Olhar esperto
Com uma câmera instalada no para-brisa, o Mobileye chega ao Brasil com uma promessa ousada – reduzir em até 90% a possibilidade de colisão. Com tecnologia israelense, o Mobileye funciona como um “terceiro olho” na condução de veículos e emite alertas visuais e sonoros. Por meio de uma câmera, o dispositivo consegue identificar formas, veículos, pedestres e texturas, como marcações de faixa e placas de sinalização de trânsito. Os dados internos e externos são interpretados em milésimos de segundo e o visor do Mobileye envia sinais de alerta ao calcular potenciais riscos. Ao receber o aviso, o motorista ganha um tempo de reação, para poder diminuir a velocidade, frear ou desviar do obstáculo. Com tecnologia de inteligência artificial, o Mobileye pode ser utilizado na maioria dos automóveis novos e usados. Segundo o fabricante, o dispositivo inibe através de sinais sonoros a desatenção por uso indevido do celular ao volante e “enxerga” placas e sinalização que o olho humano não consegue perceber, por exemplo. “O equipamento custa atualmente R$ 4 mil, já instalado. Foi pleiteada a redução dos impostos para o dispositivo, o que poderia viabilizar a instalação na frota já existente e não só nos modelos mais luxuosos. Com a redução de preços gerada pela redução na tributação, até mesmo os motoristas de aplicativos, como Uber e táxis, teriam acesso, gerando uma maior segurança para os passageiros”, destaca Celso Gitelman, CEO da FFTech, representante exclusivo da Mobileye no Brasil. Mais informações estão disponíveis no site www.fftechbr.com.br ou pelo telefone (11) 5085-5400.
A cruzada
Para tentar diminuir o impacto da pandemia do novo coronavírus no Brasil, a maior parte das montadoras anunciou na última quinzena paralisações ou férias coletivas em suas instalações. Dando continuação ao combate da doença surgida na China, algumas fabricantes revelaram novas medidas. A Renault do Brasil está desenvolvendo uma série de ações em colaboração com o SUS para ajudar a reduzir os riscos do Covid-19, seja por meio da prevenção de novos casos ou do auxílio no tratamento de pessoas já infectadas. A marca francesa anunciou também a extensão do prazo para as revisões programadas, que garantem a manutenção do período de garantia do veículo. Todas as revisões que venceram a partir do dia 10 de março podem ser feitas até 30 de abril. A General Motors está atuando junto às autoridades, ao Ministério da Economia, ao Senai, à Abeclin (Associação Brasileira de Engenharia Clínica) e a outras montadoras para unir uma força-tarefa no conserto de todos os respiradores que não estão funcionando no Brasil. Até o momento, já foram mapeados mais de 3 mil respiradores fora de operação. O objetivo é consertar 100% dos aparelhos utilizando a mão de obra técnica voluntária treinada pelo Senai e depois levá-lo ao hospital de origem para ser usado no combate ao coronavírus. A Volkswagen do Brasil está doando 2 mil máscaras de proteção 3M PFF-2 (S) para as quatro cidades onde tem suas operações: São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR). A marca alemã comunicou ainda a extensão da paralisação nas fábricas até o final de abril. A Caoa Chery estreou na semana passada uma nova forma de comercialização dos seus veículos no Brasil. O cliente será atendido em sua residência por um vendedor autorizado e terá possibilidade de fazer o test-drive do veículo, agendando a programação pelo telefone 0800 772 4379. Os profissionais da marca seguem procedimentos extras de higiene, recomendações e orientações do Ministério da Saúde, garantindo a segurança dos clientes. A Peugeot do Brasil aumentou os prazos do plano de revisões e manutenções de todos os veículos em garantia. Os clientes terão mais três meses ou 3 mil quilômetros rodados, contando a partir de 17 de março.
Ruas mais vazias
A pandemia causada pelo novo coronavírus transformou o dia a dia do brasileiro, inclusive no que se refere à mobilidade. De acordo com dados do Vehicle Artificial Intelligence (VAI), sistema de conectividade automotiva, o tempo gasto no carro por dia caiu 50,35% de 18 de março a 23 de março, na comparação com a primeira semana do mês. O número de viagens por veículo foi reduzido em 41,39%. Conforme a Wings, empresa brasileira desenvolvedora de tecnologias automotivas e criadora do VAI, ao todo, a média de viagens por carro na última semana foi de 4,02. Na semana anterior, de 10 a 17 de março, quando surgiram as primeiras orientações dos órgãos públicos em relação ao isolamento social e as primeiras medidas de corporações relacionadas ao trabalho remoto e à licença de empregados, a média de viagens por carro foi de 5,97. De 3 a 10 de março, período anterior às medidas contra a pandemia, a média foi de 6,86. Os números são referentes a uma frota de 1.435 veículos conectados ao VAI, em todos os estados brasileiros.
