Há muito tempo, a Mercedes-Benz lidera com folgas o mercado brasileiro de ônibus. Este ano, produziu cerca de 60% dos chassis de ônibus emplacados no país – foram mais de 3.200 unidades de janeiro a junho. A liderança da marca no segmento de ônibus urbanos chega a 81% de “market share” e em rodoviários, a cerca de 57%. Para se manter em crescimento em um mercado onde já é líder isolada, investir no desenvolvimento de tecnologias é uma das estratégias. Um dos resultados desse investimento é o piloto automático adaptativo ACC, que passa a ser oferecido nos ônibus rodoviários O 500 RS e RSD.
Por meio de sensores na dianteira, o ACC ajuda o motorista a manter o ônibus numa distância segura em relação ao veículo que vai à frente, freando ou acelerando automaticamente o veículo. Em caso de impacto iminente, se o condutor não reagir, o sistema entra em ação de forma autônoma para frear o veículo. O ACC acelera e freia automaticamente e se desabilita a uma velocidade menor que 15 km/h. Independentemente da ativação do ACC, o motorista tem total autonomia para acelerar ou frear, bastando usar os pedais para isso.
Segundo a Mercedes, o ACC vai além do que um piloto automático convencional, que mantém uma velocidade constante do veículo conforme determinado pelo motorista. “O piloto automático adaptativo reduz o risco de acidentes, trazendo mais segurança para os passageiros, os motoristas e os outros veículos da via. Graças à atuação de sensores, esse avançado sistema identifica os veículos à frente a partir de 200 metros, mesmo numa situação de neblina, vantagem muito importante nas estações frias do ano, aumentando a segurança e conforto nas estradas. Pelo fato de atuar automaticamente, o ACC alivia o estresse do motorista, que pode se concentrar mais à condução e ao tráfego”, pondera Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. Segundo a fabricante, seu piloto automático adaptativo é indicado para médias e longas distâncias rodoviárias, especialmente para aquelas caracterizadas por retas muito longas e declives acentuados. Também é ideal para trechos de serra, com muitas curvas e neblina, pelo fato de identificar veículos à frente.
Mas o ACC não é a única tecnologia de segurança dos chassis de ônibus O 500 produzidos na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Fica a critério do cliente escolher o pacote mais adequado a suas demandas e operações de transporte. Além do ACC, estão disponíveis para a linha de ônibus rodoviários da Mercedes tecnologias como o AEBS (Advanced Emergency Braking System) – sistema de frenagem de emergência –, o LDWS (Lane Departure Warning System) – sistema de aviso de faixa – o TPMS (Tyre Pressure Monitoring System) – sistema de monitoramento da pressão e temperatura dos pneus –, o Retarder – sistema auxiliar de freio –, o Top-Brake – freio-motor auxiliar –, a suspensão com sistema anti-tombamento, o sistema anti-travamento de freios ABS, o controle de tração ASR, o controle eletrônico de freios EBS, a suspensão pneumática controlada eletronicamente ECAS, o controle eletrônico de estabilidade ESP e o eixo direcional ERA, que aumenta a estabilidade.
Outra novidade para a linha 2018 de ônibus urbanos O 500 (articulados e superarticulados) são as novas gerações das caixas automáticas Voith DIWA e ZF Ecolife. Segundo a Mercedes, ambas proporcionam redução de até 1,5% no consumo de combustível e asseguram menor ruído na operação, trazendo assim mais conforto e bem-estar a bordo. A caixa automática reduz a pressão de trabalho quando não está em plena carga ou em velocidade de cruzeiro e alivia a carga solicitada ao motor. Assistente de partida em rampa, retarder incorporado e sensor de inclinação que detecta a topografia complementam o pacote.
Os ônibus Mercedes-Benz também trazem tecnologias referentes à redução de consumo e emissões. Entre essas, incluem-se o RKM e o EIS. O gerenciamento inteligente do RKM, voltado para os ônibus urbanos, aproveita a reserva de capacidade de energia elétrica produzida pelos alternadores do veículo, principalmente nos momentos de desaceleração, e a armazena em supercapacitores, que atuam de modo autônomo. A energia elétrica armazenada é utilizada como fonte adicional durante os momentos de aceleração do ônibus. Já o EIS (Engine Idle Shutdown) é um sistema de desligamento automático do motor. Se o ônibus está parado com motor ligado, câmbio no ponto morto e freio de mão acionado, em uma situação que perdure por um longo período sem que o motorista acelere o veículo ou acione o freio de serviço, o sistema entra em ação e desliga o motor automaticamente. “A oferta de equipamentos e sistemas avançados amplia o leque de possibilidades para que os clientes configurem os seus ônibus de acordo com suas demandas, tipo de operação e condições de topografia onde irão atuar. Dessa forma, além de menor custo operacional, poderão desfrutar de muito mais benefícios em termos de segurança”, ressalta Walter Barbosa.