Onda elétrica
No estande da Scania no IAA Commercial Vehicles Show – o Salão de Hanover, que acontece na cidade alemã de 20 a 27 de setembro –, a grande novidade será o primeiro caminhão elétrico híbrido baseado na nova geração da marca sueca. Na Europa, já existiam versões híbridas de caminhões Scania baseadas na antiga plataforma PGR, que deixou de ser produzida no continente europeu em maio mas continua a ser fabricada no Brasil, onde os primeiros modelos da nova geração serão entregues apenas em 2019. O híbrido da nova geração Scania terá também uma versão PHEV (sigla para a expressão “plug-in hybrid electric vehicle”, ou veículo elétrico híbrido plug-in), que pode ser eletricamente carregada em uma tomada. Essa versão pode atingir nível zero de emissões no modo puramente elétrico, o que permitirá acessar zonas urbanas onde o uso de combustíveis fósseis é restrito. O novo Scania híbrido será equipado com um motor DC09 de 9,3 litros, Euro 6, turbo de cinco cilindros em linha com quatro válvulas por cilindro, de 320 cavalos, que pode ser abastecido com diesel ou com biodiesel obtido por meio de óleo vegetal hidrogenado (HVO). Funciona em paralelo com um motor elétrico que produz 130 kW (177 cavalos) e tem um torque de 107 kgfm. A bateria de lítio recarregável tem uma capacidade de 7,4 kWh. A versão PHEV da nova geração Scania poderá ser movida no modo totalmente elétrico, sem qualquer ajuda do motor de combustão interna – será capaz de rodar 10 quilômetros totalmente sem emissões. O novo modelo híbrido da Scania pode ser encomendado a partir de novembro de 2018 na Europa, enquanto o híbrido plug-in será disponibilizado apenas em 2019. No evento alemão, a marca apresentará também a Scania Zone, ferramenta baseada na conectividade que permite diversos ajustes do veículo, como velocidade, emissões e ruído, de acordo com as regulamentações de trânsito dos locais onde o caminhão estiver operando.
Canaviais “hi-tech”
A Volvo acaba de entregar as sete primeiras unidades de seu caminhão com tecnologia autônoma para o Grupo Usaçucar, de Maringá, no Paraná. Sem abrir mão do motorista, os veículos andarão sozinhos apenas quando estiverem em áreas restritas, sem trânsito, dentro das lavouras de cana-de-açúcar. A altíssima precisão de direção reduz perdas por pisoteio de mudas. Desenvolvido pela área de engenharia avançada no Brasil, com apoio da matriz na Suécia, o VM com tecnologia autônoma é equipado com um avançado sistema de geolocalização que permite a operação em modo autoguiado quando está dentro da lavoura de cana. Durante a colheita, o veículo é capaz de “visualizar” de forma virtual as linhas de plantação e seguir sozinho por elas, sem interferência direta do condutor, com precisão de 2,5 centímetros. A cada cinco safras potenciais de cana, uma é perdida por pisoteamento das mudas pelo caminhão durante a colheita. Com a precisão de direção do Volvo VM com tecnologia autônoma, é possível zerar essa perda, aproveitando todo o potencial da lavoura. O motorista continua responsável por conduzir o veículo até as linhas de plantação e depois para o ponto de descarga, reiniciando um novo ciclo.
Novato abusado
O Volkswagen Delivery Express conquistou em agosto a vice-liderança nas vendas em seu segmento, que engloba modelos de chassi cabine de 2,8 toneladas até 3.5 toneladas. O total de emplacamentos alcançou 289 unidades. O novo caminhão marcou o ingresso da marca Volkswagen Caminhões e Ônibus no segmento de 3,5 toneladas, um dos mais disputados no Brasil e na América Latina. Focado nas entregas urbanas, o Delivery Express destaca-se por oferecer agilidade em manobras rápidas e robustez, com a vantagem de poder ser guiado por motoristas com carteira de habilitação categoria B, além de trafegar em áreas onde a circulação de caminhões é restrita, característica dos grandes centros urbanos. Nos trechos intermunicipais, o rodado simples na traseira do Delivery Express traz o benefício da cobrança de pedágio no valor de um automóvel.
Poder urbano
As vendas de veículos comerciais leves da linha Sprinter cresceram 27% no acumulado de janeiro a agosto deste ano. Nesses oito meses, foram emplacadas 4.751 unidades no Brasil, frente a 3.743 unidades do mesmo período de 2017. Assim, a Mercedes-Benz atinge a liderança do segmento de comerciais leves, de 3,5 a 5 toneladas de PBT, com 36% de participação de mercado. “Esse aumento de 27% nas vendas da Sprinter significa 10 pontos percentuais a mais em relação ao crescimento de 17% do mercado como um todo. Distribuição urbana, e-commerce e aplicação ambulância vêm puxando as vendas da Linha esse ano, como também o transporte executivo e o turismo”, comemora Jefferson Ferrarez, diretor de Vendas e Marketing Vans da Mercedes-Benz do Brasil. Com 60 versões à escolha dos clientes, a linha Sprinter é formada pelos modelos 311 CDI Street (Peso Bruto Total – PBT de 3,50 toneladas), 415 CDI (PBT de 3,88 toneladas) e 515 CDI (PBT de 5 toneladas). Os modelos da linha são indicados para empresas de transporte, profissionais autônomos e empreendedores.