Calçando o 4×4
Os brasileiros apaixonados pelo off-road têm agora à disposição a experiência e a tecnologia da Falken. Criada no Japão, a marca pertencente à Sumitomo Rubber do Brasil traz para o mercado nacional o pneu Wildpeak M/T 01. Com forte presença nos mercados europeu e norte-americano, a Falken é reconhecida pelo foco em produtos de alto desempenho, principalmente nos segmentos UHP (Ultra High Performance), LT (Light Truck), vans e utilitários. Destinado para aplicação off-road, o Wildpeak M/T 01 foi especialmente desenvolvido para veículos 4×4. O pneu tem a tecnologia Duraspec, composta por três lonas de carcaça na lateral, desenvolvida para suportar as condições off-road mais severas, contando ainda com duas viradas altas de lona de carcaça que fornecem proteção adicional e maior durabilidade ao composto. Segundo a Falken, o Wildpeak M/T 01 tem também blocos reforçados na parte superior da lateral, garantindo tração adicional em condições de baixa pressão no uso off-road, off-camber (forte inclinação de terreno), e bom desempenho em estradas pavimentadas graças ao desenho da banda de rodagem e à tecnologia de fabricação de alta precisão.
Híbrido conectado
Além de já ter vendido mais de 3 mil unidades no mundo desde seu lançamento, em maio do ano passado, o RAV4 Hybrid chega ao Brasil oferecendo mais conectividade. A Toyota incorpora às duas versões destinadas ao país espelhamento com Android Auto e Apple CarPlay. Com interface simples e intuitiva, é possível aproveitar os principais aplicativos de um smartphone e utilizá-los no painel do veículo, como o Google Maps, o Waze, o Spotify, o Apple Music, o WhatsApp e funções de ligação e mensagens de texto originais de cada sistema. O RAV4 Hybrid 2020 oferece sistema de áudio com tela LCD sensível ao toque combinada ao painel de instrumentos de TFT, ambas de 7 polegadas, acionamento e desligamento do motor por botão (Engine Start/Stop Button), sistema de entrada inteligente (Smart Entry System), rodas de liga leve de 18 polegadas e controle de climatização digital automático dual zone com saída para os bancos traseiros. O RAV4 Hybrid está no Brasil com as configurações S Connect, a R$ 193.990, e SX Connect, a R$ 213.990.
Poder seminovo
Para contraria duas regras do setor automotivo – “carro zero-quilômetro vale mais do que usado”e“os seminovos continuam perdendo valor de mercado com o tempo” –, a Wish Motors, revenda de carros de luxo seminovos da capital paulista, oferece modelos da Porsche que praticamente não se desvalorizam. Por exemplo, um Boxster 2017 à venda na Wish por R$ 320 mil, custa R$ 360 mil no modelo zero-quilômetro na concessionária. Outro é um Cayman, que teve inclusive ágio no seminovo: custou R$ 404 mil na concessionária e está sendo oferecido por R$ 439 mil na Wish. “Se olharmos um 911 antigo e um novo, são muito parecidos. Sabemos o modelo, mas não sabemos o ano. O Porsche é um caso atípico do mercado de seminovos. Com fila de espera de até oito meses nas concessionárias, o seminovo tem entrega imediata e demanda grande”, destaca Pietro Consolini, sócio-diretor da Wish Motors, de veículos superpremium. O design tradicional, com pouquíssimas variações, é ponto fundamental do “Fenômeno Porsche” nos seminovos. Já os clássicos, de coleção, são objetos de desejo dos apaixonados da marca e têm valores acima do mercado de novos por conta da exclusividade. Um Porsche 911 ano 1995 é vendido por R$ 600 mil, enquanto uma versão zero-quilômetro, vinte e cinco anos mais nova, sai por R$ 520 mil na revenda.
Dor de cabeça com o motor
Uma das dúvidas mais recorrentes entre os donos de veículos diz respeito à lavagem do motor. Essa prática, no entanto, não é recomendável, principalmente se a limpeza for feita com produtos químicos e jatos de água de alta pressão, que podem provocar a dobra das lâminas do radiador. Os veículos atuais têm vários conectores elétricos de sensores e atuadores do sistema de injeção eletrônica, que podem acumular água no caso de uma lavagem, especialmente em alta pressão, com risco de mau contato e até oxidação interna do conector, gerando problemas e falhas no funcionamento do motor. A projeção de água nos cabos de vela ou na ignição também não é aconselhável, pois resulta em fuga de corrente ao longo do cabo e do conector da vela. A utilização de agentes químicos para limpeza provoca reações e ressecamento em retentores do propulsor, mangueiras, correias, borrachas em geral e causa oxidação em determinados metais e conectores. O ideal para limpeza do motor é o uso de um pano úmido e, posteriormente, um seco para remover eventuais sujeiras que restaram.
Por: Daniel Dias/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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