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Para demonstrar o potencial de desempenho da propulsão elétrica, foi apresentado nos Estados Unidos o Mustang Mach-E 1400, desenvolvido pela Ford Performance em parceria com a RTR Vehicles. Seguindo os passos do Mustang Cobra Jet 1400 elétrico, o Mach-E 1400 deve gerar mais de 1.400 cavalos de potência com seus sete motores e bateria de ultra-alto desempenho. Além de estrear em breve na Nascar – a principal categoria automobilística norte-americana –, ele está pronto para competir em qualquer tipo de pista, incluindo Arrancada e Drifting (prova em que os carros derrapam propositalmente nas quatro rodas nas curvas). O Mustang Mach-E 1400 serve ainda como banco de ensaio para novos materiais. O capô é feito de um composto de fibras orgânicas, uma opção leve à fibra de carbono usada no restante do veículo. “Agora é o momento perfeito para aproveitar a tecnologia elétrica, aprender com ela e aplicá-la à nossa linha. O Mach-E será divertido de se dirigir, como todos os outros Mustang, mas é completamente insano, graças aos esforços da Ford Performance e da RTR”, garante Ron Heiser, engenheiro-chefe do programa Mustang Mach-E.

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O Mach-E 1400 conta com sete propulsores – cinco a mais em comparação ao Mach-E GT. Três são acoplados ao diferencial dianteiro e quatro à traseira, no estilo panqueca, com um único eixo de transmissão. Esse conjunto permite ajustar o carro para todo tipo de prova, desde Drifting e Arrancada a corridas de alta velocidade. “Ficar ao volante deste carro mudou completamente a minha perspectiva do que pode ser potência e torque. Essa experiência é diferente de tudo que já tenha imaginado, exceto talvez uma montanha-russa magnética” resumiu Vaughn Gittin Jr., de 39 anos, piloto vitorioso e fundador da RTR Vehicles.

O chassi e o trem de força do Mach-E 1400 são configurados para testar diferentes “layouts” e seus efeitos no consumo e desempenho, incluindo tração traseira, dianteira ou nas quatro rodas. A potência pode ser direcionada totalmente para a frente ou à traseira, ou dividida. A “downforce” (força aerodinâmica de cima para baixo sobre o carro) é de mais de uma tonelada a 270 km/h. A bateria de 56,8 kWh é composta por células de níquel-manganês-cobalto, para o desempenho e a alta taxa de descarga. Durante o carregamento, a bateria é resfriada por um líquido dielétrico.

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De acordo com a engenharia da Ford Performance, um impulsionador eletrônico de freio permite que a frenagem regenerativa seja combinada com o ABS e o controle de estabilidade para aumentar a capacidade de parar o “bólido”. O Mach-E 1400 tem freios Brembo, como o Mustang GT4 de competição, e um freio de mão hidráulico projetado para drifting, que permite desligar a energia dos motores traseiros. A Ford está investindo mais de US$ 11,5 bilhões em veículos elétricos em todo o mundo, incluindo o Mustang Mach-E, que chega ao mercado norte-americano no final deste ano. “O desafio era controlar os níveis extremos de potência fornecidos pelos sete motores. O Mustang Mach-E 1400 é uma vitrine do que um veículo elétrico pode fazer”, orgulha-se Mark Rushbrook, diretor de Motorsport da Ford Performance.

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Embora a Ford Performance não dê maiores explicações, o único desafio que o Mustang 100% elétrico não está apto para encarar é o campeonato da Nascar, pois a categoria stock car norte-americana é disputada por veículos com motor a combustão. Para isso, a Nascar teria de alterar seus regulamentos de forma profunda.

Por: Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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