Na Europa, o gás natural e o biogás têm sido apontados pela Comissão Europeia de Transportes como as alternativas mais econômicas, sustentáveis e imediatas para substituir o diesel no transporte coletivo urbano. Outras tecnologias, como a eletricidade e os veículos híbridos, implicam em maiores custos na aquisição das baterias e alto investimento para implantação de infraestrutura de carregamento. A utilização do gás no transporte coletivo reduz as emissões de CO2 e também produz uma redução importante das partículas emitidas e melhora a qualidade do ar. Em cidades como Paris, na França, e Pamplona, na Espanha, empresas de transporte coletivo já utilizam o gás natural e o biogás como uma “solução real e atual” e não uma promessa de tecnologia futura. No Brasil, a Scania apresentou há um ano o primeiro ônibus nacional movido a GNV/biometano e um modelo K310 6X2 de 15 metros tem participado de testes em diversas cidades. Em junho, começou uma demonstração em Campinas transportando passageiros, até o momento com ótima aceitação.
A Scania está atenta ao potencial de seu modelo ônibus GNV/biometano nos processos de licitação que definirão os novos operadores do transporte público de passageiros em diversas cidades brasileiras. Como o da cidade de São Paulo, que já é aguardado desde 2013 e está em fase final de análise para liberação por parte do Tribunal de Contas do Município. Considerada como a maior licitação de linhas de ônibus do mundo, a escolha das empresas aptas a serem contratadas pela administração pública para o fornecimento de serviços de transporte coletivo na capital paulista envolve a renovação de 28 mil veículos em 20 anos. Segundo a prefeitura paulistana, a proposta é remodelar os transportes na cidade mais populosa do país, reduzindo o número de ônibus, mas aumentando o total de viagens e lugares disponíveis nos veículos, com a eliminação de linhas sobrepostas e substituição de micro-ônibus por convencionais e de ônibus padrão por articulados e superarticulados. No crítico contexto ambiental das grandes metrópoles brasileiras, a redução de emissões é um fator importante e pode representar uma vantagem tecnológica para o modelo a GNV/biometano da marca sueca.
Segundo a Scania, uma vantagem considerável do ônibus a gás em relação a outras tecnologias limpas é que o custo de aquisição é praticamente o mesmo do modelo a diesel, sem impactar no custo da tarifa ou necessitar de subsídios. Em comparação com um veículo similar a diesel, o ônibus a gás emite 85% menos gases se abastecido com biometano, e 70% menos se estiver com GNV. Também proporciona importante redução de emissões de CO2 e poluição sonora, com diminuição em torno de 28% no custo operacional por quilômetro rodado. “Diferentemente de outras tecnologias, a possibilidade de operar ônibus a gás é imediata, graças à disponibilidade abundante do combustível e da consistente estrutura de distribuição já disponível nas principais cidades brasileiras, como em São Paulo. Os ônibus Scania movidos a GNV/biometano são uma contribuição sustentável para a mobilidade urbana, considerando os aspectos ambientais, tecnológicos e econômicos”, afirma Eduardo Monteiro, responsável pelo desenvolvimento de mercado dos ônibus Scania no segmento urbano.