Embalo inicial
Lançado há duas semanas, o Onix Plus, novo nome do Prisma, está movimentando as concessionárias Chevrolet de todo o país assim como o site da marca, que bateu recorde histórico de acessos. Apenas a página oficial do carro teve mais de 1,3 milhão de visitantes durante o período. “A procura pelo novo Onix Plus está sendo muito grande em nossos canais de vendas. Em outubro, de acordo com a curva de aceleração, a produção dobrará para 10 mil unidades, devendo reduzir o tempo de espera dos clientes que já reservaram o carro”, informa Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul. Os pedidos estão concentrados nos modelos mais completos, equipados com motor turbo e Wi-Fi, sendo que o montante planejado para o primeiro mês de produção inteiro já foi reservado em apenas duas semanas. O Onix Plus é produzido na unidade da GM de Gravataí (RS), que passou por uma profunda transformação para poder receber o modelo. As mudanças na linha de montagem ainda não terminaram, já que a segunda geração do Onix começa a ser produzida regularmente em novembro. Mesmo com o ritmo forte de aceleração, a expectativa é de que a fábrica consiga atingir sua capacidade plena de produção a partir de dezembro. Com a chegada dos novos modelos, o sedã Joy de entrada passa para a fábrica de São Caetano do Sul (SP). De lá, sairá com mudanças estéticas e começará a ser distribuído nas próximas semanas às concessionárias.
Aceleração contínua
A Caoa Chery encerrou setembro com mais um marco em sua história. Com 1.849 unidades comercializadas no mês, a montadora que está no mercado brasileiro há menos de dois anos atingiu a décima segunda colocação no ranking das fabricantes nacionais de veículos, ultrapassando a Peugeot e a Mitsubishi, estabelecidas há muitos anos no mercado. Com o crescimento, a nova marca finalizou setembro com “market share” de 0,83%, uma alta de 6,8% em relação a agosto e de 83% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de 2019, são 13.910 veículos comercializados, número 175% superior às vendas de janeiro a setembro do ano passado. “Temos muito o que comemorar. Em menos de dois anos de marca, temos acumulado números muito positivos, sempre com resultados superiores ou iguais ao da indústria. A consolidação da Caoa Chery na décima segunda posição no ranking das montadoras demonstra que o nosso plano de crescimento é sólido e nossos produtos estão alinhados às demandas do consumidor brasileiro”, afirma Márcio Alfonso, CEO da Caoa Chery. Entre os modelos, o Tiggo 5X segue sendo o veículo mais vendido da marca no país. O SUV, que teve 739 unidades emplacadas em setembro, registrou seu recorde no período, superando a marca de 698 unidades, atingida em maio. Os utilitários esportivos, integrantes da categoria de veículos que mais cresce no Brasil e no mundo, também são os destaques do portfólio. O Tiggo 2 encerrou o mês de setembro com 521 veículos vendidos, além do Tiggo 7 com 255 emplacamentos. O sedã Arrizo 5 fechou setembro com 191 unidades comercializadas.
Bravura do passado
Design autêntico, com linhas arrojadas e amplo espaço interno. Essa é a descrição que a Fiat fazia do Brava, hatchback lançado em setembro de 1999, exatos vinte anos atrás, com o slogan “Pecado é não ter um”. Além do visual mais arredondado, exibia conjuntos ópticos muito característicos, com faróis estreitos e lanternas divididas em três partes, uma ousadia até nos dias de hoje. Por dentro, o Brava também surpreendia. Com bom aproveitamento do espaço, o modelo tinha painel bem desenhado, com comandos de som e climatização incorporados, o que melhorava a ergonomia, garantindo mais conforto e ajudando até no prazer de dirigir. A inovação acompanhava o Brava já no momento da compra, pois foi o primeiro Fiat brasileiro a ser vendido na internet, passo importante para as relações com o cliente. O preço e o custo-benefício eram bons atrativos do modelo, que recebia o motor 1.6 de 16 válvulas do Palio, com 106 cavalos de potência e 15,1 kgfm de torque. No ano seguinte, o hatch ganhava uma versão esportiva, a HGT, inaugurando essa sigla entre os Fiat no país. Um Brava mais “brabo”, com propulsor 1.8 de 132 cavalos e 16,7 kgfm. Outros diferenciais eram o defletor traseiro, as rodas de 15 polegadas e o interior revestido de tecido especial. O Brava HGT contava ainda com suspensão recalibrada, mais firme, para melhor o comportamento dinâmico. O modelo foi comercializado em vários países, até no Japão, onde foi rebatizado de Bravíssima, porque já havia outro modelo com o nome por lá. Totalizando 43 mil unidades, o Brava foi produzido no Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG), até 2003. O Brava, na prática, o hatch do Marea, acabou abrindo caminho para o Stilo que, por sua vez, foi seguido do Bravo, espaço ocupado agora pelo Argo.
