Menos mal
De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o ano de 2020 fechou menos aterrorizante do que se previa em março, quando os efeitos da pandemia da Covid-19 despencaram sobre o mercado brasileiro. Com 1.950.889 unidades emplacadas entre carros e comerciais leves – os dois segmentos com maior volume de vendas sobre quatro rodas –, 2020 foi 26,6% negativo em comparação ao ano anterior, que teve 2.658.692 unidades. Em dezembro, as vendas ficaram em 232.814 veículos, representando um recuo de 7,5% ante o mesmo mês de 2019 e um avanço de 8,6% sobre novembro de 2020. Entre os modelos, o Chevrolet Onix encerrou 2020 na liderança pelo sexto ano seguido, com 16.566 exemplares vendidos em dezembro e 135.351 no acumulado de janeiro a dezembro. O T-Cross foi o campeão em emplacamentos no segmento do momento, o de SUVs. O modelo da Volkswagen teve 60.119 unidades vendidas até dezembro do ano passado, ficando em oitavo no geral. O Hyundai HB20 foi segundo colocado, com 86.548 emplacamentos, seguido do Onix Plus (sedã) (83.392), da Fiat Strada (80.041), do Volkswagen Gol (71.151), do Ford Ka (67.491), do Fiat Argo (65.937), do T-Cross, do Jeep Renegade (56.865) e da Fiat Toro (53.974), completando o “top ten” dos dois segmentos.
Saldo de balanço
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou os números do fechamento de 2020, fortemente impactados pela pandemia, que interrompeu um ciclo de três anos de recuperação após outra crise, a de 2015/2016. A produção de 209.296 unidades em dezembro foi uma boa surpresa, apesar de todos os desafios logísticos, das limitações de insumos e dos protocolos sanitários. “A indústria fez um grande esforço para atender à demanda, trabalhando aos finais de semana e suspendendo parte das férias coletivas, mas entra em 2021 com os estoques mais baixos de sua história, suficientes apenas para doze dias de vendas”, ressaltou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. A produção de 2.014.055 carros e comerciais leves durante o ano de 2020 encolheu 31,6%, deixando a indústria automotiva com uma ociosidade técnica de quase 3 milhões de unidades. A Anfavea apresentou ainda suas estimativas para o setor em 2021. A entidade prevê aumento de 15% no licenciamento de carros e comerciais leves, 9% nas exportações e 25% na produção, índices insuficientes para a retomada a patamares de 2019, pré-pandemia.
Força concentrada
São Paulo liderou as vendas no Brasil em 2020 nos carros e comerciais leves, com 464.522 novos veículos emplacados no Estado com a maior Economia do país. Mesmo assim, esse resultado foi 30,8% inferior em comparação ao ano anterior. Minas Gerais, turbinado pelas vendas das locadoras, encerrou 2020 na segunda posição, com 392.208 unidades comercializadas e uma queda de 33,6% em comparação a 2019. O Rio de Janeiro foi o Estado com o maior recuo de vendas no ano passado, com 89.111 unidades e menos 38,5%. Das dez unidades da federação com mais vendas em 2020, as seis primeiras ficam nas regiões Sudeste e Sul. O Paraná ficou em terceiro, com 132.951 emplacamentos e menos 21,1% em relação a 2019, seguido do Rio Grande do Sul (105.088 e -27,5%), de Santa Catarina (104.423 e -22,9%), do Rio de Janeiro, da Bahia (72.545 e -23,5%), de Goiás (71.505 e -8,2%), do Distrito Federal (65.010 e -17,8%) e de Pernambuco (60.010 e -22,6%). O último lugar do ranking ficou com o Acre, com 5.789 veículos vendidos em 2020 e recuo de 14,6% ante o ano anterior. O levantamento foi feito pelo consultor automotivo Marcelo Cavalcante de Lima.
