A experiência de subir em uma motocicleta pela primeira vez é arrebatadora. É a porta para um novo mundo, recheado de possibilidades, misto entre liberdade e mobilidade. Mas é preciso conhecer o veículo, saber cuidar de sua manutenção e tudo que envolve este “mundo moto” – que, infelizmente, teve seu potencial de lazer um tanto atrapalhado em função da pandemia do coronavírus.
Basicamente, as motocicletas são formadas por duas partes distintas: a mecânica (motor, transmissão e câmbio) e a ciclística (rodas, conjuntos de suspensão e freios). O conjunto mecânico é responsável por gerar o movimento da parte ciclística. Uma vez em ação, a parte ciclística fica responsável por ‘gerenciar’ o equilíbrio, a absorção de impactos, a direção e a frenagem.
Conjunto mecânico
O propulsor é o coração da motocicleta. Sem ele, a moto não funciona. Um motor pode ter diversas configurações, cabendo à fabricante definir o tipo mais adequado de acordo com a proposta do modelo. Motos de baixa cilindrada costumam usar motores de um cilindro, sendo que modelos com características esportivas, três ou quatro cilindros. Outro aspecto importante é a chamada Capacidade Cúbica de um motor, ou popularmente “cilindrada”. Ou seja, o tamanho da câmara de combustão, onde o pistão trabalha. No mercado brasileiro, existem modelos com motores de 50 cc a 2.300 cc.
A transmissão é responsável por transformar e enviar a energia gerada pelo motor à roda de tração. O câmbio transforma a energia de acordo com a necessidade do condutor, com mais força ou velocidade. O pedal de câmbio fica no lado esquerdo da moto. Por fim, a energia é transferida para a roda traseira por meio de um conjunto composto por pinhão (junto ao motor), corrente e coroa. Em alguns modelos, essa transferência pode ocorrer por eixo-cardã, sistema de transmissão bastante usado em caminhões, com baixa manutenção. Também fazem parte do conjunto mecânico o sistema elétrico, composto por bateria, gerador e ignição.
Parte ciclística
É o conjunto de reações das diversas partes que compõem a dinâmica da motocicleta. Juntamente com um bom motor, todos os demais componentes precisam estar em sintonia com um bom conjunto ciclístico. Uma ciclística equilibrada começa com um bom chassi, funcionando como o ‘esqueleto’ que mantém a moto de pé. As suspensões são como as ‘articulações’ do corpo humano, pois ajudam a equilibrar os movimentos para uma pilotagem confortável e segura. Bons freios servem para ajudar a parar com segurança. E bons pneus são fundamentais para passar a confiança de sempre manter o contato com o piso da forma segura. (com consultoria técnica de Hayato Ikejiri)
Por: Aldo Tizzani, do “MinutoMotor” especial para a AutoMotrix – Fotos: Divulgação
Veja Também: