“X” da questão
A BMW confirma a chegada ao Brasil do novo X5, com preços a partir de R$ 449.950. A quarta geração do SUV apresentado ao mundo em 1999 será vendida apenas nas configurações com motor turbodiesel. O modelo alemão é produzido em Spartanburg, nos Estados Unidos, e assumiu a “nova cara” dos carros da BMW, com a tradicional grade dianteira conhecida por “duplo rim” bem maior, já vista no X7 e na nova Série 7. O coração do X5 vem com duas opções. A primeira é um 3.0 de seis cilindros em linha com 265 cavalos de potência e 63,2 kgfm de torque de 2 mil a 2.500 rpm, capaz de levar o utilitário esportivo de zero a 100 km/h em 6,5 segundos e à velocidade de 230 km/h. A segunda equipa o topo de linha X5 M50d, com o mesmo 3.0 de seis cilindros em linha mas com quatro compressores. Com isso, a potência chega a 400 cavalos e o torque a 77,5 kgfm de 2.200 a 3 mil rpm. O X5 esportivo acelera de zero a 100 km/l em 5,2 segundos e atinge a velocidade máxima de 250 km/h. A versão “top” está no Brasil a R$ 539.950. O câmbio é sempre o automático Steptronic de 8 velocidades, com possibilidade de trocas sequencias em borboletas atrás do volante. E a tração é integral permanente.
Volta ao topo
Após mostrar evoluções na linha 2019, o Jeep Renegade voltou à liderança do segmento de SUVs no Brasil. Festa também para a marca norte-americana integrante do Grupo FCA, pois passou das 100 mil unidades vendidas em 2018. Em dezembro, o Renegade registrou 5.498 emplacamentos e deixou para trás seu “irmão de fábrica” Compass. Os dois modelos são produzidos no Brasil, em Pernambuco. Em janeiro, o Renegade continua comandando as vendas, seguido pelo Compass, fazendo a dobradinha da marca que inventou o segmento, há quase 80 anos, com os famosos jipes utilizados pelos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Com 22,9% de participação de mercado, os dois jipes “made in Brazil” estão perto de representar um entre cada quatro SUVs comercializados no país. No ano passado, enquanto o Renegade teve 46.344 unidades vendidas, o Compass foi o campeão no segmento pelo segundo ano seguido, com 60.284 emplacamentos.
5 milhões
A Volkswagen celebrou na metade de janeiro o Tiguan de número 5 milhões, produzido em Wolfsburg, na Alemanha. Lançado em 2007, tornando-se de cara um sucesso mundial, o modelo contribuiu em muito para o crescimento e a ofensiva SUV da marca alemã. A produção do Tiguan teve seu primeiro ano completo em 2008, com mais de 120 mil unidades saídas da linha de montagem. Em 2015, acima de 500 mil exemplares já haviam sido vendidos. A segunda geração foi apresentada no ano seguinte. O Tiguan foi o primeiro SUV baseado na estratégia modular transversal MQB da Volkswagen. O modelo ganhou a companhia em 2017 do Tiguan Allspace, 22 centímetros mais longo e disponível na versão opcional de sete lugares. A origem do nome do carro é curiosa: foi utilizada a primeira sílaba de “tigre” (simbolizando força) e o meio de “iguana” (relacionado à resistência do réptil), duas qualidades associadas pela Volkswagen ao SUV alemão.
Invasão “hermana”
Produzida desde o final do ano passado em Córdoba, na Argentina, a Nissan Frontier chega com mais força ao Brasil no início de 2019, com preços que começam em R$ 136.190, na versão S com câmbio manual e tração traseira, e chegam a R$ 193.290, na topo de linha LE. A Nissan aproveita a “nova casa” de sua picape média para resgatar uma tradição da Frontier, a de oferecer duas opções de potência para o mesmo motor. A versão S 4×2 tem 160 cavalos, enquanto as Attack, XE e LE (todas com tração integral) contam com 190 cavalos. O propulsor para toda a família é o 2.3 turbodiesel 16V. A diferença de potência é justificada pelo o uso de uma ou duas turbinas. A picape agora “hermana” utiliza a nova transmissão manual de 6 velocidades (exclusiva da versão de entrada) e o câmbio automático de 7 velocidades com modo sequencial para trocas de marchas nas demais configurações.
