Já nasce grande
Com apresentação do português Carlos Tavares, CEO da nova companhia, e do ítalo-americano John Elkann, presidente, a Stellantis – fusão 50/50 da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e do Grupo PSA (Peugeot e Citroën) – começou a operar oficialmente nesta terça-feira, dia 19 de janeiro. A Stellantis já inicia com um portfólio completo, cobrindo todo o espectro de segmentos de mercado de veículos de passageiros de luxo, premium e convencionais a picapes pesadas, SUVs e veículos comerciais leves, assim como mobilidade, operações financeiras e marcas de peças e de serviços. A nova empresa tem uma presença bem estabelecida em três regiões – Europa, América do Norte e América Latina –, além de um potencial a ser explorado em mercados como a China, a África, o Oriente Médio, a Oceania e a Índia. “Este é um grande dia. Um ano depois de anunciarmos o projeto, a Stellantis nasce, apesar da perturbação social e econômica sem precedentes causada pela pandemia da Covid-19. Quero agradecer calorosamente a todas as equipes que tornaram isso possível e também a toda a força de trabalho que continuou a impulsionar nossas operações durante o ano excepcional. A Stellantis se dedica a buscar a grandeza e melhorar o bem-estar de seus mais de 400 mil empregados”, disse Tavares. O comandante da Stellantis na América do Sul é o italiano Antonio Filosa, que até então chefiava a Fiat Chrysler Automobiles Latin America.
Novidades no carro-chefe
O modelo mais vendido da BMW em todo o mundo chega a 2021 com novidades. Com produção iniciada na fábrica de Araquari (SC) no ano passado, o Série 3 ganha motor bicombustível em todas as versões e uma tecnologia capaz de abrir e fechar a porta do carro e também ligar o veículo via smartphone. O sistema está disponível para o 320i GP (R$ 245.950), o 320i Sport GP (R$ 259.950) e o 320i M Sport (R$ 265.950). O sedã premium tem tração traseira, câmbio automático de 8 marchas, motor TwinPower Turbo 2.0 de quatro cilindros, 184 cavalos de potência de 5 mil a 6.500 rpm e torque de 31 kgfm de 1.350 a 4 mil giros. “O BMW Série 3 é um dos maiores ícones da mobilidade premium e agora traz novidades ao cliente brasileiro, que ganha mais tecnologia e poder de escolha para rodar com gasolina ou etanol, permitindo o uso do combustível nacional sem alterar as caraterísticas dinâmicas do modelo”, explica Roberto Carvalho, diretor Comercial da BMW do Brasil. A sétima geração do Série 3 foi lançada em março de 2019 no país, trazendo mais tecnologia, interatividade e sistemas de condução semiautônoma.
Corrida de janeiro
A Nissan colocou no mercado até o final de janeiro condições especiais para toda a sua linha de modelos. Entre os destaques está o crossover fabricado em Resende (RJ) e veículo mais vendido da marca no Brasil, o Kicks. Na versão SV CVT, por exemplo, o modelo está sendo oferecido com taxa zero ou em parcelas de R$ 999 no Plano Replay, com IPVA gratuito e tabela Fipe na negociação do carro usado do cliente. A picape média Frontier Attack pode sair por parcelas de R$ 1.599, enquanto a versão XE, por R$ 1.699. O novo Versa pode ser adquirido na configuração Exclusive por R$ 999 a cada mês. Já a compra da versão Sense, com câmbio manual, pode ser dividida em parcelas de R$ 799. O Replay é o plano de troca programada do carro ao final do financiamento. Nele, o consumidor paga parcelas mais baixas com a Nissan recomprando o veículo e oferecendo a possibilidade de usar o valor na última parcela do próximo zero-quilômetro. As ofertas, com estoque limitado por cidade, são válidas de em todo o território nacional e estarão disponíveis na plataforma Outlet Nissan (https://outletnissan.com.br/).
E agora?
O anúncio do fim da produção de automóveis no Brasil feito pela Ford na semana passada ainda repercute bastante. Uma das principais preocupações é sobre o que acontecerá com os proprietários de modelos da marca norte-americana. Marco Antonio Araújo Junior, especialista em Direito do Consumidor e diretor do Instituto Brasileiro de Política e Defesa do Consumidor (Brasilcon), responde sobre as maiores dúvidas:
– Os recentes compradores de carro da Ford podem desistir do negócio?
