Para azular o asfalto
Um ano depois de ter sido mostrado no Salão de Genebra como carro-conceito, o McLaren Senna GTR foi lançado oficialmente. Pertencente à Ultimate Series da McLaren Automotive, o veículo mais focado para pistas evoluiu em áreas-chave para cumprir sua promessa de combinar potência de hipercarro e manuseio acessível com a aerodinâmica e o chassi de um puro-sangue “para azular o asfalto”, como dizia o próprio Ayrton Senna quando andava em velocidade plena para buscar a pole position. O resultado da evolução é uma máquina capaz de competir em circuitos e, ao mesmo tempo, proporcionar aos seus proprietários uma experiência de pilotagem inigualável. Apenas 75 unidades serão construídas em Woking, na Inglaterra, com as primeiras entregas para setembro deste ano. O preço é tão extravagante quanto o “bólido”: 1,1 milhão de libras esterlinas (cerca de R$ 5,5 milhões) mais impostos, mas todas as unidades foram vendidas poucos dias após sua aparição em Genebra. O McLaren Senna GTR é equipado com a versão mais extrema do motor 4.0 V8 biturbo, com 825 cavalos de potência e brutais 80,5 kgfm de torque, tudo ligado ao câmbio de 7 velocidades e dupla embreagem. Se o motorista-piloto quiser ter problemas de audição, pode retirar o catalisador.
SUV “boleiro”
Patrocinadora do torneio dos campeões da Europa, a Nissan apresenta a série especial Kicks Uefa Champions League, limitada a 600 unidades, com preço de R$ 95.290. O trem de força é o mesmo de toda a linha Kicks, com o motor 1.6 de 114 cavalos de potência associado ao câmbio Xtronic CVT. Produzido no Complexo Industrial de Resende (RJ), o Kicks Uefa Champions League se diferencia pelo aerokit, composto por spoiler nos para-choques dianteiro e traseiro e soleiras das portas, emblemas da competição europeia nas colunas C (as de trás), nas portas da frente e na tela de abertura do sistema multimídia e numeração de cada unidade da série estampada na grade do radiador. No quesito segurança, a versão tem airbags frontais, laterais e de cortina. O modelo tem uma única opção de pintura biton: vermelha com teto preto. As rodas de liga leve aro 17’’ são em preto brilhante e as saídas do ar-condicionado ganharam detalhes no acabamento no mesmo vermelho da carroceria.
Com o brasão da guerra
As concessionárias Jeep começaram a receber os pedidos antecipados para dois modelos apresentados no Salão do Automóvel de São Paulo em 2018: o Renegade Willys e o novo Wrangler. A ação se estende até 4 de abril – o Dia Jeep 4×4 – e a reserva exige o pagamento de um sinal de R$ 5 mil. O Renegade Willys, com preço de R$ 146.990, homenageia a marca criadora dos jipes em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. São apenas 250 unidades com base na versão Trailhawk, acrescida de inscrições “Willys” nos para-lamas dianteiros e “4-Wheel Drive” na tampa traseira, típicas dos antepassados do Renegade. Ainda há os símbolos “Oscar Mike” – estrelas estilizadas que remontam ao lema militar “em missão” ou “em movimento” – nas colunas C (as de trás) e bordados nos encostos dos bancos dianteiros. A quarta geração do Wrangler é a união da máxima capacidade off-road com níveis de tecnologia e conforto nunca vistos no modelo. Verdadeiro símbolo da marca Jeep, o Wrangler estreia no Brasil o inédito motor 2.0 turbo, com injeção direta de gasolina, 270 cavalos e 40,8 kgfm de torque, junto à transmissão automática de 8 velocidades. O Wrangler será oferecido inicialmente na versão Sahara com duas ou quatro portas (Unlimited), com preços de R$ 259.990 e R$ 274.990, respectivamente.
Mudando de turma
A General Motors revelou o primeiro “teaser” do novo Chevrolet Prisma, o sedã do Onix, o carro mais vendido do Brasil há mais de quatro anos, ambos desenvolvidos e produzidos no Complexo de Gravataí (RS). A imagem da nova geração do Prisma foi mostrada na China, onde o compacto é vendido como Onix Sedan, e na versão esportiva RS, com motor 1.0 turbo de três cilindros e injeção direta. No Brasil, o Prisma totalmente repaginado chegará em setembro, enquanto o novo Onix virá em julho. Os dois compactos nacionais utilizarão motor 1.0 de três cilindros aspirado ou turbinado e somarão a versão Premier, a mais sofisticada da Chevrolet. O novo Prisma será maior que o atual, com 7 centímetros a mais no comprimento. A mudança veio para o modelo brigar também em outro segmento, pois substituirá o Cobalt.