Compartilhar é preciso
A Renault acaba de fazer o lançamento do Projeto VEM DF (Veículo para Eletromobilidade), em cerimônia realizada no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. O VEM DF é um projeto-piloto promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial em parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e o Governo do Distrito Federal. O projeto é pioneiro no uso compartilhado de veículos elétricos para frotas públicas e disponibilizará dezesseis Renault Twizy em formato de “carsharing” para uso pelos servidores públicos. “Para a Renault, é um grande privilégio participar do lançamento deste importante projeto. O VEM DF certamente será referência em eletromobilidade no Brasil”, comemora Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil. Para o início do projeto, o VEM terá uma rota restrita à Esplanada dos Ministérios e às sedes dos órgãos da administração do DF. Dois carros já estão habilitados para fazer o transporte de servidores, e até o final do ano, os demais receberão a instalação do software para serem integrados à frota. O aplicativo escolhido para fazer a gestão do projeto será o Mobi-e, desenvolvido pelo PTI e utilizado em um programa de compartilhamento de veículos interno de Itaipu, que envolve também o Twizy. O Mobi-e permite reservar os veículos disponíveis, acompanhar sua localização, monitorar a velocidade, a carga de bateria, as rotas percorridas e outras informações. O desbloqueio dos carros ocorre por meio dos cartões dos funcionários cadastrados no sistema. Para garantir o carregamento dos veículos, serão instalados por todo o Distrito Federal trinta e cinco eletropostos fabricados pela WEG. Os eletropostos serão gratuitos e de uso coletivo. A iniciativa visa a incentivar o uso dos veículos elétricos. No Brasil, a marca também desenvolve diversos projetos de mobilidade zero emissão. Em Fernando de Noronha, seis veículos 100% elétricos são usados pela administração e circulam pela ilha, sendo três Zoe, dois Twizy e um Kangoo Z.E. Em junho deste ano, Paulo Câmara, governador de Pernambuco, assinou um decreto válido a partir de 2022, que autorizará a entrada apenas de novos veículos 100% elétricos em Fernando de Noronha.
Números de setembro
Conforme dados oficiais da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), setembro teve alta de 9,07% na venda de carros e comerciais leves, os dois segmentos com maior volume sobre quatro rodas, com 223.240 emplacamentos. Em relação a agosto deste ano, houve queda de 3,24%. No acumulado do ano, os dois segmentos registraram 1.935.013 unidades comercializadas, representando um crescimento de 8,75% em comparação ao mesmo intervalo de 2018. No “Top Ten” dos modelos, a liderança permaneceu com o Chevrolet Onix (ainda na primeira geração, a segunda só chega ao mercado em novembro), com 21.044 unidades vendidas, seguido pelo companheiro de fábrica, o Prisma, com 8.946, pelo Renault Kwid (8.826), pelo Ford Ka (7.891), pelo Hyundai HB20 (7.145), pelo Volkswagen Gol (6.850), pela Fiat Strada (6.573), pelo Volkswagen Polo (6.282), pelo Jeep Renegade (6.082) e pelo Fiat Argo (5.730). Entre as fabricantes, a General Motors continuou em primeiro em setembro, com 40.836 carros vendidos e participação de mercado de 18,29%, à frente da Volkswagen (35.706 e 15,99%), da Fiat (30.029 e 13,45%), da Renault (22.951 e 10,28%), da Ford (18.007 e 8,07%), da Hyundai (16.364 e 7,33%), da Toyota (15.772 e 7,07%), da Jeep (10.660 e 4,78%), da Honda (10.651 e 4,77%) e da Nissan (8.453 e 3,79%). A alteração mais significativa no ranking foi a perda de posições pelo HB20, que caiu de segundo para o quinto lugar, provavelmente em virtude do desabastecimento ocasionado pela troca da geração do modelo.
