Sergio Soares/Agência AutoMotrix

No final do ano passado, a Honda apresentou o modelo 2019 da XRE 300, herdeira da dinastia de motos on-off-road inaugurada no Brasil em 1982, com a da XL 250R. Trazia duas novidades principais: iluminação totalmente em leds e as novas alças e o bagageiro em resina. Algumas mudanças estéticas também chamaram a atenção, começando pelo novo bico, menor e vazado, agora com aparentes duas garras. A capacidade do tanque de 13,8 litros permanece inalterada.

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Quase cinco quilos e meio mais leve que o modelo anterior, a moto veio com duas novas duas versões diferenciadas pelo grafismo – Rally e Adventure. Desde seu lançamento em 2009, a XRE 300 já vendeu quase 300 mil unidades e sempre se posicionou no “top 10” das motos mais vendidas do mercado brasileiro. Os preços públicos sugeridos da XRE 300 2019 são R$ 18.200 para as cores sólidas (prata e azul escuro) e R$ 18.690 para edições especiais, Rally (vermelha) e Adventure (verde fosco), com pintura e grafismos exclusivos.

Impressões ao pilotar

Ágil e esperta

Sergio Soares/Agência AutoMotrix

Rio de Janeiro/RJ – A versão testada da XRE 300, a Adventure, é uma moto leve e de aspecto moderno, com belos grafismos. O motor monocilíndrico quatro tempos, flex, resfriado a ar e com 291,6 cm³, é nervoso. As reações da moto tanto no trânsito da cidade quanto no campo surpreendem. Moderno e com injeção eletrônica PGM-FI, o motor entrega 25,6 cavalos com etanol. A retomada da velocidade é espantosa para um “powertrain” de tais dimensões. Não esquenta, mesmo quando enfrenta retenções e engarrafamentos no trânsito caótico das grandes cidades. No entanto, vibra um pouco, característica esperada de um monocilíndrico, ocasionando pequeno desconforto nos manetes e nos retrovisores, que distorcem a imagem a partir de 100 km/h. O nível de ruído também é elevado, principalmente em maiores rotações. As pedaleiras do piloto receberam amortecedores de borracha e, com isso, a vibração do motor nelas foi contida.

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O câmbio de 5 velocidades é leve e macio em todas as marchas. Porém, sente-se a falta de uma sexta marcha, especialmente na estrada, o que poderia proporcionar maior conforto ao piloto e, provavelmente, maior autonomia. O painel é 100% digital e quase completo. Tem velocímetro, com dígitos bem destacados, hodômetros total e dois parciais, indicador de nível do combustível, RPM, luzes espia, medidor do consumo médio e instantâneo de combustível e relógio. Mas poderia ter um indicador de quantos quilômetros faltam para o tanque entrar na reserva e, ainda, o indicador de marchas. A visibilidade do painel durante o dia é muito boa. No entanto, à noite não é fácil de se enxergar com clareza todas as informações disponíveis.

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A estabilidade da XRE 300 já é conhecida e continua preservada, apesar da altura do assento, o que eleva o centro de gravidade do conjunto moto e piloto. Manteve conforto e boa dirigibilidade mesmo enfrentando péssimas condições de asfalto e nas trilhas, incluindo locais de areia fofa. A moto está equipada com freios ABS em ambas as rodas, mas não é possível “desligá-lo” para uso off-road.

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As suspensões merecem destaque e entregam muito conforto e confiança em qualquer terreno. O assento dista do solo 86 centímetros, altura que pode não ser ideal para pilotos com menor estatura. Mesmo confortável, requer paradas para descanso a cada duas horas. A posição do piloto é agradável e permite o trânsito em locais bem acidentados, bastando erguer-se com facilidade do assento. Os joelhos não ficam muito flexionados e os braços repousam naturalmente no guidão. O carona conta com duas alças robustas, que dão a necessária segurança. Cabe ressaltar que o emagrecimento de 5,4 quilos proporcionou maior economia de combustível, melhor desempenho e maior autonomia. Durante o teste, rodando com gasolina e em circuito misto, asfalto e estradas de terra, a média obtida do medidor de consumo do painel durante todo o teste foi de surpreendentes 34 km/l.

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