A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços especiais no mundo, começa a utilizar o primeiro caminhão movido a gás da mineração na história do Brasil. O modelo Scania G 410 6×4, que oferece grande potencial de redução de emissão de CO2 em comparação ao similar movido a diesel, trabalhará na mina Várzea do Lopes, localizada em Itabirito, em Minas Gerais. O veículo é também o primeiro movido a gás da marca sueca em todo o mundo a atuar em uma mina. “A Scania vem liderando a transição para um sistema de transporte mais sustentável. O caminhão a gás vem sendo um sucesso no modal rodoviário. Agora, inovamos outra vez o mercado fora-de-estrada. Uma ação que também é inédita globalmente para a marca. Temos certeza de que os resultados surpreenderão e criarão tendência”, diz Silvio Munhoz, diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil.
O G 410 6×4 utilizará sua caçamba de 16 metros cúbicos para transferir o minério de ferro e sobras do processo da mineração na Várzea do Lopes. Para o início da demonstração, todos os motoristas envolvidos na operação passarão por uma capacitação específica para operação do equipamento. “Há cerca de cento e vinte anos, trabalhamos para conectar pessoas que constroem um futuro mais colaborativo e sustentável. A parceria com a Scania, com a solução do caminhão a gás natural, é um exemplo de uma ação virtuosa. Além das questões econômicas e ambientais, prezamos pela estruturação de uma cadeia local de produção e abastecimento, que resulte em desenvolvimento social e econômico sustentável”, explica Vinícius Fernandes de Moura, gerente-geral de Suprimentos da Gerdau. “Na área da sustentabilidade, é importante dar o primeiro passo e assumir compromissos de redução das emissões. Parabéns à Gerdau por acreditar que é possível tornar mais sustentável a operação logística na mineração”, completa Munhoz.
Os caminhões pesados da Scania movidos a GNV, GNL e ou biometano tiveram suas vendas no Brasil iniciadas em outubro de 2019. A partir de maio de 2020, começaram as entregas. Desde então, a Scania já vendeu setenta unidades para diferentes indústrias, desde cosméticos a alimentos. Os pesados da Scania a gás têm motores Ciclo Otto (o mesmo conceito dos automóveis). Segundo a fabricante, têm garantia de fábrica, tecnologia confiável e segura, são mais silenciosos e com desempenho consistente e força semelhante ao caminhão a diesel, além de oferecer segurança é total em caso de acidentes ou explosão. Os cilindros e válvulas são certificados pelo Inmetro. São três válvulas (vazão, pressão e temperatura) que liberam o gás em caso de anomalia em um desses três quesitos.
Na mina da Gerdau em Itabirito, o abastecimento do gás natural veicular será dentro da própria operação em uma estação compacta, que está sendo construída pela produtora de aço de acordo com as normas legais e de segurança para o armazenamento, consumo e utilização do gás. O tempo de duração do abastecimento é curto, cerca de 15 minutos, não comprometendo a disponibilidade do caminhão no trabalho diário que é intenso, pois ele roda vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. A expectativa é que haja uma autonomia de 10 metros cúbicos/hora, significando de 250 a 300 quilômetros. “Queremos oferecer ganhos importantes para o meio ambiente e o menor custo operacional ao cliente. O modelo utilizará o Programa de Manutenção Scania Premium Flexível, o mais completo da marca e adaptado às características da operação de mineração, que são diferentes do modal rodoviário. A Gerdau também acompanhará o desempenho pelos dados obtidos pela conectividade, e aplicar melhorias onde seja necessário”, finaliza Fabrício Vieira, gerente de Vendas de Soluções para Mineração da Scania no Brasil.
Por Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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