Desde o início desta década, com as legislações de trânsito que restringem cada vez mais a circulação de carretas nas grandes cidades, os empresários do setor de logística buscam caminhões com grande capacidade de carga para o transporte rodoviário e que tenham dimensões que permitam fazer entregas urbanas. Assim, os semipesados com quarto eixo tornaram-se uma tendência no mercado brasileiro. Atenta à demanda, a Mercedes-Benz lançou, em 2017, o Atego 3030 8×2 com o quarto eixo instalado de fábrica. Nesse semipesado, o segundo eixo conta com suspensor pneumático, que poupa os pneus quando o caminhão estiver rodando vazio e que também contribui para a redução do valor do pedágio. Os dois eixos frontais são direcionais e a distância entre eles é de 2,35 metros, o que permite melhor distribuição da carga. O Atego 3030 8×2 é equipado com motor de seis cilindros em linha OM 926 LA, de 7,2 litros, com potência de 286 cavalos e torque máximo de 127 kgfm, que trabalha uma transmissão automatizada com 12 marchas. Com todos esses predicados técnicos, o semipesado 8×2 da Mercedes tornou-se uma opção para compor a frota do Grupo Tombini, fundado há 47 anos em Santa Catarina. Uma das principais empresas de transporte rodoviário de cargas secas e refrigeradas do país, a Tombini tem uma frota de 740 caminhões. Desses, 28 são semipesados, todos Atego 3030 8×2. “Cerca de 50% da demanda da Tombini é de cargas frigorificadas. E os nossos 28 caminhões Atego 3030 8×2 atendem especificamente à JBS, no transporte de carne suína e bovina e embutidos”, explica Clécio Roberto Tombini, 42 anos, diretor do Grupo Tombini.
Segundo a Mercedes-Benz, os caminhões Atego 8×2 são indicados para o transporte intermunicipal e rodoviário, circulando também com muita agilidade e facilidade dentro das cidades, o que é uma vantagem frente a carretas, por exemplo. Devido à flexibilidade e boa capacidade de carga, os veículos são adotados em operações logísticas, especialmente para os atacadistas e distribuidores. “O Atego 3030 8×2 é mais leve que os concorrentes e permite embarcar maior quantidade de carga. Consegue levar quase oitocentos quilos a mais, o que faz muita diferença na rentabilidade do negócio. Ele transporta um volume de cargas expressivo – são 18 palets ou 16 toneladas. E ainda dá para carregar o caminhão no frigorífico no Mato Grosso e vir distribuir a carga em meia dúzia de supermercados paulistanos, sem trocar de veículo”, confirma Tombini. Mas foram as informações vindas dos motoristas e das planilhas de custos que ajudaram a definir a opção da Tombini pelo semipesado 8×2 da Mercedes. “É um caminhão muito confortável de dirigir, com câmbio automatizado. Entrega um consumo de combustível dentro das expectativas e tem boa durabilidade”, contabiliza o empresário catarinense.
A família Atego tem quatro opções disponíveis de cabines – Standard, Estendida, Leito Teto Baixo e Leito Teto Alto –, que buscam se adequar às necessidades de cada tipo de cliente e aplicação. No caso do Grupo Tombini, que faz muitos trajetos longos, a cabine do caminhão muitas vezes faz a função de quarto do motorista. “Durmo direto nele. Isso aqui é a minha casa agora”, admite Edisandra Aparecida, 42 anos, paulista de São José dos Campos, que trabalha há 10 anos como motorista de caminhão e há quatro meses no Grupo Tombini. Dirige um Atego 3030 8×2 com cabine do tipo LTA, leito teto alto, que dispõe de uma ampla cama para que possa dormir nas viagens mais longas. A rota que faz com mais frequência é entre São Paulo e Mato Grosso, ida e volta. São viagens de cerca de 3 mil quilômetros percorridos em cinco dias, nas quais geralmente leva para Mato Grosso cargas secas e leves, de empresas como Unilever e Avon, e traz para São Paulo cargas mais pesadas e frigorificadas – as carnes e embutidos da JBS. A caminhoneira relembra que, até poucos anos atrás, dirigir caminhão era um trabalho mais difícil e os motoristas terminavam o dia com pernas e braços doloridos. “O Atego 3030 8×2 foi o primeiro caminhão com câmbio automatizado que eu peguei. Facilita muito a vida do motorista. Nas retas, dá para colocar no piloto automático e só cuidar da direção que o caminhão mantém a velocidade. Por ser um caminhão bitruck, de quatro eixos, é fácil de manobrar e tem mais estabilidade. E ainda permite entregar as cargas em locais dentro das cidades, onde as carretas não podem ir”, avalia Edisandra.