Pé no freio em janeiro
O primeiro mês de 2021 nos segmentos de automóveis e comerciais leves no mercado brasileiro teve um total de 168.848 unidades emplacadas, representando quedas de 27,5% sobre dezembro de 2020 e de 8,3% ante o mesmo intervalo do ano passado. Entre os modelos, o avanço mais significativo no ranking em janeiro foi do Jeep Renegade, aparecendo na quinta posição, com 7.090 exemplares vendidos. O SUV não fez feio também em comparação a sua performance de dezembro, ficando não muito distante das 7.877 unidades emplacadas. Todos os outros modelos do “top ten” tiveram recuos significativos em relação ao seu próprio desempenho no último mês de 2020. O Chevrolet Onix manteve a primeira colocação, mas viu as vendas reduzirem de 16.566 (dezembro) para 10.565 unidades. A Fiat Strada ficou em segundo, com 9.231 emplacamentos ante os 10.390 de dezembro, à frente do Hyundai HB20 (7.928 ante 10.433) e do Onix Plus (sedã) (7.139 ante 12.919). As demais colocações do ranking ficaram com os Volkswagen Gol (6.275 ante 7.780) e T-Cross (5.239 ante 7.433), com a Fiat Toro (5.233 ante 6.983), com o Jeep Compass (5.029 ante 6.969) e com o Fiat Argo (5.019 ante 8.412). O Compass entrou no lugar ocupado em dezembro pelo Ka, que despencou de 8.066 emplacamentos para 3.433 em janeiro. E o compacto cairá ainda mais depois que as unidades estocadas nas concessionárias começarem a sumir, pois a Ford anunciou o encerramento da produção no Brasil no início de janeiro.
Coisa de gente grande
Com lançamento na Alemanha previsto para o segundo trimestre deste ano, com preço de 180.400 euros – quase R$ 1,2 milhão –, o novo BMW M5 CS passou a ser o representante da família “M” mais potente, superando o M5 Competition. Entrega nada menos do que 645 cavalos extraídos do motor 4.4 V8 biturbo, acoplado ao câmbio automático M Steptronic de 8 velocidades com Drivelogic e sistema de tração integral xDrive. Segundo a marca alemã, o novo M5 CS acelera de zero a 100 km/h em apenas três segundos e até os 200 km/h em 10,3 segundos, com a velocidade máxima limitada eletronicamente a 305 km/h. São todos números de competição. No fim de semana passado, o norte-americano Connor De Phillippi, de 28 anos, piloto oficial da BMW, testou o novo M5 CS antes do primeiro destaque do automobilismo em 2021, as 24 Horas de Daytona. O verdadeiro “bólido” tem capô, “saia” dianteira, capas dos retrovisores externos, spoiler e difusor traseiros, tampa do compartimento do motor e o silenciador de admissão feitos em plástico reforçado com fibra de carbono, em alguns deles, exposta.
Luxo em oferta
Os novos Audi Q5 e Q5 Sportback estarão em pré-venda com condições especiais em fevereiro. Durante o mês, o Q5 terá o preço reduzido de R$ 309.990 para R$ 279.990, enquanto o Q5 Sportback sairá de R$ 365.990 por R$ 335.990 – os valores especiais são para a modalidade venda direta. Ambos estarão disponíveis nas versões S Line e S Line Black, sendo que o Q5 tem ainda a variante Prestige. O motor 2.0 TFSI (turbo) equipa os novos Q5 e Q5 Sportback, com 249 cavalos de potência e torque de 38 kgfm. A transmissão é a S tronic de dupla embreagem e 7 marchas. Segundo a marca alemã, os dois modelos aceleram de zero a 100 km/h em 6,3 segundos e podem atingir a velocidade máxima de 237 km/h. Com visual renovado, o Q5 traz controle de cruzeiro adaptativo, faróis dianteiros com Led Matrix, lanternas com três tipos de assinatura exclusivos, carregador de celular por indução, display com tela sensível ao toque, tecnologia de assistência elétrica de 12 volts, suspensão multlink e a tração “Quattro” com tecnologia ultra.