Sedã “midiático”
Os aficionados pelo sedã Arrizo 5 entram o ano com a oferta de três versões, com a chegada da inédita RX5 à rede de concessionárias da Caoa Chery. A configuração do três volumes produzido em Jacareí (SP) acrescenta uma nova central multimídia de 7 polegadas com espelhamento ao Android Auto e ao Apple CarPlay. Além disso, o Arrizo 5 RX5 passa a contar com uma nova cor, a prata. Os preços partem de R$ 84.390 para as cores sólidas. A nova versão segue equipada com o motor 1.5 TurboFlex de 150 cavalos de potência e 21,4 kgfm de torque, associado ao câmbio CVT com 9 velocidades simuladas. A marca sino-brasileira encerrou o ano de 2020 com crescimento de 35% de participação de mercado, fechando o período com 1,03% de “market share”, com 20.089 veículos comercializados e a décima primeira colocação no ranking das montadoras nacionais.
Premium emprestado
A Volvo Car Brasil teve um dos melhores anos de sua história ao fechar 2020 na vice-liderança no segmento premium, com mais de setecentos e cinquenta veículos à frente da terceira colocada. A líder no quesito foi a BMW. Outro destaque da marca sueca foi a participação entre os veículos híbridos. A Volvo alcançou 63% entre todos os plug-in vendidos no Brasil e mais da metade entre os híbridos e elétricos do segmento premium. “Foi um ano atípico como todos sabemos. Nossa maior prioridade foi encontrar maneiras de proteger nossos empregados, concessionárias e consumidores, além de planejar a retomada da forma mais forte possível. Nesse sentido, temos muitos motivos para comemorar. Consolidamos nossa vice-liderança no segmento premium e a dominância absoluta dos SUVs e veículos eletrificados. Atuamos cada vez mais como agente transformador da indústria automotiva no país. E essa estratégia será ainda mais reforçada em 2021”, destaca João Oliveira, diretor-geral de Operações e Inovação da Volvo Car Brasil. Para ampliar e expandir o conceito de eletrificação, a marca inaugura no mês de janeiro o “Volvo Lovers”, um programa de empréstimos gratuitos de veículos híbridos para qualquer pessoa. Basta ter a CNH válida, acessar o www.volvolovers.com.br, escolher o modelo, a data e curtir uma experiência de quatro dias a bordo de um Volvo.
Mantenha distância
Como parte da sua certificação regional “Limpo&Seguro”, a Nissan anuncia a implementação de um “Dispositivo de Distanciamento Físico” em toda a rede de concessionárias na América do Sul. Ao entrar em uma loja da Nissan, o cliente receberá um dispositivo que deverá ser pendurado no pescoço. O equipamento, que emite sinais de rádio na frequência de Bluetooth, alertará por meio de uma vibração, um som e uma luz vermelha quando duas ou mais pessoas estiverem mais próximas em relação à distância social recomendada pelos regulamentos locais. Cada trabalhador da concessionária também usará um dispositivo em formato de pulseira durante toda a sua jornada de trabalho. Quando a visita do cliente chega ao final, o dispositivo deve ser entregue ao consultor de vendas ou de pós-vendas, que fará à higienização do equipamento e estocagem em embalagem protegida até seu novo uso. Os dispositivos estarão disponíveis tanto nas áreas de Vendas de Veículos quanto nas de Atendimento ao Cliente e Serviços. Todas as interações entre os dispositivos serão armazenadas em um banco de dados. Assim, se houver uma nova ocorrência de caso positivo de Covid-19, a Nissan poderá rastrear, pelo aplicativo, o histórico de visitas para identificar todas as pessoas que tiveram contato próximo a fim de isolá-las, se necessário.
Ano novo de cara nova
Duas fabricantes de veículos entram no novo ano com mudanças em seus logotipos, a General Motors e a Kia. A gigante norte-americana fez uma evolução de sua logomarca anterior, com nova fonte (tipo de letra) e minúsculas na sigla “GM” e em azul claro. Segundo a montadora, a opção pelas “caixas baixas” (letras minúsculas) veio para tentar atrair os jovens. O sublinhado, antes sob o “GM”, agora fica em baixo apenas do “M”. Já a fabricante sul-coreana diz que sua nova marca representa o compromisso da empresa em se tornar um ícone de mudança e inovação. O novo logotipo lembra uma assinatura manuscrita, com sua linha ininterrupta transmitindo o compromisso da montadora de Seul em trazer momentos de inspiração. A Kia promoveu uma grande festa para o lançamento da logomarca, com fogos de artifício sobre a capital da Coreia do Sul e o novo logotipo refletido nas águas do Rio Cheonggyecheon.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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