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Em novembro de 2019, quando veio o lançamento do Mach-E, o novo utilitário esportivo elétrico derivado da família Mustang, muitos se surpreenderam com a ousadia da proposta. Afinal, o modelo incluiu elementos totalmente antagônicos à tradição do superesportivo da Ford. No entanto, ao longo dos seus cinquenta e cinco anos de trajetória, o “pony-car” sempre serviu de base para propostas ousadas, principalmente nas versões que só ficaram na prancheta dos projetistas ou em unidades tipo carro-conceito e não foram para a linha de produção.

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O Mustang foi apresentado ao público em 1964, em Nova York. Apesar de ter passado por grandes alterações ao longo dos anos, é a mais antiga linha de automóveis da Ford. O nome veio do caça norte-americano P-51 Mustang, que se inspirou na única raça de cavalo selvagem do país. Foi o primeiro “muscle car” da história, sendo seguido depois por modelos claramente “copiados” dele, como o seu mais forte concorrente, o Chevrolet Camaro, surgido em 1967. Para marcar os cinquenta e cinco anos do Mustang, a Ford deu início a um projeto de divulgação de conceitos e protótipos do carro que não passaram da fase de estudo. Para chegar ao Mustang definitivo, os engenheiros construíram e testaram várias versões que tinham como objetivo ostentar o símbolo do cavalo em galope. No entanto, poucos deles realmente foram para as ruas.

Principais estudos da história do Mustang

Mustang Avanti (1962)

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Foi uma das primeiras apostas de como seria um esportivo pequeno para os padrões norte-americanos. Com apenas quatro lugares, o cupê rebaixado foi apenas um dos vários estudos de design avaliados até a direção da Ford aprovar a produção do Mustang. Embora a forma final do Avanti não tenha sido a escolhida, o seu teto “fastback” foi adotado no Mustang 1965 de produção.

Mustang quatro portas (1965)

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O Mustang original usou como ponto de partida a plataforma do compacto Falcon de duas portas. Uma versão de quatro portas do “pony-car” foi pensada como forma de completar essa ideia.

Mustang Allegro II (1967)

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Em 1967, os designers da Ford resolveram retomar um dos conceitos originais do projeto do Mustang de 1962, adotando uma nova proposta de forma e de nome. Tendo como base o cupê Avanti, toda a área envidraçada foi removida e substituída por um para-brisa baixo, de estilo “speedster”, com nova traseira e para-lamas em formato de asa. Como a Studebaker, empresa atualmente extinta, já tinha usado o nome Avanti em sua linha, o conceito retrabalhado foi chamado de Allegro II, remetendo a um dos primeiros estudos de design do carro.

Mustang Mach 2 (1966)

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O Mustang já batia recordes de vendas após o seu lançamento quando o chefe de design Gene Bordinat e a equipe de Veículos Especiais da Ford resolveram reformular o conceito Mach 2. O motor V8 Hi-Po 289 foi transferido da frente para trás dos bancos, estudo que serviu para a sua avaliação como um possível sucessor do Shelby Cobra. Mesmo com motor central, o Mach 2 manteve as proporções de frente longa e traseira curta que caracterizam o Mustang. O Mach 2 nunca foi levado adiante, sendo exposto somente em salões do setor da época.

Mustang Station Wagon Concept (1966)

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A versão de “perua” do Mustang foi na verdade uma apelação da Ford, seguindo o gosto popular norte-americano por carrões ou station wagons. O desenho do conceito ficou muito estranho, especialmente na traseira tipo rabecão. A station wagon tinha apenas duas portas, seguindo o estilo europeu da época.

Mustang Rambo (1990)

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No final dos anos 80, em plena febre dos heróis musculosos do cinema, a Ford estava desesperada para revitalizar o design do Mustang. Então, a equipe de finalizou o estilo do carro em dois tipos, um chamado de Arnold Schwarzenegger, o eterno Exterminador do Futuro, e o outro com o personagem de Sylvester Stallone vindo das selvas do Vietnã, o John Rambo. O design do último, com efeitos frenéticos e aparência musculosa, foi considerado hostil pela direção da Ford. Bud Magaldi, gerente de projetos da marca, descreveu o carro como uma coisa do tipo Batmóvel, muito agressivo e dramático. Como consequência, o projeto morreu na casca.

Por: Daniel Dias/Agência AutoMotrix – Fotos: Divulgação

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