Questões setoriais
Durante o relatório da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) nesta segunda-feira, dia 8 de outubro, Luiz Carlos Moraes, presidente empossado em abril deste ano, destacou a realização da Fenatran de 2019, de 14 a 18 de outubro, no São Paulo Expo, e as novidades do setor de pesados na maior feira do segmento rodoviário de cargas da América Latina. Quanto à produção de setembro, a indústria automotiva nacional fabricou 247 mil automóveis, em um crescimento de 10,9% ante o mesmo mês de 2018 e uma retração de 8,3% sobre agosto deste ano. No acumulado de janeiro a setembro, a produção foi de 2,26 milhões de unidades, alta de 2,9% em comparação a igual intervalo de 2018. As exportações em setembro foram de 36,6 mil unidades, em queda de 7,1% ante o mesmo mês de 2018, e de 0,2% sobre agosto deste ano, afetadas ainda pela crise econômica da Argentina. No acumulado de 2019, as exportações foram de 337,5 mil unidades, um tombo de 35,6% sobre o mesmo período do ano passado. A associação que representa as fabricantes instaladas no país revelou suas novas projeções para o fechamento ano, com expectativa de crescimento na produção e nas vendas no mercado interno. De acordo com a equipe econômica da entidade, as vendas no Brasil neste ano devem ter uma alta de 9,1% ante 2018. Moraes foi questionado sobre um tão aguardado incentivo do Governo Federal para os carros “verdes”. “A eletrificação automotiva ainda está em baixa no Brasil. Os preços são altos e não vejo com esperanças um incentivo oficial para ajudar nesta empreitada. As montadoras estão acompanhando o que está acontecendo lá fora no setor e estão trazendo veículos para experimentar o mercado daqui. Vejo, a curto prazo, as fabricantes investirem alto nos flex e no bicombustível, assim como nas tecnologias energéticas, de produção e de segurança, como prevê o Rota 2030”, respondeu Moraes à Agência AutoMotrix.
Ar saudável
As ondas de calor que já estão retornando ao Brasil no início da primavera recomendam o uso do ar-condicionado do carro ininterruptamente. No verão, a sensação térmica dentro do veículo pode ultrapassar os 5ºC em relação à temperatura externa. O sistema climatiza o interior do carro, impede a entrada de poeira e evita que os vidros fiquem embaçados nos dias de chuva. Entretanto, para que a eficiência do sistema seja total, é importante as manutenções periódicas, incluindo limpeza dos filtros e higienização, evitando até problemas respiratórios para os ocupantes. A falta de manutenção pode gerar alguns problemas no uso do ar-condicionado, como eficiência baixa. Se houver perda de gás, o proprietário deve eliminar o vazamento e preencher com a quantidade de gás exigida de acordo com cada modelo. As limpezas preventivas custam em média R$ 135, enquanto as corretivas giram em torno de R$ 250.
O preço da civilidade
No país em que a população reclama dos políticos mas muitas vez não dá o exemplo na sua vida do dia a dia, cometer pequenas ou grandes infrações no trânsito é uma lamentável rotina. Como, por exemplo, estacionar ilegalmente em vagas destinadas a idosos. As desculpas para esse tipo de infração são inúmeras, como uma possível pressa para se chegar a um determinado local. No entanto, quem acaba “pagando” é mesmo o idoso, que necessita estacionar seu veículo no lugar apropriado para seu deslocamento a pé. O mesmo ocorre, com iguais consequências, contra pessoas portadoras de deficiência e para grávidas. Porém, os infratores estão sujeitos à lei, com pagamento de multa de R$ 293,47, sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e retirada do veículo por meio de guincho autorizado pelo Detran. Para poder usufruir da vaga especial, a pessoa tem de ter idade a partir de sessenta anos e ter o Cartão de Estacionamento devidamente cadastrado, que deve ficar bem visível quando o carro estiver ocupando o lugar. Uma pessoa com menos de sessenta anos até pode estacionar na vaga, se estiver acompanhada do idoso com porte do cartão.
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