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O que é mais desafiador para uma montadora, começar um produto do zero ou aprimorar um projeto já inovador que se traduziu em um campeão de vendas? Desde 1980, a linha GS da BMW vem recebendo melhorias ao decorrer dos anos. Agora, a moto mais vendida no mundo pela marca alemã ganha uma nova geração de motor, com a chegada da R 1250 GS. O tradicional boxer ficou mais potente, torcudo, com maior capacidade cúbica e tecnologia traduzida adoção do controle variável de válvulas (ShiftCam). O sistema otimiza o desempenho do propulsor em qualquer tipo de piso. As bigtrails BMW R 1250 GS e BMW R 1250 GS Adventure – e suas derivações – Exclusive, HP ou com kit baixo (assento e suspensão) – tem preços sugeridos entre R$ 69.950 e R$ 96.950. Detalhe, a versão de entrada, a Sport, só chega em meados de setembro.

A linha GS, do alemão Gelände und Strasse – “terra e asfalto” em tradução livre – foi lançada em 1980 como a R 80 G/S, uma moto versátil para enfrentar qualquer tipo de desafio. Na sequência veio a versão R 80 GS Dakar, que estava pronta para enfrentar as areias do Rally Paris-Dakar. Em 1987 chegou a R 100 GS e 12 anos depois a R 1150 GS. Em 2004, a GS 1200 surge com propulsor de 1.170 cc e 110 cavalos de potência máxima. Com um histórico de glórias no Rally Dakar, hoje é a moto mais vendida da BMW em todo o mundo.

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A nova linha 1250 GS traz o novo propulsor boxer bicilíndrico, de oito válvulas e 1.254 cm³, capaz de desenvolver 136 cavalos de potência a 7.750 rpm e 14,6 kgfm de torque a 6.250 rpm — ante 125 cavalos de potência a 7.750 rpm, 12,7 kgfm de torque a 6.500 rpm e 1.170 cm³ do modelo anterior. Com a nova tecnologia ShiftCam, o motor ganhou maior capacidade de aceleração, elasticidade e mais torque em baixas rotações. Com a adoção de novo virabrequim, maior diâmetro do cilindro, curso mais longo, engrenagens dentadas no comando de válvulas e pesos balanceadores, é considerável a diminuição da vibração do propulsor, que é acompanhado do câmbio de seis marchas com embreagem hidráulica anti-deslizante, lubrificada a óleo.

A R 1250 GS Adventure é oferecida no pacote Premium, que traz, além dos itens de série, uma playlist de sistemas e equipamentos: controle de tração dinâmico (DTC); ajuste eletrônico da suspensão (ESA); farol em LED; sistema de partida sem chave (keyless); luz de posição diurna; assistente de troca de marchas pro; modos de pilotagem pro; preparação para GPS; protetor de escapamento cromado; manoplas aquecidas; controle de pressão dos pneus (RDC); controle eletrônico de velocidade; farol adicional e luzes de direção em leds; ABS pro e suporte para malas laterais em alumínio. Além disso, a marca conta com extensa lista de acessórios para as motos e equipamentos de segurança para motociclistas.

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Os preços sugeridos são R$ 69.950 para a R 1250 GS Sport, R$ 82.950 para a R 1250 GS Premium, R$ 83.950 para a R 1250 GS Premium kit baixo, R$ 95.950 para a R 1250 GSA Premium Exclusive ou HP e R$ 96.950 para a R 1250 GSA Premium kit baixo.

Impressões ao pilotar

Adventure premium

São Paulo/SP – Entre asfalto e terra, o teste com a GS percorreu cerca de 250 quilômetros pelo interior de São Paulo. A capacidade de fazer curvas, a linearidade do motor, aliado a ciclística acertada e aos controles eletrônicos em atuação, fica quase impossível o motociclista cometer um erro. A moto está pronta para corrigir qualquer ‘vacilo’ do piloto. A R 1250 GS é uma bigtrail com características para lá de esportivas e, ao mesmo tempo, tão fácil de conduzir no asfalto que parece uma Honda CG. Só que muitos quilos e cavalos a mais! Se na rodovia a moto sobra, na terra então, o modelo se transforma em um tanque de guerra.

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Cada um dos quatro modos de pilotagem – Rain, Road, Dynamic e Enduro – tem seu setup de ajuste de suspensão com regulagem eletrônica e podem ser selecionados por meio do punho esquerdo. Em função das largas pedaleiras, é possível pilotar a maior parte do tempo de pé. E aí o corpo, principalmente membros superiores e inferiores se ‘fundem’ com o sistema de suspensão da moto. Praticamente rodando no fora do asfalto com a terceira marcha engatada, os obstáculos se apresentavam como “mais uma motinho de terra”. A moto oferece muito controle, conforto e segurança.

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Outros destaques ficam conta da facilidade de troca de modos de pilotagem bastante intuitivo, cujo sistema atua na entrega de potência, controle de tração e ABS em curvas. Além disso, a moto conta com quick-shift bidirecional, que permite subir ou descer as marchas sem usar a embreagem (semelhante ao da nova Kawasaki Versys 1000). Já o assistente de partida em subida, que evita que a moto volte para trás, funciona perfeitamente. Para acionar é só “esmagar” o manete de freio que, automaticamente, a roda dianteira é travada. Ponto negativo para o parabrisa de ajuste manual. Um moto de quase R$ 100 mil merece que ter regulagem elétrica.

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