Quarto de século
A Audi do Brasil completa neste ano uma data importante. São vinte e cinco anos de presença oficial da fabricante no Brasil, trazida por Ayrton Senna em 1994, um mês antes de sua morte, ocorrida no GP de San Marino, em maio, no circuito de Ímola. Para celebrar o jubileu de prata, a fabricante alemã apresenta ao mercado uma versão comemorativa do A3 sedã batizada de Prestige Plus 25 Anos. Produzido em São José dos Pinhais (PR), o modelo ícone da marca está em sua terceira geração e recebeu atualizações para essa edição especial, que contará com apenas seiscentas unidades. O veículo pode ser encontrado nas concessionárias com preço de R$ 149.990 mas, por tempo limitado, os clientes interessados terão condições especiais a partir de R$ 131.990. A versão conta com o motor 1.4 TFSI Flex produzido no Brasil, com 150 cavalos de potência e 26 kgfm de torque disponível a 1.500 rpm, associado ao câmbio automático Tiptronic de 6 marchas com possibilidade de trocas manuais em “paddles shifts” localizados atrás do volante. O conjunto pode levar o carro de zero a 100 km/h em 8,8 segundos e à velocidade máxima de 215 km/h. “Um marco tão especial como esse merece um veículo igualmente especial. Por isso, escolhemos o A3, primeiro modelo produzido pela Audi no Brasil e atualmente nosso carro mais vendido no país. É um grande orgulho anunciar essa nova versão desenvolvida unicamente para o nosso mercado. Para atender à forte demanda dos consumidores pelas diversas versões do A3 e também para a edição comemorativa, nossa expectativa é de dobrar a produção do modelo em 2019”, celebra Johannes Roscheck, presidente e CEO da Audi do Brasil.
Medalha de prata
Com quatro anos de operação, recentemente completados, o Polo Automotivo Jeep, em Pernambuco, conquistou a certificação Prata do World Class Manufacturing. Em 2016, a unidade do Grupo FCA tinha atingido o nível bronze com apenas um ano de funcionamento. “Em um curto período de tempo, inauguramos a fábrica mais moderna da FCA e conseguimos formar um time de excelência. Investimos em uma nova geração e o engajamento e a motivação dessa equipe são responsáveis pelo sucesso que alcançamos e pelo rápido crescimento profissional de todos”, destaca Pierluigi Astorino, comandante do Polo Automotivo Jeep. Com sistema de produção de classe mundial adotado em todas as fábricas da FCA no mundo, a unidade industrial pernambucana foi pensada com layout inovador, otimizado com fluxos de materiais e de produtos concebidos dentro dos mais elevados parâmetros. A gestão visa ao desenvolvimento do nível operativo por meio do combate ao desperdício, do desenvolvimento das pessoas e da utilização de métodos e ferramentas para eficiência máxima dos processos.
Híbridos de peso
Os novos Porsche Cayenne Turbo S E-Hybrid e Cayenne Turbo S E-Hybrid Coupé, as opções mais potentes de ambas as derivações do SUV, já estão disponíveis na Europa, sem previsão de desembarcarem no Brasil. As duas configurações herdam o “powertrain” do híbrido plug-in Panamera, que une um motor 4.0 V8 turbocomprimido de 550 cavalos a um elétrico de 136 cavalos, em um rendimento combinado de 680 cavalos e 91 kgfm de torque, associado a um câmbio automático Triptronic S de 8 velocidades. Com esse conjunto, os carros parcialmente “verdes” podem acelerar de zero a 100 km/h em apenas 3,8 segundos e atingir os 295 km/h. Ao mesmo tempo, a bateria de íons de lítio com 14,1 kWh de capacidade, instalada sob o porta-malas, permite aos veículos percorrerem até trinta e dois quilômetros no modo exclusivamente elétrico, a uma velocidade de até 135 km/h, podendo ser totalmente recarregada em duas horas e quarenta minutos.
Novo “top”
A versão do Fiat Cronos HGT 1.8 automática chega com rodas de 17 polegadas, detalhes escurecidos, ar-condicionado digital, spoiler exclusivo e com duas nova cores, Vermelho Montecarlo (sólida) e Cinza Silverstone (metálica), a um preço de R$ 78.490. O modelo é equipado com o motor 1.8 de até 139 cavalos a 5.750 rotações e torque de 19,3 kgfm, associado ao câmbio de 6 velocidades. A HGT traz de série internamente equipamentos como quadro de instrumentos de 7 polegadas, ar-condicionado digital, revestimento em tecido especial, teto e detalhes em preto e tapetes e logos Fiat escurecidos no volante e na chave. Por fora, tem spoiler e retrovisores em preto, grade frontal escurecida e maçanetas na cor do veículo. A nova versão se junta à 1.3, a R$ 58.990, à Drive 1.3, a R$ 61.990, à Drive 1.3 GSR, a R$ 66.690, à Drive 1.8 automática, a R$ 69.990, e à Precision 1.8 automática, a R$ 75.490.
