Fim de um ícone
Foram quase 7 milhões de unidades produzidas – exatas 6.988.955. Trata-se do veículo mais vendido no Brasil em todos os tempos. Após 42 anos de produção, as últimas unidades da CG 125, que inaugurou a produção de motos pela Honda no Brasil, em 1976, saíram da linha de montagem da unidade industrial da marca japonesa na Zona Franca de Manaus. Com a nova regra que exige CBS ou ABS nas motos novas desde o início de 2019, a Honda decidiu não investir no sistema para a 125 – se o modelo fosse passar pela adaptação necessária, ficaria com um preço muito próximo ao da CG 160 Start com o motor 162,7 cm³ e que sai a R$ 8.390. Na prática, a moto que se confunde com a história da indústria de motocicletas no Brasil continua a ser fabricada, só que com motor de 160 cm³.
Outros fatores influenciaram a decisão da Honda pelo fim da CG 125, entre eles a queda nas vendas – em 2018, foram emplacadas apenas 26.462 unidades, que posicionaram a moto como a sétima mais vendida do país. Muito procurada por motoboys devido ao baixo custo e à grande resistência, durante décadas, a CG 125 ocupou durante décadas o posto de moto mais vendida do Brasil, posição que perdeu em 2004, com o lançamento da CG 150, substituída em 2015 pela CG 160. Gradativamente, o consumidor migrou para o modelo maior da CG, atualmente, o veículo mais vendido do país. A concorrência interna da Biz 125i e das scooters, como a Elite 125 e a PCX 150, que estão com vendas em alta, também ajudou na decisão de encerrar a produção da CG 125. A última versão da CG 125 que estava em produção era a Fan, com um monocilíndrico de 124,7 cc com potência de 11,8 cavalos e câmbio de 5 velocidades, partida a pedal e freios a tambor. As últimas unidades disponíveis na rede de concessionárias estão saindo por R$ 7.160, sem frete.
Ofertas pré-carnavalescas
A Kawasaki colocou vários modelos da sua família “Z” na lista de ofertas especiais. Na aquisição da Kawasaki Z300, o consumidor ganha o pagamento do IPVA 2019 total e ainda pode obter taxa 0% ao mês para o financiamento da motocicleta, sendo 30% de entrada e parcelamento em 18 meses. Para a Z650, o consumidor que adquirir o modelo poderá escolher uma das três opções de benefícios – seguro contra roubo e furto, bônus de até R$ 2 mil para a troca de uma moto usada pela Z650 ou taxa 0% ao mês para parcelamento em 12 meses com entrada mínima de 20%. Já na compra da Kawasaki ZX-10R ABS, que está com preço promocional de R$ 69.990 (mais frete) na cor prata, e da ZX-10R ABS KRT Réplica, o consumidor recebe assistência 24 horas grátis pelo período de dois anos e ainda pode escolher um entre outros três benefícios: financiamento com taxa 0% ao mês para parcelamento em 12 meses com entrada mínima de 50%, bônus de até R$ 4 mil na troca da usada por uma das versões da ZX-10R e 50 mil pontos da Livelo, um programa de fidelidade. Além dessas condições, válidas até o final de fevereiro, há ainda outros planos especiais de financiamento para a família “Z”.
Fora de linha
A Yamaha anunciou a despedida da XJ6-N, que chegou ao Brasil há nove anos – era o único mercado que ainda produzia a motocicleta, descontinuada no Exterior em 2016. Segundo a fabricante, a XJ6-N deixa o line-up após uma decisão alinhada com a estratégia global de desenvolver e oferecer produtos com tecnologias mais modernas, traduzidas em motos mais leves, com motores mais eficientes e que atendam às novas exigências da legislação. Foram comercializadas cerca de 21 mil unidades do modelo ao longo dos nove anos de produção no Brasil. Ainda há unidades da XJ6-N à venda, com preço sugerido de R$ 34.690 (sem frete).
Menos glamour
A BMW Motorrad, a Harley-Davidson e a Ducati não participarão do Salão Duas Rodas 2019, maior evento do setor de motocicletas da América do Sul, que acontecerá em São Paulo de 19 a 24 de novembro. As argumentações são parecidas e a última veio da marca alemã. Em um comunicado no início de fevereiro, a BMW Motorrad informou que está explorando novas plataformas e formatos alternativos para a divulgação de seus produtos. Pretende se dedicar em 2019 a atividades diretas com clientes e potenciais compradores para a sua linha de motocicletas, incluindo o formato test-rides para clientes e entusiastas.