Parceria de paddock
Ambas originadas da Fórmula-1, a Lotus e a Williams anunciaram na Inglaterra uma parceria técnica estratégica para compartilhamento de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias de propulsão. A primeira tem grande experiência e aplicação de novas tecnologias, oferecidas para a Lotus Cars e outros clientes globais. A fabricante é reconhecida como líder na utilização de estruturas leves e materiais avançados. Já a Williams Advanced Engineering tem uma experiência em todo o setor automotivo, incluindo sistemas inovadores de propulsão e conhecimento derivado da tecnologia de baterias durante as quatro primeiras temporadas da Fórmula-E, competição composta exclusivamente por carros elétricos. Na F-1, a equipe Lotus foi fundada em 1958 pelo inglês Colin Chapman, um visionário da principal categoria do automobilismo. A Williams surgiu em 1977 pelas mãos do inglês Frank Williams. As duas escuderias estão intimamente ligadas aos três campeões brasileiros, Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna.
Colisão de ideias
A General Motors está vivendo climas opostos atualmente no Brasil. Enquanto comemora a liderança na participação de mercado há muito tempo e tem o campeão de vendas, o Chevrolet Onix, nos últimos quatro anos, a marca norte-americana está em rota de colisão com os trabalhadores de São Caetano do Sul e de São José dos Campos, em São Paulo, e de Gravataí (RS). A fabricante alega perdas financeiras seguidas, confirmando o antagonismo entre a situação real e o que a montadora diz. Nesta terça-feira, dia 29 de janeiro, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo rechaçou as medidas propostas em 22 itens pela GM para São Caetano, sendo os principais a redução do piso salarial de R$ 1,7 mil para R$ 1,6 mil para novos empregados e o fim da estabilidade para quem sofre acidente no trabalho. O plano da empresa para São José dos Campos é parecido, mas contém 28 itens, e também para Gravataí. Em resposta, o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul afirmou que não admite a perda dos direitos de nenhum dos 6 mil empregados da planta gaúcha. No ano passado, a GM anunciou um plano de demissões em massa e fechamento de fábricas na América do Norte.
Outros rumos
O francês Jean-Dominique Senard, presidente da Michelin, assumiu o comando do Conselho de Administração da Renault, depois que o franco-brasileiro Carlos Ghosn, atualmente preso no Japão, acusado de ter desviado dinheiro da Nissan, anunciou seu afastamento da fabricante francesa. Thierry Bolloré, substituto interino de Ghosn, foi nomeado diretor-geral da Renault. O novo comandante da marca francesa dará prioridade à aliança com a Nissan e a Mitsubishi, fortemente arranhada desde a prisão de Ghosn. “O Conselho deseja supervisionar ativamente o funcionamento da Aliança e confiar a seu presidente a plena responsabilidade por conduzir a Aliança em nome da Renault. Senard será o principal representante da Renault nos órgãos diretivos da Aliança”, comunicou o Conselho.
União de risco
Devido à possibilidade de apresentar problemas no acoplamento do eixo cardã ao diferencial traseiro, a BMW convoca os proprietários dos modelos M4 Coupé, M4 GTS e M3 sedã, produzidos em 2016, para um recall. São 33 unidades envolvidas que podem ter problemas por causa da pouca resistência do material utilizado na junção das peças. Se houver ruptura, o veículo pode perder tração pela não transmissão da força do motor para as rodas, com risco de acidente e danos físicos e materiais. Os proprietários devem agendar o serviço em uma concessionária da marca a partir do dia 31 de janeiro. A troca das peças dura aproximadamente duas horas. Para mais informações, a fabricante disponibiliza o telefone 0800 019 7097 e o site bmw.com.br/recall.