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Pandemia da economia

       A desaceleração do mercado de caminhões e ônibus na Europa devido aos efeitos iniciais da pandemia global do novo coronavírus aparece claramente no balanço do Grupo Traton – que reúne as marcas Scania, Volkswagen Caminhões e Ônibus e MAN. O grupo registrou quedas nas vendas unitárias, na receita de vendas e no lucro operacional nos primeiros três meses de 2020 e agora se prepara para a reabertura gradual de suas unidades industriais. As vendas unitárias das três marcas diminuíram em 20%, dos 57.200 do primeiro trimestre do ano anterior para 46 mil nos três primeiros meses de 2020. Nas vendas de caminhões, que tiveram queda de 21%, o declínio foi mais acentuado do que nos ônibus, em que foi registrada uma redução de 4% nas vendas. “Os efeitos da pandemia do coronavírus estão afetando fortemente a economia como um todo. O que a Europa precisa agora é de incentivos ao investimento para a modernização das frotas de caminhões com tecnologias mais sustentáveis, como forma de superar a crise nesse setor crítico para o sistema”, acredita Andreas Renschler, CEO da Traton e membro do Conselho Administrativo na Volkswagen AG.

O poder do grafeno

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       Isolado pela primeira vez em 2004 na Inglaterra, pelos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov, em pesquisa que ganhou o Prêmio Nobel de Física em 2010, o grafeno é o material mais leve e forte do mundo, sendo duzentas vezes mais resistente em comparação ao aço. Maleável, resistente ao impacto e à flexão, é um bom condutor térmico e elétrico. Não por acaso, a encarroçadora gaúcha Marcopolo pretende, até o final deste ano, iniciar testes com a aplicação do grafeno em novos componentes de ônibus. O objetivo é reduzir o peso total do veículo e ampliar e garantir a resistência estrutural, com a possibilidade de utilização e introdução em veículos de motorização 100% elétrica ou híbrida que está ocorrendo na indústria automotiva mundial. “Firmamos uma parceria com a Universidade de Caxias do Sul para o desenvolvimento do material e produção local em escala industrial. Já iniciamos os testes de ensaios químicos, térmicos e mecânicos, além de testes acelerados de durabilidade em dispositivos que garantem a durabilidade e confiabilidade do produto, representando as condições de utilização de nossos clientes. Deveremos iniciar testes no campo de provas ainda no segundo semestre deste ano, para apresentar novidades ao mercado em 2021”, prevê Luciano Resner, diretor de Engenharia da Marcopolo.

Força nos rodoviários

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       Para atender às demandas dos clientes, a Mercedes-Benz traz um pacote de novidades para sua linha O 500 de ônibus rodoviários. O portfólio ganha novos itens voltados ao desempenho, à economia e à eficiência dos veículos no transporte de passageiros, assim como para a segurança ativa nas estradas. “Desenvolvemos uma versão de 430 cavalos do motor OM 457 LA da linha O 500, reconhecido no mercado pela boa performance e pelo baixo consumo de combustível. Esse motor passa a ser o mais potente da nossa marca para ônibus no país”, explica Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. O aumento de potência do motor OM 457 LA deve-se a uma nova parametrização dos módulos eletrônicos, com novas curvas de potência e de torque. Com o novo motor, a Mercedes traz para o mercado os inéditos modelos O 500 RSD 2443 6×2 e O 500 RSDD 2743 8×2. “O mercado estava solicitando um ônibus mais potente, especialmente para carroçarias DD (Double Decker) e HD (High Decker) de 14 e de 15 metros. E nós temos outro lançamento para o segmento rodoviário, o O 500 RS com PBT de 19.600 quilos, que permite a instalação de carroçarias de 14 metros, atendendo à nova legislação do Contran”, informa Barbosa. Outra grande novidade da marca para o segmento rodoviário está voltada ao O 500 RSDD, que se torna o primeiro ônibus rodoviário 8×2 do mercado brasileiro a vir equipado com piloto automático adaptativo (ACC), sistema de frenagem de emergência (AEBS) e sistema de aviso de faixa (LDWS) como itens de série. Essas tecnologias, já conhecidas e disponíveis para outros modelos da linha O 500, podem ser requisitadas pelos clientes também em ônibus com freio a tambor.

Urbanos tecnológicos

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       Curitiba é considerada a origem do BRT (do inglês Bus Rapid Transit, ou Sistema de Ônibus Rápidos), conceito surgido na capital paranaense nos anos 70 e que utiliza os coletivos em corredores exclusivos, com embarques em nível e bilhetagem pré-paga para dar mais fluidez ao transporte de passageiros. Atualmente, o sistema de transporte de Curitiba transporta 1,23 milhão de pessoas diárias, em mais de 14,1 mil viagens por dia. Divididos entre duzentas e cinquenta e quatro linhas, os 1.250 ônibus da cidade percorrem uma média diária de 273 mil quilômetros. Nos últimos quatro anos, o sistema recebeu quinhentos e dezessete novos ônibus, completando a renovação projetada pela atual administração municipal. Nas entregas de 2020, mais uma vez a Volvo foi uma das principais fornecedoras de veículos para o sistema de transporte da cidade. Os quarenta novos Volvo de Curitiba são divididos em seis unidades do B340M biarticulado, treze do B340M articulado, dezesseis do B250R padron e cinco B270F convencionais. Produzidos na fábrica da marca sueca na Cidade Industrial de Curitiba, os ônibus biarticulados, articulados e padron da Volvo contam com itens como sistema de freios eletrônicos a disco e ABS, controle eletrônico de aceleração e sistema automático de nivelamento da suspensão a ar, entre outros. Os ônibus estão habilitados para ativação do Controle Automático de Velocidade, sistema que utiliza conectividade GPS para reduzir automaticamente a velocidade dos ônibus em áreas críticas como terminais e perto de escolas ou hospitais.

Por: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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