Fim de ano animado
Alguns importantes lançamentos da temporada para o mercado brasileiro estão previstos para o último quadrimestre de 2019. A segunda geração do Chevrolet Onix, o carro mais vendido do país há quatro anos e meio, deve vir até outubro. Antes, em setembro, virá a nova versão do Prisma, que passará ser denominado de Onix sedã. Ainda na marca norte-americana, outubro será o “start” para o 100% elétrico Bolt começar a ser comercializado no país, com preço por volta dos R$ 170 mil. A Toyota lançará em setembro a nova geração do Corolla, o modelo mais emplacado do planeta, com uma configuração inédita híbrida flex. Na Hyundai, o HB20 terá sua segunda geração lançada em setembro e mudanças sutis serão mostradas no Creta, logo depois. A Volkswagen colocará no mercado a versão esportiva do Polo e de seu irmão de fábrica Virtus, com a sigla GTS, equipados com o motor 1.4 TSI (turbo) de 150 cavalos de potência, e o híbrido do Golf, o GTE, com um propulsor a combustão 1.4 TSI de 150 cavalos somado a um elétrico de 102 cavalos, portanto, um “canhão”. A nova geração do Suzuki Jimny, acompanhado do nome Sierra, estreará no Brasil provavelmente em outubro, equipado com motor 1.5 e câmbio automático. Lá no finalzinho do ano, a jovem Caoa Chery apresentará o Tiggo 8, o maior utilitário esportivo da nova marca brasileira chinesa. Mas tem mais coisa por aí!
Questões da flexibilidade
A tecnologia bicombustível surgiu no Brasil em 2003, quando a Volkswagen deu início à produção comercial do Gol 1.6 Total Flex, com o carro podendo ser abastecido com gasolina, etanol ou qualquer mistura dos dois. Nos Estados Unidos, a combinação é com o metanol. Atualmente, a maior parte dos modelos “made in Brazil” têm versões “flexíveis”. No veículo bicombustível, a injeção é ajustada segundo a mistura detectada por sensores eletrônicos, no caso da tecnologia brasileira, feito com um software automotivo que não necessita de sensores adicionais. Ainda existem alguns “mitos” sobre os automóveis bicombustíveis. Algumas pessoas acham que a cada quatro abastecimento com etanol é preciso colocar gasolina no tanque e vice-versa. Isso não é verdadeiro, pois a tecnologia foi desenvolvida para o carro rodar com qualquer proporção de mistura dos dois combustíveis, com o etanol sendo mais limpo porque não deixa resíduos de carbono no sistema do veículo. No entanto, o combustível vegetal emite o dióxido de carbono. A sonda lambda – responsável por reconhecer qual combustível está sendo utilizado e repassar a informação para a central – consegue captar a diferença de oxigênio e informa para a central eletrônica a exata proporção de cada um deles. O motor flex tem a mesma vida útil de um propulsor comum. Porém, é verdade que um carro flex tem desempenho aquém em relação aos veículos com tecnologia tradicional. Isso ocorre porque o motor bicombustível conta com duas taxas de compressão e dois comportamentos diferentes para lidar tanto com a gasolina quanto com o etanol, e é obrigado a trabalhar em uma taxa de compressão intermediária ajustável para os dois combustíveis.
Dúvidas no tanque
Com a maior parte da frota brasileira equipada com a tecnologia flex, vem a necessidade de o motorista decidir se abastecerá com gasolina ou etanol, conforme o preço aplicado nos postos de cada região do país. É mais compensador colocar etanol no tanque se a percentagem for igual ou menor que 75% na divisão do valor do combustível vegetal pelo do fóssil. Outra questão importante na hora da decisão é uma verdade inquestionável: o carro consome mais com etanol. Pelos preços atuais nas bombas, os Estados com maior vantagem para encher o tanque com etanol são Mato Grosso (58%) e São Paulo e Minas Gerais, ambos com 65%. E se juntam a esse plantel o Paraná (70%) e o Distrito Federal (75%). O etanol é proibitivo para os Estados do Amapá (92%) e Rio Grande do Sul (88%).
Trânsito em transe
O Governo Federal pretende aumentar de vinte para quarenta pontos a quantidade para cassar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No mesmo projeto, o Ministério da Infraestrutura quer alterar o prazo de validade da CNH de cinco para dez anos até que o motorista complete cinquenta anos. Para pessoas além dessa idade, a renovação ficaria em cinco anos, por causa dos exames de saúde exigidos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Apesar de o projeto aumentar para quarenta pontos acumulados em um período de doze meses para a perda da carteira, a proposta por outro lado acelerará a suspensão em casos de infrações graves e gravíssimas, como dirigir embriagado. No início de agosto, o Ministério da Infraestrutura anunciou a paralisação de instalações de novos “pardais” em rodovias federais a mando de Jair Bolsonaro, após o presidente se manifestar em rede social afirmando que “o único intuito desses equipamentos é financeiro ao Estado”. Os novos radares seriam instalados em estradas administradas pelo Departamento Nacional de Transportes (Dnit). A medida se estende também às rodovias federais privatizadas.
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