Conta de luz atrasada
A comemoração da Nissan pelo número de vendas do 100% elétrico Leaf no Brasil retrata com perfeição o quanto o país está atrasado em relação à tecnologia “verde” automotiva. A fabricante oriental está celebrando que atingiu o “expressivo” patamar de cento e cinquenta unidades emplacadas no mercado brasileiro desde o seu lançamento, em julho de 2019. Ou seja, em dezoito meses, foram vendidas uma média de apenas 8,3 unidades mensais do Leaf, que é comercializado em cinco Estados – São Paulo (em duas lojas), Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – e no Distrito Federal. Já no mundo, a história é bem diferente. O Leaf tem mais de 500 mil unidades vendidas desde 2010, quando foi lançada sua primeira geração. A segunda, comercializada no Brasil, incorpora os pilares da visão Nissan Intelligent Mobility, que tem como objetivo transformar a maneira como os carros são conduzidos, impulsionados e integrados à sociedade.
Campeão habitual
O Corolla confirmou a tradição e foi mais uma vez o carro mais vendido do mundo, com 1.134.262 unidades emplacadas, sendo 41.072 no Brasil, em 2020. O modelo da Toyota surgiu em 1966 no Japão, com o nome vindo do latim, no qual significa “coroa de flores”, com mais de cinquenta anos de estrada. Atualmente, o Corolla é produzido em dezesseis fábricas em todo o planeta. Ininterruptamente, o modelo da Toyota ocupa a primeira posição do ranking desde 2010, com média de mais de um milhão de emplacamentos anuais desde 2002. Sempre fiel ao nome Corolla, a atual décima segunda geração se baseia no tripé qualidade, durabilidade e confiabilidade, vindo a partir do modelo original de 1966, e marcado em toda a trajetória pelo design e pela tecnologia, mantendo-se como uma referência em todos os mercados. Os três tipos de carroceria da décima segunda geração do Corolla são montados sobre a Nova Arquitetura da Toyota TNGA (Toyota New Global Architecture), com duas versões híbridas, somadas às várias “comuns” a combustão.
Torpedo elétrico
A GMC anunciou uma nova parceria com a Chip Ganassi Racing para a primeira aventura de competição elétrica da equipe norte-americana, na temporada inaugural da Extreme E. O SUV de 550 cavalos de potência que a Chip Ganassi utilizará no campeonato tem estilo, grafismos e carroceria inspirados no Hummer EV, o primeiro “supertruck” totalmente elétrico do mundo. “É uma verdadeira honra representar a GMC, especialmente durante um momento tão emocionante para o automobilismo. O novo Hummer EV mudará o jogo em termos de como o mundo vê a capacidade dos veículos off-road elétricos”, festejou o norte-americano Chip Ganassi, de 62 anos, lendário proprietário da equipe de mesmo nome, que tem uma história vitoriosa na Fórmula-Indy e nas 500 Milhas de Indianápolis. O Hummer EV Edition One, de produção, terá um trem de força e4WD de três motores, com mil cavalos de potência no total, e será lançado este ano nos Estados Unidos.
Na tomada
Líder de mercado, a NeoCharge anuncia o lançamento de quatro carregadores para veículos elétricos, com opções de 3,7 kW a 22 kW de potência. Os carregadores são do tipo portátil e vêm equipados com tela LCD para acompanhar as principais informações do carregamento, além de ter função “timer”, corrente ajustável, indicadores em leds e um cabo robusto para garantir a segurança do veículo e do usuário. O objetivo da empresa ao ampliar seu portfólio de equipamentos, que até então era composto por carregadores residenciais, comerciais e de carga rápida (fast charger), é oferecer soluções para todo o tipo de necessidade dos proprietários de veículos elétricos: “Além dos pontos de recarga em estabelecimentos comerciais e residenciais, investimos em uma solução portátil, para os clientes em diferentes momentos. Assim, a NeoCharge estará presente, literalmente, nas mãos de nossos clientes sempre”, afirma Raphael Pintão, sócio-diretor da empresa. Os novos carregadores são o VE NC100, de 3,7 kW, com média de preço nacional de R$ 3 mil, o VE NC200, de 7,4 kW, a R$ 3,3 mil, o VE NC300, de 7,4 kW, a R$ 3,5 mil, e o VE NC400, de 22 kW, a R$ 5,5 mil. Todos podem ser encontrados em neocharge.com.br .
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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