Saindo da linha
A Volkswagen deu início à produção do Nivus na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O primeiro modelo da empresa desenvolvido no Brasil e que será produzido e comercializado no mercado europeu estreia a nova central de infoentretenimento VW Play. “Damos início à produção do Nivus e somos os primeiros do Grupo Volkswagen a desenvolver um projeto totalmente digital. Com isso, diminuímos o tempo do projeto em dez meses, ao fazer testes e validações virtualmente. Tornamos os processos mais eficazes e com significativa redução de custos”, enfatiza Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen para a América Latina. A fábrica Anchieta já produz o Polo e o Virtus em sua Estratégia Modular MQB. Investimentos na linha de produção, que estão inseridos no ciclo de R$ 7 bilhões já anunciados, contemplam principalmente novas instalações como na área de armação. Foram adquiridos quatrocentos e dezenove novos equipamentos, noventa robôs com a tecnologia VASS6, alinhada com a indústria 4.0 com maior precisão e segurança, e ampliação de mais de 24 mil metros quadrados de área, totalizando cerca de 105 mil metros quadrados. O Nivus produzido no Brasil será exportado para países da América Latina. Em 2021, será fabricado também em Pamplona, na Espanha. Cerca de trinta pessoas da equipe espanhola da Volkswagen estão envolvidas no projeto e parte delas têm visitado as instalações no Brasil para conhecer de perto o Nivus como experiência para fabricação na Europa.
Conectividade da hora
Sucesso de vendas desde que foi lançada no Brasil, há quatro anos, a Fiat Toro tinha a proposta de inaugurar o conceito de SUP (Sport Utility Pick-up) ao combinar a força e a robustez das picapes com o conforto e a dirigibilidade dos SUVs. Em sua versão 2021, o modelo traz novidades em sua linha fortalecendo atributos de conectividade, funcionalidade e segurança. A principal novidade é a central multimídia UConnect 7 polegadas. Com uma tela sensível ao toque, traz recursos como conexão ao Apple CarPlay e ao Android Auto com projeção sem fio (wireless). Com alta definição de 1280 x 768 pixels, o sistema funciona com uma CPU de 2.100 GHz para rápido processamento de dados. Com memória interna de 16 GB para armazenamento de informações, trabalha com memória RAM de 2 GB. O sistema foi totalmente desenvolvido pela Fiat, tornando mais práticas as funções dos smartphones. A linha completa da família Toro é composta pelas versões Endurance 1.8 Flex MT5 (R$ 99.990), Endurance 1.8 Flex AT6 (R$ 105.990), Freedom 1.8 Flex AT6 (R$ 117.990), Endurance 2.0 Diesel AT9 4×4 (R$ 137.990), Freedom 2.0 Diesel AT9 4×4 (R$ 149.990), Volcano 2.0 Diesel AT9 4×4 (R$ 162.690), Ranch 2.0 Diesel AT9 4×4 (R$ 169.990) e Ultra 2.0 Diesel AT9 4×4 (R$ 171.990).
Pé no freio
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou as novas perspectivas para o fechamento de vendas de 2020, com uma queda de 40% para o conjunto composto por automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos. No cenário apresentado por Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade que representa as fabricantes, o total de licenciamentos ao final do ano será de 1,675 milhão de veículos. Em 2019, foram vendidas 2,78 milhões de unidades. “A queda impressiona, e é ainda mais grave na comparação com o resultado de 3,05 milhões que havíamos projetado no início do ano, configurando um tombo de 45%”, ressaltou Moraes. As vendas de automóveis tendem a ser as mais prejudicadas pela crise econômica originada pela pandemia do coronavírus. Caminhões deverão cair menos por conta de alguns setores que estão demandando maior nível de transporte, sobretudo o de agronegócio. Segundo Moraes, ainda não é possível de se projetar com maior precisão a queda na produção, pois ela também depende do cenário das exportações, que continua nebuloso. Os resultados de maio foram melhores que os de abril, não chegando a configurar uma boa notícia, pois no mês anterior foi o de paralisação quase completa das fábricas e das concessionárias em todo o país. “Embora junho sinalize algum retorno mais efetivo às atividades, teremos sem dúvida o pior trimestre da história do setor automotivo. Resta esperar por uma reação no segundo semestre capaz de evitar maiores danos à cadeia automotiva”, concluiu o presidente da Anfavea.