O PcD mais barato
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva (Abridef), as vendas de veículos PcD com isenção ultrapassaram as 250 mil unidades no ano passado. O carro mais em conta para as pessoas com deficiência no Brasil é o Fiat Mobi Drive GSR (automatizado) 1.0, com preço de R$ 35.990, 24% a menos que os R$ 47.590 do modelo comum e 7% mais barato em relação à tradicional isenção de IPI e ICMS (R$ 38.766). A rede de concessionárias Fiat promove treinamentos para qualificação da equipe de vendas e atendimento sobre todo o processo que envolve a categoria PcD. Além disso, a fabricante italiana faz “workshops” com despachantes para facilitar o atendimento de acordo com os requisitos específicos para pessoas com deficiência e oferece em seu portal uma área dedicada ao assunto (https://www.fiat.com/vendas-diretas/pessoas-com-deficiencia.html).
E quem já pagou?
Via Facebook, o presidente Jair Bolsonaro disse que pretende terminar com a placa unificada do Mercosul. “Vamos, com o nosso ministro Tarcísio (Freitas, da Infraestrutura) ver se a gente consegue anular essa placa do Mercosul. Porque não tem o nome do município, não traz, no meu entender, benefício para o Brasil. É um constrangimento, uma despesa a mais”, declarou o presidente. A adoção do sistema de placas do Mercosul foi anunciada em 2014 e deveria ter entrado em vigor em janeiro de 2016. Mas por disputas judiciais foi adiada para 2017. Em dezembro do ano passado, houve uma nova alteração, com os departamentos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal prorrogando a implantação da placa (já é utilizada na Argentina e no Uruguai) para 30 de junho de 2019. A nova placa tem quatro letras e três números, ao contrário do modelo atualmente adotado no país, com três letras e quatro números, e tem apenas o nome do país, não do município. Nesse “imbroglio” trazido por Bolsonaro, resta apenas uma pergunta: o que faz quem já comprou a nova placa?
Aumento produtivo
Conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de carros e comerciais leves foi de 455,3 mil unidades no primeiro bimestre deste ano, representando um crescimento de 5,3% em comparação ao mesmo período de 2018. O resultado mensal apontou para um aumento de 29,9%, com 257,2 mil veículos produzidos em fevereiro e 198,1 mil em janeiro. No comparativo com fevereiro de 2018, quando 213,5 mil unidades saíram das linhas de montagem, a alta foi de 20,5%. As exportações diminuíram 41,9% no bimestre, com 65,5 mil unidades este ano e 112,7 mil em igual intervalo de 2018, devido aos resultados negativos da Argentina, o principal parceiro comercial do Brasil. Em fevereiro, 40,5 mil unidades foram exportadas, uma queda de 38,9% em relação às 66,3 mil do mesmo mês de 2018, porém, com aumento de 61,8% em comparação às 25 mil de janeiro.
Marketing em campo
Substituição na Seleção Brasileira: sai a Chevrolet e entra a Fiat. O anúncio do novo patrocínio foi feito na sede da CBF, no Rio de Janeiro, por Antonio Filosa, presidente da FCA para a América Latina, e por Rogério Caboclo, presidente eleito da confederação de futebol. O patrocínio tem duração de quatro anos e abrange todas as seleções: de base, olímpicas e principais, masculinas e femininas. O vínculo cobre competições internacionais como a Copa do Mundo Feminina (França, neste ano), a Copa América no Brasil em 2019, a Copa América de 2020, na Argentina e na Colômbia, os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 e a Copa do Mundo de 2022, no Qatar. “Como a mais brasileira de todas as fabricantes de automóveis, é com muito orgulho que a Fiat se torna patrocinadora oficial das seleções brasileiras, unindo duas grandes paixões do nosso país: futebol e carros”, afirma Filosa, um italiano de nascimento que se descreve como “um brasileiro de família, de residência e de coração”.