Sem igual
A McLaren São Paulo revelou detalhes do único 620R destinado ao mercado brasileiro e latino-americano. O modelo, construído em edição limitada de trezentas e cinquenta unidades, foi apresentado na capital paulista aos felizardos clientes da marca britânica. O 620R “brasileiro” – avaliado entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões – tem no painel a plaqueta de identificação numérica “192/350” e é pintado na cor Borealis (nome dado pela McLaren ao preto metálico pigmentado que, dependendo da incidência da luz, incorpora tons de verde ou de roxo) com faixas laranja. A fibra de carbono, material com o qual são feitos o chassi e a carroceria de todos os McLaren de rua, fica aparente em partes como o aerofólio traseiro e a capota, enquanto a seção central do capô delimitada pelas faixas laranjas é em preto fosco. Inspirado no carro de competição 570S GT4, o 620R maximiza a implantação da tecnologia das pistas mas livre das restrições dos regulamentos. O motor 3.8 V8 biturbo entrega 620 cavalos de potência e 63 kgfm de torque. Segundo a marca, o “bólido” é capaz de acelerar de zero a 100 km/h em 2,9 segundos e chegar à máxima de 322 km/h.
Em algum lugar do futuro
Conforme a ZF Friedrichshafen AG, ou simplesmente ZF, um dos maiores produtores mundiais de sistemas automotivos, especialmente transmissões, o veículo do futuro contará com altos níveis de rede e automação definidos por softwares. A ZF fez uma apresentação na semana passada em “live” mostrando o que está preparando para a edição 2021 da CES (Consumer Electronics Show), prevista para janeiro na cidade de Las Vegas. E o principal da ZF para a feira mundial é justamente o carro do futuro. Para a ZF, um veículo definido por software é muito mais do que um smartphone sobre rodas. A diferença é a qualidade e a quantidade de sistemas de hardware que precisam ser conectados de forma inteligente por uma plataforma de software para ajudar a transportar as pessoas com conforto e segurança. A ZF revelou seu novo middleware, o software que fica entre o sistema operacional e os aplicativos nele executados. “O nosso middleware é a maior prova da viabilidade do carro do futuro. Ao longo da vida útil do veículo do futuro, as funções poderão ser atualizadas ou oferecidas adicionalmente sob demanda, como acontece com os smartphones”, disse Dirk Walliser, vice-presidente sênior de Pesquisa e Desenvolvimento, Inovação e Tecnologia da ZF. O carro do futuro, segundo a ZF, será apresentado na CES, em janeiro.
Mudança de rumo
A Mercedes-Benz decidiu encerrar a produção de automóveis na fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo. De acordo com a fabricante, a decisão está sendo tomada com base em vários fatores, incluindo a atual situação do mercado brasileiro. A marca alemã está buscando a melhor perspectiva de futuro possível para o local e os seus trezentos e setenta empregados. “A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou devido à pandemia da Covid-19, causando uma queda significativa nas vendas de automóveis premium. Ao longo do nosso processo de transformação, continuamos a reestruturar a nossa rede de produção global. Por isso, decidimos encerrar a produção de automóveis premium no Brasil”, explicou Jörg Burzer, presidente do Conselho Executivo da Mercedes-Benz AG. Em Iracemápolis, eram produzidos o sedã Classe C e o utilitário esportivo GLA, que serão importados da Alemanha e continuarão a ser comercializados. O fechamento da fábrica deve ocorrer no final de dezembro.
Em nome da confusão
Não é uma nova geração do Niva, o jipão russo que deixou uma legião de fãs quando foi importado pelo Brasil no final do século passado. O carro apresentado na Rússia pela Avtovaz é um “facelift” do Lada Niva Travel, herdeiro do antigo Chevrolet Niva. Como a Avtovaz comprou a parte da General Motors na joint venture GM-Avtovaz, incorporou o nome “Niva” à Lada, acrescentando o “Travel” só para confundir a cabeça de todo mundo mesmo. O velho Niva, aquele comercializado no Brasil no final do século passado, continua firme e forte, sendo produzido na Holanda. As imagens espalhadas pela própria Avtovaz revelam as linhas gerais do renovado Lada Niva Travel, com uma frente mais “jovem” e retoques e utilização de leds na traseira. Existem ainda acessórios para o off-road severo, como snorkel, plásticos da carroceria sem pintura e pneus fora-de-estrada. O “powertrain” deve ser o mesmo utilizado até agora, um 1.7 de 80 cavalos e câmbio manual de 5 marchas.
Facilitando a vida
A ConectCar, empresa de meio de pagamento automático, acaba de se unir à Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para o desenvolvimento de uma plataforma de mobilidade. Em uma iniciativa pioneira no setor, a parceria tem como objetivo gerar impacto positivo na jornada de mobilidade das pessoas dentro do carro. A central multimídia será uma interface capaz de conectar o usuário à experiência e aos benefícios da ConectCar, que está presente, por exemplo, em 100% das rodovias com pedágio no Brasil. “É fundamental entendermos o carro como uma plataforma digital. Mais do que levar do ponto A para o ponto B, o veículo é um ponto de convergência na jornada de mobilidade, pois une diferentes soluções que melhorarão a vida do consumidor, garantindo mais segurança, conveniência e fluidez”, explica Breno Kamei, diretor de Portfólio, Pesquisa e Inteligência Competitiva da FCA para a América Latina. A expectativa é de que os testes comecem no finalzinho deste ano. O lançamento da nova plataforma, que poderá ser utilizada em qualquer modelo da FCA, ocorrerá no primeiro semestre de 2021.
Perua híbrida
A Suzuki apresentou a station wagon Swace, como mais um passo da fabricante oriental no caminho para a eletrificação de seu portfólio. Segundo a Suzuki, a nova “perua” oferece uma gama de opções bem vantajosas para o cliente, como sua motorização híbrida (une as propulsões convencionais à elétrica) e por ser um veículo topo de linha com conforto e luxo destinado para a família. A Swace é o segundo movimento da Suzuki dentro do acordo de colaboração assinado com a Toyota Motor Corporation para aproveitamento de tecnologias “verdes” desenvolvidas pelas duas empresas. A station wagon é equipada com um motor 1.8 associado a um elétrico com um total de 122 cavalos. O sistema híbrido que alimenta a Swace permite a circulação com o motor a combustão, com o elétrico ou com ambos atuando no mesmo momento. Conforme a Suzuki, a Swace acelera de zero a 100 km/h em 11,1 segundos e pode chegar a 180 km/h. A montadora japonesa mantém o mercado brasileiro no seu radar para a venda da Swace.
Mudança de pele
O envelopamento automotivo segue em alta no Brasil. A cada ano, as empresas especializadas no assunto colocam no mercado mais opções para quem não pretende mudar a cor do carro mas busca uma solução para proteger a pintura das ações do tempo e possíveis riscos e arranhões. Os tipos de envelopamento mais comuns são:
– Efeito fosco – As películas desse tipo estão entre as mais procuradas e são uma boa opção para quem não quer mudar a cor do veículo. Existem ainda as películas transparentes com efeito fosco, para manter a cor original do carro.
– Estilo vintage – Para os apaixonados por carros antigos ou adeptos do estilo vintage, há opções de películas que resgatam as cores originais e dão um visual diferenciado para quem gosta de tons em pastel.
Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), é permitido que o veículo tenha até 50% de sua cor externa alterada. Caso o proprietário queira ultrapassar esse limite, é necessário mudar o documento de licenciamento.
Por Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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