Ajustes finais

            A Volkswagen Caminhões e Ônibus iniciou os treinamentos de segurança para o começo da produção em série do caminhão elétrico e-Delivery na fábrica de Resende, no sul do Estado do Rio de Janeiro, prevista para o primeiro semestre deste ano. O projeto de qualificação foi desenvolvido e realizado em conjunto com as equipes de Recursos Humanos, Engenharia, Treinamento da Rede e Assistência Técnica da fabricante e destaca pontos de atenção, desde a montagem da bateria até o momento em que o veículo é eletrificado, conhecido como comissionamento do veículo de alta voltagem. Esse processo é quando o veículo elétrico é energizado pela primeira vez, exigindo procedimentos específicos para lidar com tensões superiores a 600V. “Trata-se de uma imersão nas demandas específicas da propulsão elétrica, para ensinar aos empregados como reconhecer e lidar com os processos de segurança do novo produto, de acordo com os mais rigorosos testes e certificação necessários a um lançamento histórico como esse”, explica Roberto Cortes, presidente e CEO da VW Caminhões e Ônibus. A empresa já deu início à produção de seus primeiros caminhões elétricos e-Delivery na chamada Planta Piloto de Resende. Eles já rodam em testes para viabilizar a homologação e início da produção. Um protótipo do e-Delivery atua há mais de dois anos na distribuição de bebidas da Ambev.

Movimento expansivo

        Após um 2020 de elevado crescimento, no qual a Iveco avançou 30% em um mercado que apresentou retração de 11%, a marca italiana anuncia a contratação de mais quatrocentos e setenta e oito empregados temporários para o complexo industrial de Sete Lagoas (MG), reforçando a produção de veículos comerciais para atender à alta procura por produtos da marca. Em outubro do ano passado, a Iveco já havia contratado duzentos e setenta e dois temporários para a fábrica, totalizando setecentas e cinquenta novas vagas no período que engloba até o primeiro semestre deste ano. A empresa passa por um bom momento no setor de transportes do país e continua enxergando boas perspectivas para 2021.  “Nossa equipe está pronta para manter a Iveco em alta, e as contratações são necessárias para atendermos ao crescimento do mercado. Esse é o resultado do novo momento da montadora no país, consolidando fortes investimentos e a renovação de seu line-up nos últimos anos”, comemora Márcio Querichelli, líder da Iveco para a América do Sul. Para 2021, a fabricante projeta o aumento da demanda por caminhões nos segmentos, principalmente, de varejo, agronegócio e vocacionais.

Pensando pequeno

        Em 2020, a Volare se manteve como líder brasileira no segmento de micro-ônibus. A marca pertencente à encarroçadora gaúcha Marcopolo obteve o maior volume nas vendas totais no segmento, com 1.968 unidades, resultando na participação de mercado de 44,4%. Líder há mais vinte anos no mercado brasileiro de mini-ônibus, a Volare tem uma linha de produtos destinados aos segmentos urbano, rodoviário, intermunicipal, escolar, fretamento e turismo. Os modelos se destacam pela versatilidade, aproveitamento do espaço para a configuração da carroceria e, consequentemente, maior capacidade para o transporte de passageiros.  “A Volare manteve a sua liderança no mercado em 2020 e inovou oferecendo veículos com as soluções de biossegurança da plataforma Marcopolo BioSafe. Colaboramos para a retomada do transporte e da mobilidade no país”, explica Sidnei Vargas, gerente-comercial da Volare.

Parceria tecnológica

        A fabricante norte-americana Navistar se uniu às conterrâneas General Motors e OneH2 para desenvolver caminhões a célula de hidrogênio. As três empresas planejam criar soluções completas que possam ser aplicadas em veículos com esse tipo de sistema, com o objetivo de zerar as emissões de poluentes nas operações de transporte. O projeto envolve inicialmente caminhões International (uma marca da Navistar) HR movidos por células de combustível e sistemas de gerenciamento de energia GM Hidrotec. A OneH2 produzirá e armazenará o hidrogênio, além de ajudar no desenvolvimento do reabastecimento. Com autonomia de oitocentos quilômetros, o veículo será mais leve que caminhões elétricos a bateria, porém, mais pesado em relação aos modelos de capacidade equivalente com motor a diesel. O programa-piloto de testes entrará em operação no fim de 2022, e a produção em série do caminhão terá início em 2024. Os primeiros protótipos deverão estar prontos no começo do segundo semestre. A iniciativa é financiada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos.

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira/Agência AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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