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            Depois de um 2020 fortemente prejudicado pela pandemia do coronavírus, o mercado brasileiro de motocicletas prevê uma recuperação para este ano. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), as fábricas localizadas no Polo Industrial de Manaus (PIM) deverão produzir 1,06 milhão motocicletas em 2021. O volume representaria uma alta de 10,2% na comparação com as 961.986 unidades que saíram das linhas de montagem em 2020. No varejo, a expectativa da Abraciclo é de que sejam licenciadas 980 mil unidades, alta de 7,1% na comparação com as 915.157 motocicletas emplacadas em 2020. As exportações deverão totalizar 40 mil unidades, volume 18,5% maior em relação às 33.750 registradas no ano passado.

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            “A chegada da vacina será o ponto-chave para recuperarmos as perdas provocadas pela maior crise, tanto sanitária quanto econômica, que já enfrentamos. Por isso, acreditamos que a produção de motocicletas siga em ascensão nos próximos meses”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Conforme o dirigente, a demanda pelo modal está em alta, tanto no mercado interno quanto no externo, mas as fabricantes seguem trabalhando com medidas restritivas em suas unidades industriais, o que impacta no volume produtivo e, consequentemente, nas vendas. “Recentemente, com a implantação do toque de recolher pelo governo do Amazonas, todas as associadas adequaram seus turnos de trabalho. Além disso, redobramos os cuidados com as medidas de saúde e segurança para garantir a saúde dos empregados”, complementa Fermanian.

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            No ano passado, a produção de motocicletas totalizou 961.986 unidades, queda de 13,2% na comparação com as 1.107.758 registradas em 2019. O volume superou a expectativa da entidade apresentada em outubro, que era de fabricar 937 mil unidades. “Atualmente, a motocicleta é apontada como um meio de locomoção seguro para evitar a aglomeração do transporte público e se transformou em um instrumento de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega”, explica o presidente da Abraciclo. Os emplacamentos somaram 915.157 unidades em 2020, volume 15% inferior ao alcançado em 2019 (1.077.234 motocicletas). A street foi a categoria mais emplacada, com 458.577 unidades licenciadas e 50,1% de participação de mercado. Na sequência, vieram as trail (176.975 e 19,3%) e as motonetas (141.656 e 15,5%).

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            As associadas da Abraciclo exportaram 33.750 unidades em 2020, correspondendo a uma retração de 12,6% na comparação com 2019 (38.614). De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os três principais destinos das motocicletas produzidas em Manaus foram Argentina (11.217 unidades), Estados Unidos (6.692) e Colômbia (5.875).

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            A Honda manteve sua longa hegemonia no Brasil, com 77,71% das vendas de motocicletas em 2020, seguida de longe pela conterrânea Yamaha, com 15,5%, e de forma ainda mais distante pela alemã BMW, com 1,14% de “share” – outras dezoito marcas dividem os 5,65% restantes do mercado nacional. Não por acaso, os sete modelos mais vendidos no Brasil são da Honda. A líder CG 160, com 269.241 emplacamentos em 2020 – quase um terço do total de motocicletas emplacadas no país –, foi seguida por NXR 160 (101.182), por Pop 110i (82.878), por Biz 110i (67.505), por Biz 125 (64.927), por CB Twister (28.633) e por PCX (26.661). Na sequência dos sete modelos da Honda, completando o “top 10”, vêm três da Yamaha – Fazer 250 (23.656), Factor 150 (22.611) e Crosser 150 (21.652).

Por Edmundo Dantas/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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