugeot apresentou seu novo logotipo, um brasão adornado com a cabeça de um leão, o símbolo de sempre da marca pertencente agora ao Grupo Stellantis (união da FCA com a PSA). A mais antiga fabricante de automóveis do mundo ostentou desde 1850 um total de dez logotipos, todos com o leão no emblema. O último usado era de um leão em pé, com as patas dianteiras esticadas para a frente – posição que lhe valeu alguns apelidos divertidos, como “leão boxeador” ou “leão dançando a macarena”. Agora, nasce a décima primeira versão do brasão, mais qualitativa e elegante, com um produto idealizado pelo Peugeot Design Lab, o estúdio Global Brand Design da marca francesa. Com a campanha “Os Leões do Nosso Tempo”, a Peugeot convida os consumidores a reassumirem o controle mais precioso: o do tempo. A Peugeot propõe uma experiência em ambiente online, a bordo de seus modelos ou em seus pontos de vendas.
Elétrico “country”
A Porsche revela na Europa, para estar nas concessionárias até a metade do ano, a versão Cross Turismo do Taycan, o primeiro modelo 100% elétrico da marca alemã. Ao longo dos últimos meses, o Taycan Cross Turismo passou por locais como os circuitos alemães de Nürburgring, mais precisamente no Nordschleife, o “Inferno Verde”, por estar localizado em meio à Floresta Negra, e de Hockenheim e em centro de testes de Nardo, na Itália. Também já esteve em contato com potenciais clientes e com a imprensa em seus cinco maiores mercados, os Estados Unidos, o Reino Unido, a Noruega, Holanda e Alemanha. O modelo foi imposto a duras provas tanto nos Pirenéus franceses quanto no chamado “Circuito Safari”. Compartilhando os componentes mecânicos com o Taycan “comum”, o Cross Turismo conta com tração integral e a suspensão pneumática com regulação automática da altura em relação ao solo, distinguindo-se, ainda, pela maior altura traseira. O sistema de transporte de bicicletas traseiro, concebido pela própria Porsche, é outra novidade da versão.
Versões amortecidas
A fabicante de amortecedores Monroe propõe oito “mentiras” ou “verdades” sobre as peças e a suspensão:
– O correto é passar com o veículo por lombadas na diagonal.
Mentira. Ao passar por lombadas ou valetas na diagonal, esse tipo de manobra gera forças laterais na movimentação dos componentes, podendo acarretar folgas excessivas, ruídos e empenamentos. O indicado é passar com o veículo em linha reta e em baixa velocidade.
– A troca dos amortecedores deve ser sempre aos pares.
Verdade. Ao trocar apenas um amortecedor, usando uma peça nova e outra usada, poderá ocorrer um desequilíbrio, interferindo na dirigibilidade do veículo.
– O amortecedor recondicionado tem a mesma eficiência de um novo.
Mentira. As peças recondicionadas não passam pelo mesmo processo de produção que as novas.
– Maior desgaste provoca menor conforto dentro do carro.
Verdade. Os amortecedores em más condições causam balanços excessivos.
– Amortecedor em mau-estado de conservação causa aquaplanagem.
Verdade. O conjunto de amortecedor de um veículo quando está em mau-estado não assegura corretamente o contato permanente entre os pneus e o solo.
– Problemas na suspensão podem aumentar a distância de frenagem.
Verdade. Como os amortecedores têm uma influência direta na capacidade de aderência à pista, a distância de frenagem também fica comprometida.
– Amortecedores desgastados interferem em outros componentes.
Verdade. Como o trabalho da suspensão é resultado da ação de vários componentes diferentes em conjunto, quando um deles se desgasta, acaba sobrecarregando os outros.
– Carga excessiva não interfere nos amortecedores.
Mentira. Ao carregar o automóvel para viajar, é muito comum o motorista colocar todas as malas e os passageiros no veículo. Mas ao ultrapassar esse limite de carga, compromete a dirigibilidade e o conforto.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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