Não. O fato de a fabricante não manter sede administrativa ou operacional no país não quer dizer, por si só, que ela não cumprirá o dever de prestar garantia ao consumidor. Não há previsão na lei que autorize ao consumidor desistir da compra.
– O que o cliente da Ford
deve esperar em um momento como esse?
Não é hora de se desesperar. Não faz nenhum sentido o consumidor vender
eventuais veículos da Ford por um preço muito abaixo da tabela para se ver
livre de algum problema. Pode ser uma perda financeira desnecessária.
– O que acontece com quem tem carro da Ford? A montadora deve garantir os
serviços, as peças de reposição e a garantia para seus clientes?
Sim. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) determina que os
fornecedores, neles incluídos as fabricantes e as montadoras, devem prestar
garantia pela venda de seus produtos e serviços e garantir que o mercado tenha
peças de reposição e manutenção.
– O cliente pode questionar sobre as consequências do encerramento da
produção da montadora no Brasil?
Não é uma decisão que envolve a aprovação do cliente. É uma decisão
estratégica financeira da empresa, que está relacionada com o cenário da
economia no país e no mundo.
Das pistas para as ruas
A Toyota Gazoo Racing terá o GR010 Hybrid para disputar o Campeonato Mundial de Resistência da FIA (WEC) de 2021. O “bólido” tem um poderoso trem de força com tração nas quatro rodas, consistindo em um biturbo V6 de 3,5 litros de 680 cavalos dirigido para as rodas traseiras combinado a uma unidade de motor gerador de 272 cavalos ligado ao eixo dianteiro. A produção total é limitada a 680 cavalos, significando que a sofisticada eletrônica do GR010 – o maior “laboratório” para os carros de rua da fabricante oriental – reduz a potência do propulsor a combustão com base na quantidade de acionamento híbrido exibida pelo motor elétrico. O novo visual do protótipo de corrida foi inspirado no hiperesportivo GR Super Sport, que fez sua estreia nos bastidores das 24 Horas de Le Mans do ano passado.
O futuro ali adiante
Para a General Motors, a visão de futuro é um mundo com zero de acidentes, zero de emissões e zero de congestionamentos. Para isso, a chave é a eletrificação. A companhia foi pioneira na eletrificação de veículos há vinte e cinco anos, apresentando o primeiro carro elétrico (EV) acessível e de alta autonomia do mundo – o Chevrolet Bolt – justamente na CES (Consumer Electronics Show), em Las Vegas. “Atualmente, a penetração global de mercado dos EVs é de cerca de 3%. Mas acreditamos que tudo está prestes a mudar. A dependência de veículos movidos a gasolina e a diesel dará início à transição para um futuro totalmente elétrico. E a GM pretende liderar essa mudança. Temos a tecnologia, o talento e a ambição para cumprir esse compromisso”, afirmou Mary Barra, CEO da GM, na palestra de abertura da CES 2021. O Cadillac Lyriq foi a principal atração da gigante norte-americana na feira deste ano. Para Mary, o Lyriq é “a integração artística de tecnologia para uma experiência de direção mais íntima e com uma nova expectativa sensorial”. O carro da Cadillac tem ainda uma tela curva de leds de 33 polegadas, diagonal, que fornece uma interface de usuário personalizável com capacidade para exibir um bilhão de cores.
Precioso líquido
Peça fundamental do sistema de arrefecimento do veículo e responsável por manter a temperatura ideal de trabalho do motor, o radiador dos carros modernos e boa parte dos demais itens que compõe a mecânica são de alumínio. Por conta disso, não se deve colocar somente água da torneira, tratada com cloro, no reservatório do radiador e nunca completar o nível com o propulsor quente. Com o passar do tempo, a presença do cloro e outros minerais acabam corroendo as peças metálicas, dificultando o trabalho da bomba d’água e até mesmo fundindo o motor. A manutenção básica a ser feita no radiador é até simples. Ao checar o nível do líquido de arrefecimento, é preciso completar com água desmineralizada e um aditivo específico para radiadores. Isso aumenta o ponto de ebulição da água, permitindo que ela resfrie o sistema – antes mesmo de se evaporar. Por se tratar de um sistema fechado, dificilmente o nível do líquido do radiador tem grandes baixas nos veículos mais novos. É preciso se observar frequentemente e, caso houver uma grande perda de líquido, o ideal é o motorista levar o veículo a um mecânico para que seja feita uma revisão completa do sistema.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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