No quintal do vizinho
Surgida em 2018, a jovem Caoa Chery deu o pontapé inicial nas suas exportações para o Mercosul. Na primeira fase, foram enviadas dez unidades do Tiggo 2 para o Paraguai. O modelo foi escolhido por atender às exigências do consumidor daquele país, que deseja carros com design atraente, boa dirigibilidade, custo-benefício adequado e por atender às legislações veiculares estabelecidas pelo governo paraguaio. Desde a criação da marca, a empresa estabeleceu como meta ser um polo exportador de veículos para o Mercosul. “Atualmente, estamos bem estruturados para colocar essa estratégia em ação. Vale destacar que a Chery está presente no Paraguai há muitos anos, mas essa é a primeira vez que a nova marca exporta para o país”, afirma Marcio Alfonso, CEO da Caoa Chery. De acordo com o executivo, a expectativa é aumentar gradativamente o número de modelos exportados e chegar a outros países do Mercosul e da América Latina. “O objetivo é ampliar nossa presença em outros países ainda em 2020 e criar assim um perfil exportador para nossa marca”, conclui Alfonso. O Tiggo 2 é equipado com motor 1.5 Flex, com opções de câmbio manual ou automático, nas versões Look e ACT.
Marketing para o “novo normal”
Com condições criadas especialmente para que o cliente possa comprar um carro novo com tranquilidade neste cenário econômico difícil provocado pela pandemia do coronavírus, a Ford lançou um estratégia inédita. O novo plano inclui, após a entrada, noventa dias de carência para o início do pagamento das prestações, cujo valor é reduzido à metade até dezembro de 2021. A entrada corresponde a 50% do preço do veículo e o prazo total do contrato é de quarenta e oito meses. Todas as versões das linhas Ka hatch e sedã, EcoSport e Ranger estão disponíveis na nova modalidade. “Este novo plano foi criado pensando no cliente que precisa de um veículo nesse momento sem precedentes. A ideia é ajudar o consumidor a comprar seu veículo com um menor impacto financeiro”, explica Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais. Um exemplo de negócio é o Ka 1.0 S, que custa R$ 45.990, com entrada de R$ 22.995. As prestações são de R$ 399 e só começam a ser pagas após três meses, mantendo o mesmo valor até dezembro de 2021. A partir de janeiro de 2022, a parcela passa a ser de R$ 799.
Ajustes discretos
Graças à conectividade oferecida por novas tecnologias, é possível viver uma genuína experiência Jeep ainda antes de entrar no veículo. Esse é o mote da campanha de lançamento do novo Compass, produzido na fábrica da FCA em Melfi, no sul de Itália, para servir os clientes italianos e europeus. Com o espírito da Jeep “Go Anywhere, Do Anything” (vá a qualquer lugar, faça qualquer coisa), o Compass passa a contar com novas tecnologias de infoentretenimento e propulsão. Produzido no México, no Brasil, na China, na Índia e agora também na Itália, o Compass – acompanhado ainda pela versão eletrificada 4xe, a ser lançada em breve – é um modelo mundial. O motor a gasolina de quatro cilindros 1.3 turbo que alimenta o Compass feito em Melfi se insere na nova família Global Small Engine da FCA, lançada em meados de 2018 no Renegade. O motor é baseado em uma estrutura modular e está disponível no Compass na configuração de quatro cilindros com opção entre dois níveis de potência: 130 cavalos com câmbio manual de 6 velocidades ou 150 cavalos com transmissão de dupla embreagem, com tração dianteira nas duas versões. O Compass produzido na Itália oferece conectividade de vanguarda. Os novos Uconnect Services têm uma série de funcionalidades, incluindo app móvel My Uconnect, relógio inteligente, website, botões de controle das luzes internas do carro e rádio, com tela de 7 ou 8,4 polegadas. Esteticamente, o Compass italiano tem poucas mudanças.
Olho no radiador
Ausente apenas nos motores refrigerados a ar, especialmente no lendário Fusca, o radiador de água está presente nos veículos desde o início da indústria automotiva e na maioria dos carros. No entanto, pouco a pouco, as pessoas estão deixando de prestar a devida atenção em seu funcionamento e na sua manutenção, principalmente quando o reservatório passou a fazer parte de um sistema de arrefecimento selado, bem diferente dos antigos radiadores, compostos por latão com caixa de metal. Mas quando as peças mais sofisticados de hoje dão problema, o conserto é bem caro. Em todos os tipos de radiadores, existe um pecado capital que, por isso mesmo, jamais deve ser cometido: para completar o nível de água, o motor deve estar frio. Se a água for reposta – como costuma ser oferecida nos postos de combustíveis – com o propulsor quente, existe a possibilidade bem grande de haver um choque térmico, causando graves problemas ao motor. A manutenção básica do radiador é a checagem periódica do nível do líquido de arrefecimento, formado por água desmineralizada e um aditivo que aumenta o ponto de ebulição e protege o selo da bomba d’água. Tudo tem de funcionar perfeitamente, pois um simples vazamento pode fundir o motor. O recomendável é se fazer a checagem do nível a cada quinze dias nos veículos com mais anos de rodagem. Nos carros mais novos, o sistema de arrefecimento é fechado e não admite variações. Se houver, é porque deve ter vazamento. O ideal então é que um mecânico faça testes para descobrir por onde o líquido está escapando. As braçadeiras podem não estar bem fixadas ou as mangueiras podem apresentar furos ou rachaduras.
Por: Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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